No Brasil, o sistema ABS – inventado em 1978 pela empresa alemã Bosch – chegou em 1991 equipando o Volkswagen Santana. Em seguida, foi adotado pelo Chevrolet Ômega.
Embora o freio ABS seja obrigatório desde 2014 ainda muitos motoristas desconhecem o funcionamento de tal sistema, mesmo porque não existe uma exigência do funcionamento do antitravamento dos freios nas aulas e testes de autoescola.
O resultado é que atualmente os veículos estão mais seguros, mas poucos sabem como utilizar o sistema ABS com segurança, sendo que para os veículos sem ABS a técnica de frenagem é inversa.
A modernização dos veículos trouxe diversas vantagens de assistências e comodidades na condução. Por outro lado, a interação entre homem e máquina ficou reduzida aos instrumentos eletrônicos.
As consequências desta nova concepção mecânica exigem especialistas e oficinas próprios para a manutenção eletrônica, bem como implica em técnicas específicas de direção.
Hoje queremos alertar particularmente o modo correto de utilizar os freios com o sistema ABS, uma vez que nos momentos de emergência a frenagem correta acaba sendo o mais vital para evitar acidentes.
Entre as diversas tecnologias de frenagem, o sistema ABS é o principal recurso eletrônico que evita o travamento das rodas, bem como reduz o tempo e a distância de parada do veículo.
A sigla ABS é uma abreviação de Antilock Braking System, que se traduz por Sistema de Freios Antitravamento.
Os veículos que já possuem ABS tem no painel de instrumentos uma identificação com a sigla em luz amarela, a qual acende e depois deve permanecer apagada para indicar que o sistema está em perfeito funcionamento.
O ABS funciona automaticamente detectando por sensores se há alguma roda que está travando durante o acionamento do freio, para liberar tanto a pinça como o disco de freio por milissegundos, atuando de modo independente em cada roda.
Ora, o principal risco com o travamento das rodas é a impossibilidade de fazer desvios de direção, atraindo assim o veículo frontalmente ao obstáculo.
Deste modo, o ABS só terá seu efeito se o condutor acionar o pedal do freio de modo categórico e mantê-lo pressionado para esterçar o veículo se necessário.
Quem desconhece o princípio desse funcionamento pode se assustar com alguns solavancos enquanto pressiona o pedal e pode acabar erroneamente aliviando o pé. Logo não haverá frenagem e os riscos de colisão acabam até aumentando.
O sinal que o sistema ABS está fazendo sua função corretamente é exatamente a vibração no pedal do freio e o benefício do ABS está em permitir que o condutor em uma situação de parada brusca consiga manter o controle do veículo e desviar a trajetória da zona de risco, ao mesmo tempo em que reduz a velocidade.
O tempo e distância de frenagem também diminuem com ABS, pois o mesmo evita que o veículo derrape.
Se o veículo não possuir ABS os condutores não devem pressionar firmemente o pedal do freio. Do contrário, haverá o travamento das rodas e o desgaste excessivo em apenas uma área do pneu.
Neste caso, é preciso simular o ABS aliviando brevemente o pedal durante a frenagem, impedindo que o veículo deslize.
Contudo, uma frenagem segura não basta apenas dominar as técnicas com ou sem ABS, mas implica também na manutenção preventiva do veículo, particularmente o sistema de freios que engloba pastilhas, discos e fluído.
Agora que você já sabe como funciona o ABS não deixe de verificar se o veículo possui ou não tal sistema antes de iniciar uma viagem.