Está faltando mecânico para consertar carros que ficaram submersos na enchente no Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a enchente deixou milhares de carros submersos, criando uma alta demanda por consertos. A falta de mão de obra qualificada nas oficinas mecânicas agravou a situação. Um convênio com escolas estaduais e cursos no Senai visa qualificar novos profissionais para suprir a demanda.
Publicado em Local dia 26/06/2024 por Alan Corrêa

No Rio Grande do Sul, milhares de carros ficaram submersos devido a uma enchente recente. O problema foi agravado pela falta de mão de obra qualificada para consertar esses veículos. Das 2,4 mil oficinas mecânicas afetadas pela enchente, 800 ainda permanecem fechadas, deixando muitos veículos sem reparo.

Uma oficina no bairro Humaitá, em Porto Alegre, teve 23 carros alagados e precisou parar de receber novos clientes por falta de mecânicos. O proprietário da oficina explicou que a demanda é alta, mas a capacidade de atendimento é limitada pela necessidade de profissionais qualificados. Ele abriu três vagas em sua oficina, mas o sindicato do setor estima que há uma falta de 2 mil profissionais na área, um problema que se tornou mais evidente com as enchentes.

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros contabilizou cerca de 20 mil pedidos de indenização por carros alagados no estado. Com a falta de mecânicos especializados, muitos donos de carros atingidos pela enchente podem ter que esperar mais de um mês pelo conserto.

No Rio Grande do Sul, a recente enchente submergiu milhares de carros, criando uma alta demanda por consertos. A falta de mecânicos qualificados agrava a situação, deixando muitos veículos sem reparo.
No Rio Grande do Sul, a recente enchente submergiu milhares de carros, criando uma alta demanda por consertos. A falta de mecânicos qualificados agrava a situação, deixando muitos veículos sem reparo.

Para tentar resolver a situação, o sindicato prepara um convênio com escolas estaduais para qualificar alunos do ensino médio. A aprendizagem será realizada em unidades do Senai. Um aposentado está participando de um curso de transição de carreira e destacou que o curso oferece uma visão geral de várias áreas automotivas, incluindo funilaria, elétrica, mecânica e pneus.

O proprietário da oficina está em busca até de quem não tem experiência para preencher as vagas em sua oficina. Os salários oferecidos para mecânicos ajustadores, eletricistas, preparadores, pintores e polidores variam de R$ 6 mil a R$ 8 mil mensais, com várias vagas abertas nessas áreas.

A demanda alta por consertos de carros danificados e a falta de mão de obra qualificada criaram um desafio significativo para o setor automotivo no Rio Grande do Sul. A iniciativa de qualificar novos profissionais pode ajudar a resolver o problema a médio prazo, mas a necessidade imediata de mecânicos ainda representa um obstáculo para as oficinas e os proprietários de veículos no estado.

Fonte: G1.