Por Carro.Blog.Br

05/12/2022

A história do motor AP

O motor AP tem uma longa história no Brasil. Seu baixo custo de manutenção e a facilidade na reposição das peças foram os fatores que proporcionaram a abundância desse item no mercado nacional.

O motor de combustão interna era caracterizado pelo bloco em ferro fundido, 4 cilindros em linha, cabeçote de alumínio com comando de válvulas e a refrigeração a água. Foi comercializado nas cilindradas 1600, 1800 e 2000.

O motor AP ficou mundialmente famoso, e por causa da sua robustez e do custo baixo da manutenção – o que se devia à produção em larga escala – durou várias décadas. Mas o que não é tão conhecido é que sua origem se deve a um antigo projeto militar da Mercedes-Benz.

O motor refrigerado a água teve um grande impacto no mercado automobilístico brasileiro, tendo sido estreado no Passat em 1973. A sua concepção contrariava o próprio slogan da Volkswagen na época, que dizia “ar não ferve”, fazendo alusão a seus motores Boxer, que eram refrigerados a ar.

Em 1976, foi lançada a versão 1.6, que passou a ser chamada de BS, e que equipava o Passat TS. Em 1983 foi lançado o motor MD-270, que tinha recebido alterações na taxa de compressão, com novos comando de pistões e um carburador de corpo duplo e ignição eletrônica. Também esse era refrigerado a água.

Apenas em 1985 esse motor passou a ser chamado de AP. Este motor equipou o primeiro Passat GTS Pointer, Gol GT e Santana, e pouco tempo depois toda a linha VW. Nesse momento a cilindrada do motor era 1800.

Em 1989 viria o AP 2000, que equipava Gol GTI, por isso as versões AP 600 e AP 800 seriam rebatizadas de AP 1600 e AP 1800, enquanto do de 2000 cilindradas seria o AP 2000. Foi nessa época que as bieletas cresceram de 136mm para 144mm, diminuindo a vibração dentro do carro.