O Honda ZR-V, também conhecido como “SUV do Civic”, está passando por um momento difícil no mercado brasileiro. Desde o seu lançamento em outubro do ano passado, o modelo, que tem um preço sugerido de R$ 214.500, não conseguiu atingir as expectativas de vendas da Honda. Em sete meses, foram emplacadas apenas 2.995 unidades do ZR-V, um número abaixo das vendas do HR-V, seu modelo irmão menor. Em julho, o HR-V vendeu 4.635 unidades, e no total dos primeiros sete meses do ano, alcançou 26.585 unidades.
Para estimular as vendas do ZR-V, algumas concessionárias em São Paulo estão oferecendo descontos significativos. O preço do ZR-V foi reduzido para R$ 179.990, o que representa uma economia de R$ 34.510. Com esse valor, é possível adquirir a versão EX ou EXL do HR-V, e com um adicional de R$ 8.510, a versão Advance do modelo menor. Essa estratégia de descontos segue a tendência observada anteriormente com modelos híbridos da Honda, que também foram oferecidos com abatimentos de até R$ 20 mil.
Vários fatores contribuem para o desempenho abaixo do esperado do ZR-V. O principal é o preço elevado em comparação com o HR-V Touring, que custa R$ 14.700 a menos. Embora o ZR-V seja um carro 20 cm maior e ofereça 35 litros adicionais de capacidade no porta-malas, o custo pode ser um impeditivo para muitos compradores. Além disso, o ZR-V vem com um teto solar e uma tela multimídia de 9 polegadas, enquanto o HR-V possui uma tela de 8 polegadas e um motor 1.5 turboflex de 177 cv, superior ao motor 2.0 aspirado de 161 cv do ZR-V. O HR-V também é mais econômico, com médias de 11,3 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada, em contraste com os 10,2 km/l e 12,1 km/l do ZR-V.
Outro aspecto que influencia o desempenho do ZR-V no Brasil é sua origem. O modelo é importado do México e vendido também em mercados como Estados Unidos e Canadá sob o nome “HR-V”. A importação pode contribuir para o preço mais alto e impactar negativamente as vendas do ZR-V no mercado brasileiro.
O futuro do ZR-V dependerá de como a Honda irá ajustar suas estratégias de venda e marketing para melhorar a aceitação do modelo no Brasil.
Fonte: iG.