Nos últimos anos, a China consolidou sua posição como líder mundial na produção de veículos elétricos, um movimento respaldado por políticas públicas voltadas para a sustentabilidade. Subsídios implementados há mais de uma década permitiram que as montadoras reduzissem custos e aumentassem a escala de produção. Apenas em 2024, mais de 10 milhões de novos veículos elétricos foram fabricados no país.
Pontos Principais:
O setor de transporte, responsável por cerca de 25% da demanda de petróleo na China, está no centro dessa transformação. A Agência Internacional de Energia (IEA) prevê que o consumo de gasolina no país atinja seu pico em 2024 e comece a declinar a partir de 2025. Caminhões movidos a eletricidade e gás natural liquefeito (GNL) também contribuem para a redução no consumo de diesel, que já atingiu seu ponto máximo em 2019 e vem caindo desde então.
Atualmente, veículos elétricos e híbridos plug-in representam 10% da frota automotiva chinesa. Esse número deve dobrar até 2027, com projeções indicando que quase 100% da frota será eletrificada por volta de 2040. A popularização desses veículos sinaliza um esforço coordenado do governo para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Essas mudanças têm implicações globais. A China responde por aproximadamente 20% da demanda mundial de petróleo, o que significa que qualquer alteração significativa em seu consumo pode impactar os preços e a oferta no mercado global. Nos Estados Unidos, o consumo de gasolina caiu 12% desde 2004, enquanto na Europa a redução foi de apenas 6% desde 2007, destacando o ritmo acelerado de mudança no mercado chinês.
Essa transição é uma resposta às pressões por sustentabilidade e ao avanço tecnológico. Embora desafios ainda existam, como a infraestrutura de recarga e o custo das baterias, a trajetória parece clara: a China está moldando o futuro do transporte e, por consequência, do mercado energético mundial.
Fonte: IAE, ArgusMedia e iG.