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Como os Incentivos Fiscais Podem Influênciar Positivamente a Adesão dos Carros Elétricos no Mercado Nacional ?

O que poderia ser feito para que mais pessoas aderissem a compra dos carros elétricos? Entenda como os incentivos fiscais podem ajudar na adesão desse projeto e assim mitigar e reduzir os impactos das emissões de gases de efeito estufa e a poluição, principalmente nas grandes cidades.
Publicado em Notícias dia 30/09/2024 por Alan Corrêa

O debate sobre sustentabilidade tem ganhado força em diversos âmbitos, e os carros elétricos surgem como uma alternativa muito plausível para mitigar os impactos ambientais gerados pelo transporte a combustão.

Seguindo essa linha, os incentivos fiscais seriam de grande peso e incentivo, exercendo assim um papel crucial para o aumento deles no dia a dia comum. Entretanto, no Brasil, essa política ainda está fraca.

Apesar de essa parecer uma ideia simples e de fácil aplicação, ela reflete uma lógica mais complexa sobre como os incentivos públicos podem incentivar padrões de compra e estilo de vida.

O que são incentivos fiscais?

Essa é uma manobra governamental que visa influenciar positivamente determinados setores da economia, gerando cenários positivos para o consumo de diversos produtos. Os incentivos fiscais reduzem ou anulam a taxa de imposto sobre um produto, facilitando assim seu acesso comum.

No caso dos carros elétricos, esses incentivos poderiam reduzir e isentar as pessoas de valores como IPI e o IPVA.

Essas políticas partem da premissa de que, ao reduzir a carga tributária de bens e serviços que geram benefícios sociais — como a redução da poluição — o governo pode estimular a adoção de novas tecnologias que, por si só, podem ser mais caras, mas trazem ganhos significativos a longo prazo e movimentam a economia nacional.

Esses incentivos fiscais, ao serem bem estruturados, facilitam o acesso, ajudando a corrigir distorções no mercado e tornando acessíveis tecnologias de maior porte para a comunidade.

No entanto, por enquanto essa política permanece muito fraca no Brasil, especialmente para veículos elétricos, o que dificulta a expansão desse mercado em larga escala.

O que são carros elétricos?

Os carros elétricos são veículos movidos a baterias recarregáveis que não precisam de um processo de combustão para funcionar. Isso reduz a emissão de gases como o CO2 (dióxido de carbono), ou seja, diminui a produção de gases de efeito estufa e, de certa forma, posso afirmar que mitiga o aquecimento global e reduz a poluição de forma significativa, além de mudar o estilo de vida das pessoas.

Além disso, esses veículos utilizam menos peças móveis, o que reduz o custo de manutenção e prolonga a vida útil do motor. Mas, como nem tudo é positivo, o custo inicial dos elétricos, assim como a infraestrutura de recarga, ainda geram polêmicas e representam um empecilho para sua adoção no atual cenário nacional.

Os carros elétricos são veículos que funcionam totalmente a partir de baterias recarregáveis e motores elétricos, ao contrário dos carros convencionais, que dependem de combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel. Eles não possuem motores de combustão interna, o que elimina a emissão de gases poluentes durante o funcionamento.

Uma das grandes vantagens dos carros elétricos é a contribuição que eles podem oferecer à sustentabilidade. Como não emitem gases como dióxido de carbono e outros poluentes, eles ajudam a reduzir a pegada de carbono no setor de transportes, um dos maiores responsáveis pela emissão de poluentes no mundo. Isso pode impactar diretamente na melhoria da qualidade do ar nas grandes cidades.

Além da questão ambiental, os carros elétricos também representam uma oportunidade para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Com o uso de fontes renováveis para geração de energia elétrica, como eólica ou solar, esses veículos podem operar de maneira ainda mais sustentável, diminuindo a necessidade de exploração e consumo de recursos naturais finitos.

Outro benefício dos carros elétricos é o fato de serem energeticamente mais eficientes que os veículos a combustão. Eles transformam a energia armazenada nas baterias em movimento com mais eficácia, reduzindo desperdícios. Essa eficiência reflete diretamente no custo de operação, que tende a ser mais baixo do que o dos veículos convencionais.

