O preço médio da gasolina no Brasil subiu para R$ 5,97 na última semana. Este aumento foi resultado do reajuste implementado pela Petrobras nas distribuidoras. Apesar disso, a gasolina continua sendo a opção mais vantajosa para motoristas de veículos flex em 17 estados, enquanto o etanol é mais econômico em 9 estados e no Distrito Federal.
A análise foi realizada com base nos preços médios dos combustíveis nos postos, encontrados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre os dias 7 e 13 de julho. A calculadora de combustíveis do g1 leva em consideração o preço e o rendimento de cada combustível. Segundo especialistas, em geral, o etanol é mais vantajoso quando custa até 70% do preço da gasolina.
Nos estados onde a gasolina é mais vantajosa, a diferença de preço entre os combustíveis é menor. Por exemplo, em Alagoas, o preço médio do etanol é R$ 4,69, enquanto o da gasolina é R$ 6,12. Esse padrão se repete em estados como o Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Em estados onde o etanol é mais vantajoso, a diferença de preço em relação à gasolina é significativa. Em São Paulo, por exemplo, o preço médio do etanol é R$ 3,78, enquanto o da gasolina é R$ 5,70. Outros estados onde o etanol é mais econômico incluem Acre, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.
O ambiente mais favorável para a gasolina em alguns estados pode ser explicado por diversos fatores. Entre eles estão a alta no preço do etanol vendido pelo produtor à distribuidora, o que eleva o custo do combustível nos postos; a política de preços da Petrobras, que ajuda a segurar o repasse dos aumentos da cotação do petróleo no mercado internacional; e os custos de importação ainda comportados, que ajudam a manter os preços da gasolina.
A ferramenta do g1 utiliza um cálculo baseado no preço e rendimento de cada combustível. Quando o preço do etanol é inserido, esse valor é dividido por 0,70, ou seja, 70%. No caso da gasolina, o preço é multiplicado por 0,70. Este cálculo é baseado no poder calorífico dos combustíveis, que significa a quantidade de energia existente na molécula de cada um deles.
O professor Marcelo Alves, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli/USP, explica que o poder calorífico se refere ao quanto se consegue extrair de energia por massa de combustível. Outros fatores, como a densidade dos combustíveis em diferentes temperaturas, também são considerados na análise.
Os motoristas devem analisar uma média para o seu próprio veículo, levando em conta a regra dos 70% como um número indicativo. O sistema de injeção de combustível no motor, otimizado para etanol ou gasolina, pode influenciar a eficiência de cada combustível. Assim, é importante que cada motorista avalie a melhor opção com base nas características específicas de seu carro e nos preços praticados nos postos de sua região.
A escolha entre álcool e gasolina depende de vários fatores, incluindo o preço dos combustíveis, o rendimento de cada um e as condições específicas de cada estado. A calculadora de combustíveis do g1 é uma ferramenta útil para os motoristas avaliarem qual opção é mais vantajosa. A análise deve ser feita considerando a média de consumo de cada veículo e os preços encontrados nos postos locais.