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Comprei o meu Volkswagen T-Cross na concessionária Brasilwagen

Acabei de comprar meu T-Cross e algumas pessoas manifestaram o desejo de que eu fizesse um release contando a experiência da compra, feita na concessionária Brasilwagen, e a impressão dos primeiros dias com o carro.
Publicado em Notícias dia 28/05/2019 por Alan Corrêa

Texto por Felipe Rodrigues de Souza, que escreve para o Carro.Blog.Br toda semana.

Acabei de comprar meu T-Cross e algumas pessoas manifestaram o desejo de que eu fizesse um release contando a experiência da compra, feita na concessionária Brasilwagen, e a impressão dos primeiros dias com o carro.

Como decidi comprar esse modelo em específico?

A escolha por um veículo novo envolve diversos fatores: a satisfação (ou não) com o veículo atual, o orçamento que poderá ser utilizado na compra, e mais importante do que tudo: o gosto pessoal pela marca e pelo modelo.

O mais correto, do ponto de vista financeiro, seria a pessoa pesquisar qual o modelo é melhor para a finalidade que o veículo será utilizada, de acordo com a ficha técnica e com o valor do veículo, sem considerar itens como design ou “perfumarias” que são dispensáveis e que deixam o custo final mais barato. Mas sabemos que não é assim…

No meu caso concreto, venho acompanhando as notícias automobilísticas de perto por causa do trabalho que exerço há um pouco mais de um ano. Nesse meio tempo, tive oportunidade de ler muito a respeito de diferentes modelos e de diferentes marcas, e alguma experiência nessa trajetória acaba se adquirindo, muito embora eu seja completamente leigo quanto à parte técnica.

Diante desses pressupostos, acabei por escolher um modelo da Volkswagen por conta do avanço tecnológico que a montadora vem apresentando em face do mercado mundial, estando um passo – pelo menos – à frente de outras marcas; marcas estas que no Brasil ainda continuam vendendo a “sucata” que não são mais aceitam nos EUA e na Europa.

Reforço mais uma vez que se trata apenas da minha opinião pessoal diante do que eu tenho lido na mídia convencional e das conclusões a que essas leituras me levaram, embora sem nenhum curso superior em mecânica automotiva ou nada do gênero.

Como escolhi o T-Cross? Aí entramos naquela questão do gosto pessoal… que procuro justificar pelo fato de morar na Serra da Cantareira e precisar de um carro mais alto. Mas a verdade é que desde o lançamento do modelo eu já tinha decidido que o compraria, só antecipei um pouco os planos.

Venho de um Ford Ka Hatch 1.0 versão de entrada – do qual aliás não tenho reclamações – e passo para o T-Cross Confortline 1.0 Turbo com o pacote opcional que traz a central multimídia “Discover Media”, os modos de condução (Eco, Normal, Sport e Individual), Sistema Kessy (entrada no veículo com sensor de presença da chave e partida pelo botão), além de outros detalhes no acabamento.

Primeiro contato na Brasilwagen

Agora vou contar como foi minha experiência na Brasilwagen, desde o primeiro contato até sair da concessionária com o veículo. Para começar, eu já tinha ido a outra concessionária para fazer um test drive no modelo, mas nesse dia estava sem minha esposa, e não iria fechar negócio sem o consentimento dela. Além disso, precisava vender o meu carro para dar entrada no T-Cross. Combinei com o vendedor, que aliás foi muito atencioso, que voltaria no sábado seguinte, dessa vez acompanhado da minha esposa.

Volkswagen T-Cross

Infelizmente não foi possível fazer isso no sábado por fatores alheios à nossa vontade, e decidimos ir no domingo. Entretanto, a concessionária estava fechada, mas como já tínhamos saído de casa com a determinação de realizar a visita, procuramos por outra concessionária da marca que estivesse aberta, e chegamos à Brasilwagen.

Logo que entramos a recepcionista nos abordou amavelmente e pergunto se gostaríamos de ser atendidos por um vendedor. Respondemos que sim e em instantes chegou um vendedor. Explicamos que eu já tinha feito o test drive em outra concessionária mas que minha esposa ainda não conhecia o carro.

Este vendedor, então, nos levou prontamente até uma unidade que estava exposta na loja e explicou as principais características do veículo. Em seguida, repetiu isso com outras duas versões, mostrando as diferenças. Sempre muito atencioso, respondeu todas as nossas perguntas e curiosidades.

Realizando o test drive

Assim que paramos de fazer perguntas, um motorista veio nos convidar para realizar o test drive, dizendo que assim que quiséssemos o veículo estava pronto e à disposição. O modelo disponível para isso era o todo de linha, Highline 1.4 com todos os opcionais, simplesmente sensacional.

