O Chevrolet Classic, mesmo após sair de linha em 2016, continua sendo uma escolha popular entre os carros usados no Brasil. Este sedã compacto oferece manutenção acessível, bom custo-benefício e é conhecido pela confiabilidade e robustez de seu motor.
Lançado em 2002 como uma versão do Corsa Classic, o Chevrolet Classic foi equipado inicialmente com motores 1.0 e 1.6, ambos a gasolina. Em 2003, foi introduzido o motor 1.0 VHC, que se destacou pelo desempenho e economia de combustível, embora o motor fosse considerado ruidoso. A versão flex foi lançada em 2005, e o modelo passou a oferecer mais potência, chegando a 78 cavalos no motor VHC E de 2009. O motor 1.6 foi descontinuado em 2006.
O Classic recebeu um facelift em 2010, trazendo faróis, lanternas e para-choques novos, alinhando seu design ao Chevrolet Sail, que era vendido no mercado chinês. O modelo passou a ser oferecido apenas na versão LS, com diversos pacotes de opcionais até sua última produção.
O Chevrolet Classic se destaca pela manutenção simples e barata. Seu motor, câmbio, suspensões e freios são amplamente conhecidos pelas oficinas brasileiras, o que facilita o processo de reparo e manutenção. Peças de reposição são encontradas com facilidade, mantendo os custos baixos.
Algumas versões, como a Life, vinham com recursos básicos, como ar quente e protetor de cárter. Já a versão Spirit oferecia direção hidráulica, enquanto a Super adicionava itens como vidros e travas elétricos, CD player e alarme. O modelo passou a ser equipado com airbags dianteiros e freios ABS a partir de 2013, mas esses itens eram opcionais em pacotes específicos.
Alguns problemas recorrentes no Chevrolet Classic incluem a correia dentada, que requer manutenção constante. O rompimento dessa peça pode causar graves danos ao motor. Além disso, nos modelos anteriores a 2009, o comando de válvulas apresentava desgaste excessivo, afetando o desempenho do motor.
Outro ponto de atenção é a infiltração de água, que pode ocorrer devido ao desgaste das borrachas de vedação das portas ou problemas com o sistema de ar-condicionado. Também é importante ficar atento ao aterramento inadequado, uma falha crônica da linha GM que pode causar problemas elétricos no veículo.
No mercado de usados, o Chevrolet Classic mantém valores atrativos. Modelos de 2010 podem ser encontrados por cerca de R$ 22.952, enquanto a versão LS de 2016 chega a custar até R$ 36.945. A variação de preços depende dos opcionais e do estado de conservação do veículo.
A versão LS com ar-condicionado é uma das mais procuradas, devido ao conforto adicional oferecido. O modelo Advantage também é uma opção interessante, com pacotes de itens de conforto e acabamento.
Proprietários do Chevrolet Classic destacam a economia e a robustez do veículo. Muitos elogiam a simplicidade mecânica, o que facilita o uso diário e as viagens em estrada. No entanto, há relatos de problemas crônicos, como a queda de desempenho e falhas no sistema de aterramento, que podem causar panes elétricas.
Para quem busca um sedã usado com bom custo-benefício, o Classic é uma opção viável, especialmente para uso urbano. Porém, é importante levar em consideração os eventuais problemas e realizar uma avaliação detalhada antes da compra.
O veículo conta com um motor dianteiro de aspiração natural, instalado de forma transversal e alimentado por um sistema de injeção multiponto. Esse motor possui 4 cilindros dispostos em linha, com comando de válvulas único no cabeçote e acionamento por correia dentada. Cada cilindro tem uma cilindrada unitária de 250 cm³, resultando em um deslocamento total de 999 cm³.
A potência máxima é de 77 cavalos quando abastecido com álcool e 76 cavalos com gasolina, ambos a 6.400 rotações por minuto. O torque máximo é de 9,7 kgfm (álcool) e 9,5 kgfm (gasolina), alcançado a 5.200 rpm. A razão de compressão do motor é de 12,6:1, com um curso do pistão de 62,9 mm e diâmetro do cilindro de 71,1 mm.
