O Honda Civic híbrido importado da Tailândia traz uma série de mudanças significativas em relação à versão Touring. O sedã, que já era conhecido por sua confiabilidade e desempenho, agora combina esses atributos com maior eficiência de combustível, prometendo resultados que chamam a atenção tanto no circuito urbano quanto nas rodovias. Em uma semana de teste, o novo modelo se mostrou mais econômico e rápido que a versão anterior, o que pode interessar motoristas que buscam um sedã com melhor custo-benefício.
Pontos Principais:
A nova versão híbrida do Civic chegou ao Brasil importada da Tailândia, após o encerramento da produção nacional do modelo. Mesmo assim, ele mantém o apelo entre os consumidores que procuram uma combinação de desempenho com economia. A motorização híbrida, que estreou no Accord, permite ao novo Civic atingir médias de consumo superiores às do antigo modelo 1.5 turbo, com números que chegam a 22 km/l no uso combinado de cidade e estrada.
O sedã também cresceu em tamanho, com a distância entre-eixos aumentando para 2,73 metros, tornando-o mais estável e confortável, além de oferecer um design inspirado no Accord, com uma aparência mais larga e baixa, seguindo o conceito “Low & Wide”. O visual externo, porém, continua discreto, com detalhes como a grade frontal ampliada e o logotipo Honda com moldura azul, indicando a propulsão eletrificada.
Dentro do carro, as mudanças também são perceptíveis. O painel digital de 10 polegadas, a central multimídia de 9 polegadas com espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto, e o novo volante são alguns dos destaques. A cabine foi redesenhada para proporcionar mais conforto e manter um toque esportivo, ainda que o design permaneça conservador em comparação a outros modelos da categoria.
Uma das grandes inovações do novo Civic é o seu sistema híbrido puro. O motor a gasolina de 2.0 litros e ciclo Atkinson gera 143 cv de potência e é combinado com dois motores elétricos, que juntos entregam 184 cv. Com essa configuração, o Civic híbrido não só melhora o consumo de combustível como também oferece uma aceleração mais rápida. O sedã alcança de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos, um número impressionante quando comparado à antiga versão Touring, que fazia o mesmo percurso em cerca de 8 segundos.
Em termos de equipamentos, o Civic híbrido traz o sistema Honda Sensing, que inclui controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa e detecção de pedestres. Outro destaque é a iluminação em LED em todo o sistema de faróis. Esses recursos são voltados para oferecer mais segurança e praticidade no dia a dia, o que aumenta o apelo do modelo.
Durante os testes, o consumo ficou acima das expectativas, superando até mesmo outros híbridos do mercado, como o Toyota Corolla. Em um trajeto misto de cidade e rodovia, o Civic híbrido conseguiu uma média de 22 km/l, valor superior ao que o Inmetro indica para o modelo. Além disso, o desempenho dinâmico também foi um ponto positivo, com o sedã mostrando uma maior estabilidade e um comportamento mais esportivo, graças ao aumento nas bitolas e à nova suspensão.
Apesar das melhorias, o Civic híbrido chega com um preço considerado alto para o segmento. Com valor inicial de R$ 265,9 mil, ele se posiciona acima de concorrentes como o Toyota Corolla híbrido, que custa a partir de R$ 190 mil, e o BYD King, cujo preço parte de R$ 175,8 mil. Esse fator pode ser decisivo para alguns consumidores que buscam um híbrido mais acessível, embora o Civic ofereça um conjunto mais completo de tecnologia e desempenho.
O modelo ainda apresenta algumas limitações, como a perda de capacidade no porta-malas, que agora comporta 495 litros, 30 a menos que a versão anterior. Além disso, a câmera de ré, item presente no sistema multimídia, ainda deixa a desejar em termos de qualidade de imagem, algo que pode ser melhorado nas próximas versões.
Mesmo com o preço elevado e alguns detalhes a serem ajustados, o Civic híbrido consegue se destacar no mercado de sedãs médios, especialmente para motoristas que buscam um carro com bom desempenho, segurança e uma economia de combustível superior à média da categoria.
Fonte: Honda.