Volkswagen T-Cross

Desde o primeiro momento, entretanto, minha intenção era comprar o 1.0 com câmbio automático na versão mais básica, mas não tinha esse modelo à disposição naquela concessionária em específico. Porém, como o primeiro test drive que eu tinha realizado sem a minha esposa tinha sido numa versão de motor 1.0, não fazia muita diferença já que a intenção era que minha esposa conhecesse o carro.

Começamos o percurso e o motorista que nos acompanhou – aliás, muito entendido de carro como um técnico no assunto – foi nos explicando cada detalhe, desde o motor, sistema de controle de estabilidade, sistema de segurança em geral, até o sistema de som (que naquela versão contava com Beats Sound).

Volkswagen T-Cross

Fizemos um percurso até que razoável, deu até pra dar uma esticada no motor, foi o suficiente para ter um primeiro contato com o veículo e ter certeza que ele era exatamente o que queríamos, e até um pouco mais.

Começam as negociações

Voltamos à mesa do vendedor para tratar do assunto complicado, os valores e formas de pagamento. Algo bastante positivo no meu ponto de vista é que o vendedor em nenhum momento tentou nos iludir ou forçar uma aquisição que estivesse acima das nossas condições. Sempre bastante realista e transparente foi explicando tudo com calma, e até repetindo pontos que não tínhamos entendido com toda paciência.

Como disse acima, minha intenção desde o início era comprar a versão básica sem nenhum opcional, mas com câmbio automático. E as primeiras contas foram feitas sobre esta versão, sem que o vendedor tentasse “empurrar” a versão acima. Depois de ter apresentado as três formas de financiamento, fizemos o que fazem todos os bons brasileiros, pedimos desconto. O vendedor se dirigiu à gerente da loja e voltou com R$ 1.500,00 de desconto.

Volkswagen T-Cross

Mas a gente nunca está satisfeito, pedi que ele refizesse todos os cálculos com a versão acima, a Confortline, ao que ele atendeu sem demora, sempre muito prestativo e paciente. Como tínhamos escolhido financiar parte do valor, no fim das contas a diferença na parcela mensal não mudava tanto de uma versão para a outra, sem falar que tinha uma unidade a pronta entrega justo na cor que a gente queria e ainda com um pacote que trazia alguns diferenciais que nos agradaram.

Saímos, minha esposa e eu, para conversar e discutir se era um bom negócio, se era melhor esperar mais um pouco, ou se devíamos fechar no ato. Decidimos por dar um sinal de 2mil reais e segurar aquela unidade, com a promessa feita pelo vendedor de que se desistíssemos o valor nos seria devolvido integralmente. Claro que essa decisão não poderia levar muitos dias, mas era o suficiente para confirmar a venda do meu carro que já estava em tratativas.

Volkswagen T-Cross

Três dias depois, numa quarta-feira consegui vender o carro. Nesse intervalo o Banco Volkswagen tinha aprovado meu financiamento e só restava assinar o contrato e dar o valor de entrada, o que foi feito no dia seguinte. Pronto, era só esperar pela entrega do veículo, o que seria feito em outra unidade da Brasilwagen a meu pedido, já que ficava mais perto da rota que eu costumo fazer.

Forma de pagamento: Banco Volkswagen

Uma simulação com base no T-Cross

Abrindo um parênteses na cronologia, vamos falar sobre a forma de pagamento, que eu decidi fazer através do Banco Volkswagen, uma instituição financeira bem interessante para quem quer adquirir um modelo da montadora alemã.

Se o leitor tiver interesse em saber maiores detalhes pode ler esse outro texto (CLIQUE AQUI). A instituição financeira trabalha com diversos produtos e entre eles o financiamento de seus próprios veículos, e foi assim que eu decidi comprar o meu T-Cross.

Foram-me apresentadas três formas de financiamento, cada uma com vantagens específicas, como passarei a explicar abaixo detalhadamente:

Plano tradicional: a primeira forma apresentada foi a tradicional, que qualquer banco oferece, ou seja, dar um determinado valor de entrada e financiar o restante a começar do mês seguinte à compra.

Plano 30/40/30: outra forma apresentada, muito interessante para quem tem certeza que vai permanecer na marca futuramente, é a de dar 30% do valor de entrada do veículo, financiar outros 40% em certa quantidade de meses (pode ser 24, 36 ou 48 meses) e ao final do período do financiamento quitar os 30% faltantes, ou então entregar o veículo à concessionária como parte da entrada para a aquisição de um veículo novo.

