A Fiat tem mostrado bons resultados no segmento de carros eletrificados, com seus modelos Pulse Hybrid e Fastback Hybrid, que ajudaram a marca a alcançar a 4ª posição entre os mais vendidos no mercado de eletrificados no Brasil. De acordo com dados de vendas de novembro, a Fiat registrou 1.213 unidades comercializadas desses modelos, refletindo uma boa aceitação do público. A liderança no mercado, no entanto, ficou mais uma vez com a BYD, que ultrapassou as 8.000 unidades vendidas no mês, consolidando sua posição como principal fabricante de veículos elétricos e híbridos no país.
Com esses resultados, a Fiat confirma sua posição crescente no mercado de eletrificados, destacando-se como a primeira montadora de grande volume a lançar modelos híbridos no Brasil. A entrada da marca no mercado de carros híbridos é um reflexo do movimento crescente em direção à mobilidade mais sustentável, com modelos como o Pulse e o Fastback atraindo cada vez mais consumidores que buscam alternativas mais ecológicas para seus deslocamentos.
Em termos de liderança no mercado de veículos eletrificados, a BYD continua sendo a principal referência no Brasil, com 8.048 unidades vendidas em novembro. A fabricante chinesa se destaca com seu portfólio de carros 100% elétricos e híbridos plug-in, consolidando sua posição de destaque no segmento. A GWM, também chinesa, aparece em 2º lugar com 2.646 unidades, combinando modelos elétricos, híbridos plug-in e HEVs, uma combinação de veículos híbridos completos.
A Toyota, conhecida por sua experiência com híbridos, ocupa a 3ª posição, com 1.544 unidades vendidas de seus modelos Corolla HEV e Corolla Cross HEV. A marca japonesa tem adotado uma estratégia de diferenciação, utilizando uma nomenclatura distinta dos concorrentes para seus modelos híbridos. Em comparação, a Fiat, que adota a tecnologia MHEV, vendeu um total de 1.213 unidades, posicionando-se bem dentro do mercado de eletrificados.
Em relação à classificação da Volvo, a marca sueca aparece atrás da Fiat, com 608 unidades vendidas, também com modelos elétricos e híbridos plug-in. A presença dessas montadoras demonstra o crescente interesse pelo mercado de carros mais ecológicos e a adaptação das fabricantes às novas exigências ambientais.
Uma das questões mais debatidas no setor automotivo é a terminologia usada para os carros híbridos. No caso dos veículos da Fiat, que utilizam a tecnologia MHEV, surgem divergências sobre a nomenclatura. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) classifica esses modelos como micro-híbridos, enquanto a Stellantis, fabricante dos carros Fiat, utiliza o termo “híbrido leve”. Essa distinção é importante para o marketing e para as vantagens fiscais associadas a esses veículos.
A polêmica sobre a nomenclatura dos carros híbridos leves também está relacionada às isenções fiscais que esses modelos recebem. A tecnologia MHEV, considerada mais simples, tem um potencial de popularização no Brasil, uma vez que permite uma redução de custos para os consumidores. No entanto, algumas entidades, como a ABVE, argumentam que a isenção excessiva de impostos poderia prejudicar a competitividade de outras tecnologias mais avançadas, como os híbridos completos (HEV) ou os híbridos plug-in (PHEV).
Por outro lado, a Stellantis defende que a tecnologia MHEV pode ajudar a reduzir rapidamente as emissões de carbono, o que é um dos objetivos das políticas ambientais de diversos países, incluindo o Brasil. A montadora acredita que a implementação dessa tecnologia poderá impulsionar a transição para veículos mais sustentáveis e, ao mesmo tempo, beneficiar a indústria automobilística, que tem buscado alternativas mais verdes para se adaptar às normas ambientais.
Em um cenário de crescente adesão aos veículos híbridos e elétricos, a Fiat, com o Pulse Hybrid e o Fastback Hybrid, entra em um mercado competitivo, mas com a vantagem de ser uma das pioneiras no Brasil com essa tecnologia de grande volume. A entrada da montadora nesse segmento é vista como um passo importante para expandir a oferta de carros sustentáveis no país, o que pode ter um impacto positivo tanto no mercado quanto no meio ambiente.
Além disso, o mercado brasileiro de carros híbridos e elétricos deve seguir em expansão nos próximos anos, com a chegada de novos modelos e o aprimoramento das tecnologias de baterias, que permitem um aumento da autonomia e uma redução nos custos. A expectativa é de que a concorrência aumente, o que pode beneficiar os consumidores com mais opções e melhores preços.
Com relação às estratégias de marketing, a Fiat se posiciona de forma assertiva, destacando a eficiência e a economia dos modelos híbridos, além dos benefícios fiscais que esses carros oferecem aos consumidores. A marca tem investido no fortalecimento da imagem de inovação e sustentabilidade, buscando fidelizar um público crescente que prioriza a ecoeficiência no momento da compra.
Fonte: Stellantis e Terra.