A icônica Mercedes-Benz SLR McLaren

A versão Stirling Moss ficou conhecida por ser a última SLR produzida pela Mercedes, visto que no mesmo ano de seu anúncio (2009), a parceria entre os alemães e a McLaren veio a acabar, fazendo com que o SLR fosse descontinuado.
Publicado em História dia 4/11/2020 por Alan Corrêa

A Mercedes-Benz sempre foi muito conhecida por seus veículos de bastante luxo e sofisticação, porém seu nome nas corridas também foi escrito tanto pelo lado positivo com diversos títulos e glórias quanto pelo lado negativo como a tragédia nas 24 Horas de Le Mans em 1955.

Mas alguns veículos esportivos de rua da marca ficaram eternizados em toda a história e, com toda certeza, o principal deles é o SLR McLaren. Design atemporal, motor extremamente potente e a tecnologia de ponta integram um dos modelos mais icônicos da história do automobilismo

O início dos SLR

Antes do projeto do SLR sequer ter passado na cabeça dos dirigentes da Mercedes, muitas décadas antes a marca mostrava ao mundo o que seus veículos eram capazes de fazer. Paralelamente ao sucesso dos alemães nas corridas, o modelo 300 SL (com a famosa porta de gaivota) começava a encantar o mundo.

Com seus carros liderados por Juan Manuel Fangio, Karl Kling e Stirling Moss (guarde esse nome), o veículo de corrida 300 SLR teve um sucesso estrondoso no mundo das corridas. Com um motor de oito cilindros, três litros e 310 cv de potência, o modelo tinha velocidade máxima de 290 km/h.

E uma curiosidade foi que, assim, o 300 SLR foi eleito o carro mais rápido do mundo de dois lugares sendo aprovado para a rua, sendo descrito por especialistas da marca alemã como “um dos automóveis mais excitantes jamais construído pela Mercedes-Benz”

O projeto

Foi então que, quase 50 anos depois do sucesso estrondoso, a Mercedes decidiu se aliar a McLaren (montadora inglesa a qual os alemães possuíam parte e eram parceiras na Fórmula 1) para então criar a versão do século XXI do 300 SLR. O modelo por sua vez ficou conhecido como SLR McLaren.

Sua produção teve início em 2003 e desde então já chamou muito a atenção. Com um design com linhas futuristas, aerodinâmica extremamente apurada, um motor V8 de 5.4 litros e 626 cv de potência juntamente a um câmbio automático de cinco velocidades, o SLR McLaren já foi adorado pelo fãs logo de cara e se tornou um dos maiores xodós de todo entusiasta não apenas da Mercedes, mas também do automobilismo no geral.

Inicialmente, o veículo foi oferecido em duas versões: A 722, de carroceria cupê e com esse nome pois se refere ao horário da vitória do carro de Stirling Moss (7h22min) e a conversível.

Modelos especiais

O modelo ainda contou com outras versões feitas ao longo de seus quase 7 anos de fabricação. Entre elas, podemos citar a 722 GT, uma versão de corridas feita pela Ray Mallock Ltd, a versão da Mansory e da Brabus, ambas divisões alternativas da Mercedes para atingir públicos diferentes. Além disso, ainda teve uma edição de despedida que a própria McLaren fez que durou entre 2011 e 2013.

Mas o modelo alternativo que mais chamou a atenção foi lançado em 2009. Com um design sem o para-brisa e sem o teto, foi apesentado ao mundo o SLR Stirling Moss (sim, o piloto que alcançou tantas glórias com a Mercedes). Este modelo teve apenas 75 unidades produzidas, possuía um motor 5.4 V8 Supercharged para 660 cv de potência e incríveis 350 km/h de velocidade máxima. Todas as 75 unidades foram vendidas rapidamente ao preço de 1 milhão de dólares cada uma.

Fim da SLR McLaren

A versão Stirling Moss ficou conhecida por ser a última SLR produzida pela Mercedes, visto que no mesmo ano de seu anúncio (2009), a parceria entre os alemães e a McLaren veio a acabar, fazendo com que o SLR fosse descontinuado.

Já faz mais de 10 anos desde que a SLR deixou de ser fabricada, porém mesmo assim sua essência continua viva nos entusiastas automotivos que sempre sonharam em ter um exemplar este veículo espetacular na garagem.

Existem exemplares no Brasil?

E agora você deve estar pensando: Algum exemplar da SLR chegou a vir para o Brasil? E a resposta é que sim! Ainda por cima, mais do que uma unidade!

Provavelmente você deve se lembrar de um dos exemplares da SLR aparecer nas manchetes brasileiras quando o filho de Eike Batista atropelou e matou um ciclista a bordo de um SLR na cor prata.

Mas ainda assim existem outros exemplares do veículo e, inclusive, em 2009 chegou a vazar o valor do IPVA de um exemplar também na cor prata do ano de 2006, custando na época quase 68 mil reais!