Em termos de desempenho, o veículo atinge uma velocidade máxima de 166 km/h, e a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 13,6 segundos. A plataforma utilizada é a GM4200, com tração dianteira e uma transmissão manual de 5 marchas, acoplada a uma embreagem monodisco a seco.
O consumo de combustível deste modelo é um ponto importante a ser considerado, especialmente para quem busca economia. No ciclo urbano, ele oferece 7,3 km/l quando abastecido com álcool e 10,8 km/l com gasolina. No rodoviário, os números são um pouco melhores: 8,6 km/l com álcool e 12,5 km/l com gasolina.
Esses números refletem diretamente na autonomia do veículo. Com um tanque de combustível de 54 litros, a autonomia urbana é de aproximadamente 394 km com álcool e 583 km com gasolina. Já em estradas, a autonomia chega a 464 km com álcool e impressionantes 675 km com gasolina, demonstrando sua eficiência em viagens mais longas.
O interior do veículo é compacto, mas projetado para acomodar até 5 ocupantes de maneira funcional. Ele conta com um espaço razoável no porta-malas, com capacidade de 390 litros, ideal para pequenas viagens ou uso diário na cidade.
O espaço interno oferece bom conforto para os ocupantes da frente, com recursos como ar-condicionado de zona única e ar quente. Além disso, o modelo tem controle elétrico opcional dos vidros dianteiros, adicionando um toque extra de conveniência. A carga útil do veículo é de 440 kg, o que o torna adequado para o transporte de bagagens e ocupantes, sem comprometer o desempenho.
As dimensões gerais do veículo mostram que ele é um sedan compacto, com comprimento de 4.152 mm, largura de 1.608 mm e altura de 1.436 mm. A distância entre-eixos é de 2.443 mm, enquanto a bitola dianteira e traseira são bastante próximas, com 1.387 mm na frente e 1.388 mm na traseira, garantindo boa estabilidade em curvas.
O modelo pesa 905 kg e tem uma altura mínima do solo de 137 mm, o que proporciona um bom equilíbrio entre conforto e desempenho em diferentes condições de estrada.
A suspensão dianteira é independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, enquanto a traseira utiliza um eixo de torção, também com molas helicoidais, garantindo uma condução estável e confortável. O sistema de freios é composto por discos sólidos na dianteira e tambores na traseira, o que é adequado para o porte do carro.
A direção não conta com assistência, mas oferece um diâmetro de giro de 9,8 metros, facilitando manobras em áreas urbanas. Os pneus são de tamanho 165/70 R13, tanto na dianteira quanto na traseira, com uma altura de flanco de 116 mm, garantindo boa aderência e conforto na condução.
O Renault Logan surge como uma alternativa ao Chevrolet Classic, especialmente para quem busca um sedã mais moderno e com maior espaço interno. Com um entre-eixos de 2,63 metros, o Logan oferece mais conforto para os passageiros, principalmente em viagens mais longas. O porta-malas de 510 litros também é um diferencial, superando os 390 litros do Classic, o que faz do Logan uma escolha interessante para famílias maiores ou para quem precisa de mais espaço de carga.
Além do espaço, o Renault Logan também apresenta um projeto mais recente, o que se reflete em melhorias na segurança e na ergonomia. Equipado com um motor 1.0 de 16 válvulas, o Logan entrega um desempenho adequado tanto para o uso urbano quanto em viagens rodoviárias. Apesar de não ser um carro de alta performance, ele consegue manter um bom embalo na estrada, proporcionando uma experiência de condução estável e confiável.
O custo de manutenção do Logan tende a ser um pouco mais elevado que o do Classic, mas o conforto adicional e a segurança oferecidos pelo projeto mais moderno podem justificar o investimento extra. Para quem busca um sedã usado com bom custo-benefício, o Renault Logan é uma opção viável e oferece uma experiência mais atualizada em comparação ao Classic.