A história do Chevette que continua sendo sucesso de venda com preço baixo

Líder de vendas em 1983, com 85.984 unidades, a história do Chevette influenciou novas gerações de veículos que atendem o desejo da grande maioria dos consumidores: um modelo com o melhor custo benefício. De sedã a compacto, picape e perua, o Chevette desde 1973 se metamorfoseou ao longo dos anos e marcou sua história durante duas décadas.
Publicado em História dia 6/02/2019 por Alan Corrêa

Líder de vendas em 1983, com 85.984 unidades, a história do Chevette influenciou novas gerações de veículos que atendem o desejo da grande maioria dos consumidores: um modelo com o melhor custo benefício.

De sedã a compacto, picape e perua, o Chevette desde 1973 se metamorfoseou ao longo dos anos e marcou sua história durante duas décadas.

Origem do Chevette

A proveniência do Chevette é do Opel Kadett C europeu, o qual não herdou o nome para não vincular ao governo militar em exercício na época.

Curiosamente, seu lançamento deu-se primeiramente no Brasil em 24 de abril de 1973 como um sedã de duas portas, seis meses depois o modelo original foi apresentado no salão de Frankfurt.

Durante os 20 anos de produção na fábrica em São José dos Campos, o Chevette teve a impressionante cifra de mais de 1,6 milhões de unidades vendidas.

Motorização

Para o seu tempo, o Chevette tinha potente motorização, sendo que o máximo alcançado foi o motor 1.6 a gasolina, 78 cv de potência, 12,6 kgfm de torque, fazendo de 0 a 100 km/h em 14,1 segundos e tendo a velocidade máxima de 160 km/h.

O motor 1.6 com etanol, por sua vez, tinha 81 cv de potência, 12,9 kgfm de torque, aceleração 0 a 100 km/h em 13,8 segundos e velocidade máxima de 160 km/h.

Um modelo popular mais que simplesmente um carrinho

O Chevette foi lançado como um modelo que não seria apenas mais um carrinho. Aliás, esse foi o slogan utilizado pela Chevrolet, que investiu a extraordinária quantia de 102 milhões no projeto.

O novo sedã da Chevrolet não era tão amplo, tendo 4,12 m de comprimento, um pouco maior que o fusca. A capacidade do porta-malas era grande, mas os passageiros do banco de trás tinham que se estreitar.

Entre as inovações trazidas estavam o tanque de combustível na parte traseira, banco com ajuste milimétrico, coluna do volante não penetrante, válvulas acionadas por correia dentada, pisca-alerta, duplo circuito de freios e alguns anos depois quatro portas disponíveis.

De 1973 a 1993 o Chevette produziu diversas versões, sendo algumas bem sucedidas e outras não, entre as quais destacamos:

Marajó (1980 a 1989)

Em 1980, surgiu a evolução do Chevette para perua: o Marajó. O modelo se assemelhava bastante ao Kadett Caravan e tinha como opcional inovador ar condicionado para todos os ocupantes.

O principal diferencial estava na generosa capacidade de carga: 796 litros. A capacidade podia ser ampliada para 1.510 litros com o rebatimento dos bancos.

Hatch (1980 a 1988)

Inspirado no Monza, o Chevette em 1980 se transformou em um hatchback na versão esportiva S/R e teve papel decisivo para o recorde de vendas em 1983.

O Chevette hatch estava equipado com o potente motor 1.6 com carburador de corpo duplo e visual arrojado incluindo faixas laterais em degrade, rodas de alumínio, lanternas de neblina e defletor traseiro.

Chevy 500 (1983 a 1994)

A versão picape do Chevette demorou para chegar ao Brasil, cedendo lugar as concorrentes Fiat Fiorino, VW Saveiro e Ford Pampa.

A Chevy 500, em alusão a capacidade de meia tonelada de capacidade de carga, se destacava por ser a única com tração traseira.

Junior (1991 a 1993)

Aproveitando os abonos fiscais fornecidos pelo governo para veículos populares, a Chevrolet adaptou o Chevette e lançou a versão Junior.

Com efeito, a simplificação necessária para enquadrar o Chevette no benefício tributário não agradou o público e o rival Fiat Mille acabou conquistando o mercado.

Uma história de sucesso

Embora o último modelo do Chevette tenha sido produzido a 12 de novembro de 1993, dando lugar ao modelo Corsa, sua história de 20 anos ainda continua fazendo sucesso no projeto de novos modelos, que associam baixo custo com espaço amplo e potência razoável.