O minuto de silêncio prestado antes do jogo entre Fluminense e Al-Hilal, pelas quartas de final do Mundial de Clubes 2025, marcou profundamente os presentes no Camping World Stadium, em Orlando. A imagem de Diogo Jota e de seu irmão André Silva apareceu no telão enquanto os jogadores permaneciam em silêncio, todos com braçadeiras pretas no braço em sinal de luto.
Pontos Principais:
João Cancelo e Rúben Neves, companheiros de seleção de Diogo Jota e amigos de longa data, não contiveram a emoção. Ambos atuam pelo Al-Hilal e choraram em campo. A reação dos dois ganhou atenção não apenas pela intensidade, mas também pela ligação que mantinham com o atacante português.
Rúben Neves e Jota construíram juntos uma trajetória marcante. Jogaram lado a lado por 174 vezes, seja no Porto ou no Wolverhampton, e a convivência ultrapassou o campo, transformando-se em uma amizade pessoal sólida. Com Cancelo, foram 33 partidas juntos defendendo Portugal, criando uma relação de respeito e cumplicidade.
A homenagem foi silenciosa, respeitosa e impactante. Além dos dois portugueses, os jogadores do Fluminense e a arbitragem também utilizaram as braçadeiras de luto. A cena teve forte repercussão entre torcedores, imprensa e companheiros de profissão, tornando-se um dos momentos mais simbólicos da competição até aqui.
Essa foi a primeira partida disputada após o acidente fatal que tirou a vida de Diogo Jota e André Silva. Ambos viajavam de carro no norte da Espanha, em Zamora. Jota tinha 28 anos, havia se casado há apenas 11 dias, voltava de uma cirurgia e deixou três filhos. André, seu irmão, tinha 25 anos.
A FIFA determinou que todas as partidas das quartas de final do Mundial 2025 terão homenagens semelhantes. A decisão de usar braçadeiras, no entanto, é deixada a critério dos clubes, o que deu um peso ainda mais simbólico ao gesto voluntário de Fluminense e Al-Hilal.
Enquanto o mundo do futebol ainda digere a tragédia, as cenas de solidariedade e respeito em campo oferecem um contraste marcante ao ritmo competitivo do torneio. A sensibilidade dos atletas portugueses, somada à postura do Fluminense, evidenciou que o esporte ainda é espaço de memória, empatia e humanidade.
Fonte: Ge.