Plano 99: a terceira forma, escolhida por mim, é a de dar um valor de 40% de entrada e financiar os outros 60%, entretanto, o financiamento começará apenas um ano depois da compra, sendo que nos 12 primeiros meses será paga apenas uma taxa mensal de R$ 99,00. Os juros são um pouco maiores que o financiamento convencional, mas é possível se programar melhor financeiramente, especialmente se a troca de carro tem certa urgência.

Uma simulação do plano convencional vs plano 99

Para dar ao leitor uma ideia de como seria o financiamento no plano 99, que foi o que eu escolhi, vou apresentar uma simulação com valores aproximados aos que eu paguei no meu T-Cross, considerando o valor total do veículo em R$ 96.000,00:

Na plano tradicional, com R$ 38.400 de entrada (40%) ficariam 36x de R$ 2.161,08, ou seja, juros de 1,24% a.m. (15,94% a.a.). Já no plano 99, com os mesmos R$ 38.400 de entrada (40%), mais 12x de R$ 99,00, ficariam 36x de R$ 2.789,76, com juros de 1,53% a.m. (19,99% a.a.).

Como se pode ver, o plano convencional tem juros menores, e o valor de entrada não precisa ser de 40%, pode ser uma porcentagem menor, são algumas das vantagens que ele oferece.

O plano 99 exige uma entrada mínima de 40%, mas ela pode ser maior do que isso, e tem uma taxa de juros maior, mas tem como vantagem que o financiamento só começará ser pago um ano depois. Para o meu planejamento financeiro era a melhor opção.

Dicas importantes para quem pretende financiar o veículo

Financiar um veículo, do ponto de vista saúde financeira, nunca é a melhor opção. Mas sabemos que no Brasil está cada vez mais difícil comprar um veículo à vista, e que as parcelas do financiamento já praticamente fazem parte dos “gastos fixos” de uma família.

Se for este o seu caso, duas dicas são importantes e podem te ajudar. A primeira é clássica: planejamento financeiro. Sim, planejar com cuidado o orçamento é indispensável para não ter surpresas desagradáveis ao longo do caminho. Um dos pontos desse planejamento é que o valor da parcela não passe de 30% da renda mensal, e caso exista outro financiamento com relação a moradia ou aluguel, essa porcentagem preferencialmente seja ainda menor.

A segunda dica, menos comum de se encontrar, é adiantar parcelas do financiamento. Quando um bem é financiado, os juros só incidem sobre as parcelas à medida que o tempo vai passando, ou seja, uma parcela que vai vencer dentro de 36 meses ainda não tem os juros, e se for paga hoje será mais “barata” do que na época do seu vencimento.

Vamos explicar com exemplo que sempre fica mais fácil. Supondo que o financiamento é de 36 meses, se no momento de pagar a primeira parcela eu pagar também a última, os juros desta diminuiriam drasticamente, além de encurtar o prazo do financiamento pela metade. Neste caso o financiamento pode ser um bom negócio, mas exige planejamento e comprometimento.

Pequeno atraso e dia da entrega

Voltando agora para a história, no domingo que visitamos a Brasilwagen e fizemos as negociações o vendedor disse que se o pagamento da entrada acontecesse no dia seguinte, segunda-feira, eu poderia retirar o veículo na mesma semana, provavelmente na sexta-feira. Mas, como disse acima, levei uns dias pra vender meu carro e acabei atrasando o pagamento, com isso teria que esperar passar o fim de semana pra que o veículo fosse emplacado e emitido o seu documento.

A previsão, no fim das contas, ficou para terça-feira. Porém, na véspera do dia tão esperado o vendedor me liga pra dar uma triste notícia: como o veículo sairia pelo município de Mairiporã, o órgão dessa cidade responsável pela emplacamento pede até 7 dias úteis para o procedimento. Era provável que eu ficasse mais um fim de semana sem o carro, e enquanto isso pagando o aluguel de um veículo pra não ficar a pé.

O vendedor prometeu que faria todo possível para agilizar o processo, fazendo pedido de urgência e insistindo com os vários setores, tanto da concessionária quanto do órgão em questão, de modo a diminuir o inevitável atraso, o qual de nenhum modo era culpa sua ou da concessionária, apenas as vicissitudes da vida.

Por mais incrível que possa parecer ao leitor, o vencedor – que já tinha a venda garantida – realmente honrou a palavra e conseguiu agilizar o processo. O documento ficou pronto na quinta-feira e eu pude retirar o veículo no dia seguinte. Portanto, apenas três dias de atraso (poderia ter sido muito mais).

