O sistema de compra online por meio de delivery tem ficado cada vez mais comum, e está entrando na rotina dos brasileiros. Esse fenômeno foi acentuado no período de isolamento social.
Mas com certeza você nunca imaginou que o delivery alcançaria também os combustíveis. Isso mesmo, a ANS aprovou um projeto que permitirá a entrega do combustível em sua casa. Entenda como vai funcionar esse sistema.
As transformações que o mundo digital vem introduzindo no mercado é impressionante. A mais recente novidade é a entrega de combustível a domicílio, o famoso delivery.
As novas regras aprovadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) permitem que os postos de combustíveis façam delivery de etanol e gasolina comum.
Outra novidade que a ANP está impondo com as novas regras é a supressão da terceira casa decimal. Você já deve ter se perguntado muitas vezes porque tem três números depois da vírgula no preço dos combustíveis.
Apesar de ter uma razão para isso, o fato é que o consumidor na maior parte das vezes fica confuso, por isso a nova regra determina que só poderão ser apresentadas suas casas depois da vírgula.
Embora a nova regra já tenha sido divulgada, o prazo para que comece a entrar em vigor é de 180 dias depois da publicação no Diário Oficial da União. Os postos poderão ou não aderir ao sistema de delivery, mas a questão das duas casas decimais é obrigatória.
A ANP já tem recebido diversos questionamentos em relação à segurança desse novo sistema de delivery de combustível. De fato, os postos de combustível já possuem toda uma estrutura que segue critérios de segurança muito rigorosos, inclusive em caso de acidente.
Mas como isso será mantido nessa nova forma de atendimento ao consumidor? A Agência garante que vai acompanhar em tempo real todas as entregas, além de ter definido algumas outras medidas.
Uma dessas medidas é que o deslocamento do combustível só pode acontecer dentro dos limites do município onde o revendedor autorizado está situado. Além disso, os postos que quiserem aderir devem estar em dia com o Programa de Monitoramento de Qualidade.
Entretanto, algumas associações e federações manifestaram sua preocupação. Fazem um alerta de que na prática será muito difícil sustentar essa capacidade de fiscalização de todos os municípios brasileiros.
Um dos grandes receios é que, por exemplo, caminhonetes comecem a circular sem a fiscalização devida, colocando em risco questões ambientais. Isso sem falar nas possibilidades de furto desses produtos, cujo preço está cada vez mais alto.
E por falar em preço alto, você deve estar se perguntando quem utilizaria esse tipo de serviço. Se o combustível já está tão caro, e se ele serve para colocar um veículo em movimento, qual a dificuldade de parar num posto para abastecer.
Pois é, esse será mesmo um serviço de luxo, só pra quem pode pagar. Alguns falam que essa nova modalidade pode baratear o custo, mas na prática isso é muito improvável.