Apita o árbitro! Bola rolando na Filadélfia, mas o placar que mais interessa ao Palmeiras hoje está em outra arena: o das cifras. Enquanto o Chelsea pressiona, a torcida alviverde sabe que, no jogo paralelo do dinheiro, o time já venceu algumas etapas. E agora, disputa a partida de R$ 117 milhões — o valor que está em jogo apenas pela vaga na semifinal do Mundial.
Pontos Principais:
No campo, a promessa é de tensão e marcação forte. Fora dele, a matemática é clara: se passar, o Palmeiras salta de R$ 219 milhões já conquistados para R$ 336 milhões em premiações. Um feito inédito que deixaria até os cofres mais conservadores com o grito de gol entalado de emoção. E isso num torneio que sequer constava no orçamento original do clube para 2025.
No orçamento aprovado, a previsão era de R$ 64 milhões com prêmios ao longo da temporada, somando Estadual, Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores. A FIFA, no entanto, mudou as regras do jogo com a nova distribuição financeira da Copa de Clubes — e o Palmeiras entrou em campo para buscar uma fatia que nem sonhava.
A comparação não deixa dúvidas: o montante já conquistado com a campanha atual ultrapassa o valor das duas maiores contratações do ano — Paulinho e Vitor Roque — que juntos custaram R$ 269 milhões aos cofres alviverdes. Ou seja, a bola de ouro do Palmeiras em 2025 talvez não tenha vindo dos pés, mas das cifras.
O time já embolsou R$ 83,6 milhões só pela participação, além de bônus por empates, vitórias e avanço nas fases. Tudo isso mesmo antes de entrar em campo contra o Chelsea. Mas como todo jogo tem regras, nem tudo vai direto para o caixa. Os impostos seguem sendo o marcador implacável fora das quatro linhas. O clube, por exemplo, recebeu R$ 65,8 milhões líquidos da primeira parcela de premiação.
Enquanto Abel Ferreira pensa em mudanças no meio-campo, a diretoria calcula os próximos passos para administrar a bolada. Uma classificação hoje representa não apenas vaga na semifinal, mas também uma robusta musculatura financeira que pode redefinir a temporada — sem exagero e sem superlativos.
O torcedor poderá vibrar com um drible ou um desarme, mas o que pode garantir a próxima contratação ou cobrir déficits futuros talvez venha mesmo dos bastidores. No campo ou no cofre, o jogo desta sexta vale muito. E cada passe pode movimentar milhões.
Fonte: Ge.