Atendimento da outra unidade da Brasilwagen

Uns dois dias antes da entrega do veículo outro vendedor, da concessionária onde eu efetivamente faria a retirada, entrou em contato para agendar um horário comigo. Combinamos sexta-feira às 14hs.

Contudo, eu tinha um compromisso próximo desse horário e pedi para adiantar a entrega para as 11hs, fiz esse pedido umas duas horas antes do horário, e o vendedor conseguiu agenciar tudo para que fosse possível me receber com o carro já pronto e lavado.

Chegando à concessionária fui prontamente atendido, me ofereceram um café, aliás muito bom. Alguns minutos depois o vendedor me levou até sua mesa para entregar o manual do proprietário, chave reserva e antena do meu carro. Assinei o que precisava e ele aproveitou para me oferecer alguns dispositivos adicionais, mas para mim não havia interesse, ele não insistiu.

Fomos então até o carro, já com muita ansiedade, e ele me explicou cada detalhe do funcionamento: como utilizar a chave com sensor de presença para travar e destravar o veículo e os gestos junto à maçaneta da porta; depois cada uma das funcionalidades do painel de instrumentos e da central multimídia (que não são poucas); o funcionamento do sensor crepuscular, dos retrovisores, enfim, uma explicação bastante detalhada e completa.

Além disso, me explicou com ênfase que nunca devia completar ou trocar óleo e água do radiador em outro lugar que não fosse a concessionária, pois como se trata de um motor turbo, qualquer erro pode prejudicar seriamente o funcionamento do motor.

Depois de ter esse primeiro contato com o veículo, fui liberado para sair da concessionária. Ponto negativo, a autonomia do combustível estava em zero, me obrigando a abastecer no primeiro posto que estivesse no caminho, sendo que eu teria preferido abastecer num posto que já conheço e confio, e para isso não precisava encher o tanque, bastava ter uns 10km de autonomia, ou seja, uns 2 litros de combustível. Mas apenas um detalhe.

Impressões da primeira semana com o T-Cross

Como disse acima, meu veículo anterior era um Ford Ka 1.0 na sua versão de entrada, portanto um veículo muito mais simples que o T-Cross na versão Confortline. Para situar bem o peso da minha opinião ao leitor, eu gostava bastante do meu Ford Ka e não tenho nenhuma reclamação dele, inclusive se algum dia precisar ter um segundo veículo ele provavelmente será a opção escolhida. Então, não sou um grande crítico de carros.

Volkswagen T-Cross

Mesmo assim, a diferença entre um e outro é de um abismo. Tudo, absolutamente tudo é melhor no T-Cross. A motorização é um dos aspectos com maior diferença, já que o VW conta com motor turbo, cuja entrega dos 20 kg de torque acontece aos 2.000 rpm (uma rotação muito baixa e silenciosa), e com a transmissão automática de 6 velocidades, que em conjunto proporcionam mais agilidade nas respostas, mais conforto, mais potência, mais tudo. Isso sem falar nos modos de condução (Eco, Normal, Sport e Individual) que dão mais versatilidade nos diversos usos do dia-a-dia.

Outro aspecto gritante é a tecnologia empregada: painel de instrumentos com diversas funções do veículo (velocímetro digital, consumo instantâneo, consumo médio, pressão dos pneus, temperatura do óleo, aviso de autonomia baixa, e muitas outras), informações de rádio e mídia, informações de GPS e do celular. Tudo isso com os controles no volante.

Volkswagen T-Cross

A central multimídia – que no caso do meu carro foi um pacote opcional adicionado, ou seja, não pertence de fábrica à versão Confortline – também traz um grande diferencial em relação a veículos mais básicos, já que conta com uma enorme tela touchscreen com sensor de aproximação, sistema de navegação, sistema de espelhamento, controle das principais funções do veículo.

Piloto automático, Paddle Shift no volante para troca de marcha manual, sensor crepuscular, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros com câmera de ré, porta-luvas refrigerado, ar condicionado digital com saídas para o banco de trás, chave com sensor de presença para travamento e destravamento das portas e partida do motor por botão, banco do motorista com regulagem de altura e lombar, volante com ajuste milimétrico de altura e profundidade, e outras coisas mais, são algumas das diferenças que no meu veículo anterior eu não tinha.

Apesar de ser muito pouco tempo com o carro novo, já posso dizer que a satisfação está sendo grande, completa, nenhuma reclamação a fazer. Mas como disse acima, não sou um grande crítico de carros, tenho a tendência de ver apenas o que eles têm de bom, e no caso do T-Cross é muita coisa. Quem sabe dentro de 6 meses ou 1 ano eu faça um outro texto para contar minha experiência com ele nesse período?