A evolução da tecnologia automotiva trouxe diversos avanços para a segurança dos veículos. Entre as inovações, a frenagem autônoma de emergência se destaca por reduzir acidentes ao atuar independentemente da ação do motorista. Esse sistema é parte do conjunto de assistências chamado ADAS, que agrega diversas funcionalidades para a condução.
Pontos Principais:
Embora o equipamento seja um diferencial para a segurança, sua presença ainda está restrita a modelos de maior custo. No mercado nacional, apenas algumas versões de determinados veículos contam com o recurso. O preço para ter esse sistema varia conforme a fabricante e o modelo, influenciando a decisão de compra dos consumidores.
A tecnologia opera por meio de sensores e radares que analisam o ambiente à frente do carro. Quando há risco iminente de colisão, os freios são acionados automaticamente, reduzindo ou eliminando o impacto. Além dos veículos de passeio, essa funcionalidade já está sendo integrada a caminhões e ônibus, ampliando sua aplicação.
A frenagem autônoma de emergência, também chamada de AEB (Automatic Emergency Braking), é um sistema desenvolvido para evitar colisões ou mitigar seus danos. Ele faz parte do ADAS, que engloba diversas assistências para motoristas, como alertas de colisão e permanência em faixa.
O AEB identifica obstáculos à frente e analisa a distância e a velocidade do veículo em relação a esses elementos. Caso detecte um risco de colisão, o sistema emite alertas visuais e sonoros. Se o motorista não reagir, os freios são acionados automaticamente, reduzindo a velocidade ou parando completamente o carro.
Essa tecnologia não substitui a necessidade de atenção do motorista, mas atua como um complemento de segurança. Em alguns veículos, o sistema também pode ativar o tensionamento dos cintos de segurança antes da frenagem, posicionando melhor os ocupantes para minimizar possíveis lesões.
A operação da frenagem autônoma de emergência depende de sensores, radares e câmeras instalados no veículo. Esses componentes monitoram constantemente o tráfego e os obstáculos ao redor, enviando informações para um processador que calcula a necessidade de intervenção.
Se for identificado um risco iminente, o sistema passa por três etapas. Primeiro, emite alertas sonoros e visuais para que o motorista possa reagir. Em seguida, se não houver resposta, inicia uma leve aplicação dos freios para preparar o veículo. Na última etapa, aciona a frenagem total, evitando ou reduzindo o impacto.
O funcionamento do sistema pode variar entre os fabricantes. Alguns modelos permitem que o motorista configure a sensibilidade do AEB, enquanto outros mantêm o sistema sempre ativo. Além de carros de passeio, essa tecnologia vem sendo integrada a veículos comerciais para aumentar a segurança nas estradas.
No mercado brasileiro, a presença da frenagem autônoma de emergência ainda é limitada a alguns modelos. Entre os veículos de entrada, apenas o Hyundai HB20 oferece a tecnologia, mas apenas na versão Platinum Safety. Essa configuração custa R$ 128.010, enquanto a versão Comfort Plus Tech, sem o sistema, sai por R$ 117.510.
A Volkswagen não oferece a frenagem autônoma no Polo, nem mesmo na versão topo de linha. No Virtus, o sistema está disponível na versão TSI com ADAS, que custa R$ 119.990. A versão sem o pacote de assistência custa R$ 116.990, evidenciando um acréscimo de R$ 3 mil para ter a tecnologia.
O Chevrolet Onix conta com um alerta de colisão frontal desde a versão de entrada, que custa R$ 93.770. No entanto, esse sistema não aciona os freios automaticamente, apenas avisa o motorista sobre um possível impacto. Modelos de categorias superiores já incluem o AEB como item de série.
A presença da frenagem autônoma de emergência influencia na avaliação de segurança dos veículos por órgãos reguladores. Modelos equipados com esse sistema costumam obter melhores notas em crash-tests, uma vez que a tecnologia reduz a ocorrência de colisões.
Além da proteção dos ocupantes, o AEB também contribui para a segurança de pedestres e ciclistas. O sistema pode identificar a presença de pessoas na via e reagir rapidamente para evitar atropelamentos, recurso já disponível em alguns modelos de marcas premium.
A redução de acidentes também impacta financeiramente. Com menos colisões, os custos com reparos e atendimentos médicos diminuem. Além disso, algumas seguradoras oferecem descontos para veículos equipados com o sistema, incentivando a adoção da tecnologia.
A tendência é que a frenagem autônoma de emergência se torne cada vez mais comum nos veículos vendidos no Brasil. Em mercados como Europa e Estados Unidos, a presença desse sistema já é obrigatória em novos modelos, influenciando a adoção da tecnologia em outros países.
A evolução dos sensores e da inteligência artificial pode tornar o AEB ainda mais eficiente. Modelos de categorias superiores já identificam obstáculos complexos, como animais e motociclistas. No futuro, espera-se que a tecnologia seja integrada a sistemas de direção autônoma mais avançados.
Apesar dos avanços, a frenagem autônoma de emergência não substitui a necessidade de condução responsável. O motorista continua sendo o principal responsável pela segurança no trânsito, e o sistema deve ser visto como um auxílio para reduzir riscos e evitar acidentes.