O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho será interrogado pela Justiça no dia 2 de agosto às 16h. Acusado de causar um acidente que resultou na morte de um motorista de aplicativo e ferimentos graves em outra pessoa, Fernando está preso preventivamente na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A defesa solicitou que ele fosse ouvido por videoconferência, diretamente da prisão.
Fernando é acusado pelo Ministério Público de dirigir embriagado e em alta velocidade, resultando na morte de Ornaldo da Silva Viana e ferimentos graves no estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha. A primeira audiência do caso ocorreu no dia 28 de junho, onde foram ouvidas 17 testemunhas, incluindo 10 de acusação e 7 de defesa.
Segundo a perícia da Polícia Técnico-Científica, Fernando dirigia o Porsche Carrera a 156,4 km/h antes do acidente. O carro de Ornaldo foi atingido por trás pelo Porsche, que estava a 114 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, onde o limite de velocidade é de 50 km/h. Câmeras de segurança registraram o momento da colisão.
Antes do acidente, Fernando afirmou não estar correndo com o Porsche, mas não soube informar a velocidade exata. Testemunhas e gravações confirmaram que ele estava em alta velocidade e embriagado. A polícia não realizou o teste do bafômetro na hora do acidente, resultando em um processo disciplinar contra os policiais envolvidos.
Além das acusações de trânsito, Fernando também é investigado por agressão à ex-madrasta Eliziany Silva em um caso de 2018. Segundo ela, Fernando a agrediu com um celular e a chutou durante uma discussão. O pai de Fernando também é acusado de esganá-la no mesmo dia.
O Ministério Público, representado pela promotora Monique Ratton, acredita que há evidências suficientes para levar Fernando a julgamento popular. A defesa, no entanto, espera que o caso seja tratado como homicídio culposo, argumentando que não houve intenção de matar.
O caso ganhou grande repercussão devido à conduta dos policiais militares no momento do acidente. Eles liberaram Fernando sem realizar o teste do bafômetro, alegando que ele precisava de atendimento médico. A Corregedoria da Polícia Militar afastou os policiais envolvidos e abriu um processo disciplinar.
Os próximos passos do processo incluem o interrogatório de Fernando por videoconferência e a decisão da Justiça sobre a pronúncia do acusado. A família de Ornaldo espera justiça e que o responsável pelo acidente seja devidamente punido.