No entanto, ainda há desafios a serem superados. O alto custo inicial de compra de um carro elétrico e a infraestrutura limitada de pontos de recarga em muitos países são obstáculos que precisam ser enfrentados para a popularização desses veículos. Mesmo assim, à medida que a tecnologia avança e os custos de produção diminuem, é esperado que mais pessoas tenham acesso a essa alternativa de transporte.

Além disso, o descarte e a reciclagem das baterias utilizadas nos carros elétricos ainda são questões que exigem soluções sustentáveis. Embora as baterias de lítio possuam uma longa vida útil, seu descarte inadequado pode causar danos ao meio ambiente, tornando necessário o desenvolvimento de métodos eficazes de reciclagem.

Os carros elétricos não são apenas uma tendência tecnológica, mas também uma necessidade diante dos desafios ambientais globais. Eles têm potencial para transformar a mobilidade urbana e reduzir significativamente o impacto ambiental causado pelo transporte, promovendo um futuro mais sustentável e limpo.

Necessidade de avanço nas políticas públicas

Os incentivos fiscais para a adoção de carros elétricos são, em essência, uma forma de promover a inovação e, em alguns âmbitos, avanços tecnológicos. Ao democratizar o acesso a essas tecnologias, o governo está ajudando a pavimentar a estrada para uma economia baseada em energias renováveis.

Esse movimento também tem impacto direto no desenvolvimento e na educação do país, já que, ao adotar esses veículos de forma mais ampla, vamos realocar cargos de trabalho e gerar novos empregos, fortalecendo setores estratégicos.

O Brasil tem um grande desafio pela frente quando se trata do desenvolvimento de carros elétricos e híbridos. Atualmente, a maior parte dos veículos elétricos comercializados no país é importada, o que eleva o custo desses automóveis e dificulta o acesso a uma parcela maior da população. Para mudar esse cenário, é fundamental que o governo invista em políticas públicas que incentivem a produção nacional, fortalecendo a indústria automotiva local e contribuindo para a geração de empregos.

O desenvolvimento de veículos híbridos e movidos a combustíveis mais sustentáveis, como o hidrogênio, também deve ser priorizado. O Brasil tem potencial para se destacar na produção de carros híbridos que utilizam, por exemplo, etanol, um combustível renovável e já amplamente utilizado no país. Além disso, investir em tecnologias movidas a hidrogênio pode posicionar o Brasil como um dos pioneiros nessa área, contribuindo ainda mais para a redução de emissões de gases poluentes e para uma mobilidade mais verde.

A criação de um ambiente favorável à pesquisa e inovação é outro ponto crucial. O governo pode promover parcerias entre universidades, centros de pesquisa e a indústria automotiva para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que atendam à demanda por veículos mais sustentáveis. Essas parcerias seriam essenciais para viabilizar soluções que estejam alinhadas com a realidade do Brasil, tanto em termos de custo quanto de infraestrutura.

Para incentivar a adoção de carros elétricos, híbridos e movidos a hidrogênio, é necessário que o governo também invista na infraestrutura de recarga e abastecimento. A expansão das estações de recarga elétrica em áreas urbanas e rodovias é essencial para tornar esses veículos uma opção viável para os brasileiros. Sem uma rede robusta de abastecimento, a transição para uma frota mais sustentável será lenta e limitada a grandes centros urbanos.

Além da infraestrutura, políticas de incentivo fiscal, como a redução de impostos para a compra de veículos elétricos e híbridos, podem estimular o mercado. Também é possível desenvolver programas de financiamento com taxas mais acessíveis, permitindo que um número maior de consumidores tenha acesso a esses automóveis. Ao adotar medidas como essas, o governo pode acelerar a renovação da frota e a substituição de veículos movidos a combustíveis fósseis.

Outro aspecto importante é a melhoria da mobilidade urbana. O governo deve promover a integração entre transporte público e veículos elétricos, incentivando o uso de ônibus e táxis movidos a energia limpa. A criação de zonas de baixa emissão nas grandes cidades pode estimular o uso de veículos sustentáveis e diminuir a poluição nos centros urbanos, melhorando a qualidade de vida da população.

Fonte: Wikipedia, Ipea, Sebrae, Uol, Unifor e Olhar Digital