Acelen aumenta preço da gasolina e gás de cozinha na Bahia: distribuidoras e consumidores sentem impacto

O preço da gasolina e do gás de cozinha aumentou na Bahia após ajustes aplicados pela Acelen, empresa responsável pela Refinaria de Mataripe. Com o reajuste, o litro da gasolina ultrapassa R$ 6 em Salvador e cidades vizinhas, enquanto o gás de cozinha já atinge a média de R$ 150, afetando distribuidoras e consumidores.
Publicado por Alan Corrêa em Local dia 9/11/2024

A Acelen, responsável pela operação da Refinaria de Mataripe na Região Metropolitana de Salvador, anunciou um aumento de 2,9% no preço da gasolina vendida para as distribuidoras. O reajuste entrou em vigor na última quinta-feira, fazendo com que o preço médio do litro da gasolina ultrapassasse R$ 6 em diversos postos localizados na capital baiana e em áreas metropolitanas, incluindo a Avenida Paralela e trechos da BR-324.

Pontos Principais:

  • A Acelen aplicou um reajuste de 2,9% na gasolina vendida para distribuidoras da Bahia.
  • Postos de Salvador e regiões próximas já cobram acima de R$ 6 pelo litro de gasolina.
  • O preço do gás de cozinha teve um aumento de 10,5%, chegando a uma média de R$ 150 em Salvador.
  • Os preços seguem critérios de mercado, incluindo o valor do petróleo e a taxa cambial.

Segundo a Acelen, os ajustes nos preços são baseados em critérios de mercado e incluem fatores como os custos do petróleo, que seguem valores internacionais, além da taxa cambial e dos custos de frete. A empresa informou que essa política de preços é transparente e segue práticas de mercado que podem resultar em variações para mais ou para menos, conforme as condições do mercado global.

Na Bahia, o preço do combustível e do gás de cozinha passa por reajustes em novembro, impactando os valores finais nos postos e elevando os custos para a população local - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Na Bahia, o preço do combustível e do gás de cozinha passa por reajustes em novembro, impactando os valores finais nos postos e elevando os custos para a população local – Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Sindicombustíveis Bahia esclareceu que os postos de combustível na região não compram os produtos diretamente da Acelen, mas sim de distribuidoras, e que cada revendedor tem autonomia para decidir se repassa ou não o aumento ao consumidor. A organização destacou que o mercado é livre e competitivo, e que o sindicato não interfere na política de preços dos postos, priorizando a livre concorrência no setor.

Além da gasolina, o preço do gás de cozinha, ou Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), também teve um reajuste significativo na Bahia. O aumento de 10,5% entrou em vigor em 1º de novembro, com o preço médio do botijão de 13 kg alcançando R$ 150 em Salvador. Este reajuste foi o maior dos últimos três anos, e o impacto foi sentido nas revendas locais. Segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas), os preços anteriores, que giravam entre R$ 138 e R$ 140, aumentaram devido aos custos internacionais do petróleo e à valorização do dólar.

A Acelen informou que, assim como a gasolina, o gás de cozinha também é influenciado por fatores de mercado, incluindo o preço do petróleo, câmbio e despesas logísticas. A empresa reiterou que os preços são ajustados de acordo com a variação dos custos de produção e transporte, sem intervenção direta em como os valores serão repassados ao consumidor final pelas distribuidoras.

As decisões sobre o preço do combustível e do gás de cozinha vêm gerando impactos nos custos de transporte e no orçamento das famílias baianas. O aumento ocorre em um cenário de recuperação econômica e em meio a uma política de preços que segue critérios internacionais, o que pode trazer ajustes adicionais dependendo das flutuações globais do mercado de petróleo.

Enquanto isso, os consumidores precisam lidar com o aumento dos preços de produtos essenciais, que podem variar conforme cada distribuidora e posto de venda decide como repassar esses reajustes. O setor aguarda por possíveis novas orientações ou alterações na política de preços, que permanece alinhada às práticas internacionais, considerando o custo do petróleo e a variação cambial.

Fonte: G1 e Correio24Horas.