Condutor dorme em Tesla autônomo e acaba sendo perseguido pela polícia

Um motorista de um Tesla Model X foi indiciado por direção perigosa após ser flagrado dormindo enquanto o sistema Autopilot conduzia o veículo em uma rodovia na Suécia.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 2/05/2024

Um motorista de um Tesla Model X foi recentemente indiciado por direção perigosa após ser flagrado dormindo enquanto o veículo estava sendo conduzido pelo sistema Autopilot em uma rodovia na Suécia. O caso, que culminou em uma perseguição policial de 40 quilômetros, reacendeu o debate sobre a segurança dos sistemas de piloto automático em veículos autônomos.

O incidente ocorreu em uma rodovia que conecta a Suécia e a Finlândia. Outros motoristas que passavam pelo local notaram que o Tesla, que estava na faixa de ultrapassagem, não estava sendo operado manualmente. Um dos motoristas, ao perceber a situação incomum, decidiu alertar as autoridades.

A polícia foi acionada e iniciou a perseguição ao Tesla. Durante o acompanhamento, que se estendeu por mais de 26 quilômetros, o motorista do veículo não respondeu aos sinais sonoros das sirenes da polícia. Ele só despertou quando os oficiais conseguiram chegar muito próximo ao veículo, o que causou uma reação súbita do motorista que quase resultou em um acidente.

Tesla X
Tesla X

Após ser acordado, o motorista conduziu o Tesla até o acostamento, onde foi possível interagir com os policiais. Em sua defesa, o motorista, que trabalhava como entregador transportando o veículo para um cliente, mencionou que não havia dormido adequadamente na noite anterior e estava sob estresse devido à carga de trabalho.

O sistema Autopilot da Tesla, que estava em uso no momento do incidente, permite a condução do veículo em determinadas condições de tráfego sem intervenção manual. No entanto, a empresa enfatiza que é crucial que os condutores mantenham as mãos no volante e estejam atentos ao trânsito, uma vez que o sistema pode requerer intervenção humana a qualquer momento.

Este não é o primeiro incidente do tipo envolvendo o Autopilot da Tesla. Nos Estados Unidos, a Agência Nacional de Transportes Terrestres investigou diversos casos de acidentes onde se alega que o sistema de piloto automático poderia ter sido um fator contribuinte. Em alguns desses casos, foi reportado que o sistema estava ativo momentos antes dos acidentes.

Em resposta aos incidentes, há um debate em andamento sobre a eficácia e segurança dos sistemas de condução autônoma. Alguns argumentam que esses sistemas podem reduzir erros humanos e aumentar a segurança nas estradas. Outros, porém, preocupam-se que essas tecnologias possam encorajar uma falsa sensação de segurança, levando os motoristas a se desengajarem das responsabilidades de condução.

As regulamentações atuais requerem que os fabricantes de veículos garantam a segurança dos sistemas de condução autônoma antes de sua implementação. No entanto, a integração de tais tecnologias no cotidiano das pessoas ainda enfrenta desafios significativos, tanto em termos de tecnologia quanto de legislação.

Além disso, incidentes como o ocorrido na Suécia levantam questões importantes sobre a responsabilidade legal em casos de acidentes envolvendo veículos autônomos. As autoridades e os fabricantes de veículos continuam a explorar essas questões à medida que mais veículos equipados com tecnologias avançadas de assistência ao motorista entram no mercado.

O caso do motorista na Suécia serve como um lembrete crucial da necessidade de uma supervisão contínua e possivelmente de novas diretrizes para a operação segura de veículos autônomos. Enquanto o debate continua, é fundamental que tanto os motoristas quanto os fabricantes permaneçam vigilantes quanto ao uso dessas tecnologias avançadas.

*Com informações do Autoesporte e UOL.