O Honda HR-V passou por uma transformação significativa desde sua estreia no mercado brasileiro em 2015. A segunda geração do modelo, lançada oficialmente em 2022, chegou às concessionárias com uma nova plataforma, alterações nas dimensões e mudanças no conjunto mecânico. O SUV compacto da marca japonesa manteve seu posicionamento urbano, mas adotou recursos mais modernos para enfrentar uma concorrência crescente.
Pontos Principais:
Com quatro versões disponíveis — EX, EXL, Advance Turbo e Touring Turbo — o HR-V tenta atender diferentes perfis de consumidores, oferecendo duas opções de motorização, ambas com injeção direta. Nas versões de entrada, o motor 1.5 flex aspirado substitui o antigo 1.8, enquanto nas configurações superiores entra em cena o 1.5 turboflex, que prioriza desempenho sem alterar o câmbio CVT, presente em todas as versões.
Apesar da boa aceitação no mercado e da popularidade entre os SUVs mais vendidos do país, o modelo também acumula relatos de falhas e problemas técnicos. Proprietários do novo HR-V têm buscado canais como redes sociais e plataformas de reclamação para compartilhar experiências negativas, especialmente relacionadas à suspensão, ao sistema de injeção direta e à central multimídia.
Uma das críticas mais recorrentes dos usuários diz respeito à suspensão do HR-V. Há relatos sobre ruídos provenientes da parte dianteira ao transitar em superfícies irregulares ou ao executar manobras de ré. Alguns consumidores relataram o surgimento do barulho poucos dias após a entrega do veículo pela concessionária.
Em casos específicos, proprietários mencionaram que a assistência técnica indicou troca das buchas da suspensão com cerca de 30 mil km rodados, serviço que não estaria coberto pela garantia. Há também registros de substituição precoce de amortecedores em veículos com menos de seis meses de uso.
Além da suspensão, o acabamento interno tem sido alvo de queixas. Motoristas relatam sons intermitentes, especialmente vindos do banco traseiro e do painel. As folgas entre peças plásticas são apontadas como possíveis causas desses ruídos, que comprometem a experiência acústica da cabine.
Outro ponto de atenção no HR-V está relacionado à central multimídia. Mesmo sendo equipada com tela de 8 polegadas e compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, o sistema tem apresentado instabilidade em algumas unidades. Há casos de desconexões frequentes do Bluetooth e falhas no reconhecimento de dispositivos.
Usuários relataram que o Apple CarPlay se desconecta de forma aleatória, interrompendo músicas e ligações. Em determinadas situações, o pareamento com o smartphone é perdido e retomado em curtos intervalos, o que compromete a usabilidade durante a condução. As chamadas telefônicas também são transferidas de volta ao aparelho sem aviso.
Além das desconexões, há críticas sobre a ausência de atualizações frequentes e a lentidão de resposta do sistema. Mesmo com assistência técnica, nem todos os problemas são resolvidos, e muitos consumidores seguem utilizando o recurso com limitações.
O sistema de injeção direta, adotado nas versões aspiradas e turbo do HR-V, é considerado mais eficiente em termos de emissões e consumo, mas exige maior cuidado. Proprietários relataram falhas durante a condução, com perda súbita de potência e ativação de alertas no painel relacionados ao sistema de emissões.
Um dos relatos mais graves menciona a perda total de força do motor em rodovia, forçando o motorista a sair da pista de forma emergencial. Situações desse tipo levantam dúvidas sobre a confiabilidade da tecnologia e a sensibilidade do sistema ao combustível utilizado.
Especialistas apontam que a injeção direta opera com maior pressão do que a multiponto e pode sofrer interferência de combustíveis de origem duvidosa. A manutenção desses componentes também tende a ser mais complexa e custosa, o que reforça a importância do abastecimento correto e da revisão preventiva.
O HR-V de nova geração mantém proporções semelhantes às do modelo anterior. Mede 4,33 metros de comprimento nas versões aspiradas e 4,38 metros nas versões turbo, que possuem para-choques com apliques adicionais. A largura é de 1,79 metro e a altura, de 1,59 metro, com distância entre-eixos de 2,61 metros.
O porta-malas comporta 354 litros, volume menor do que o da geração anterior. A altura do solo é de 185 mm nas versões EX e EXL, e de 181 mm nas versões Advance e Touring. O peso em ordem de marcha varia entre 1.305 kg e 1.422 kg, dependendo da configuração escolhida.
Entre os equipamentos de série, todas as versões contam com seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de descida, ar-condicionado automático com saídas traseiras, chave presencial com partida por botão, câmera de ré e rodas de liga leve aro 17. O pacote Honda Sensing está presente em todas as variantes, com recursos de segurança ativa.
A Honda afirmou, por meio de nota oficial, que os casos reportados são atendidos individualmente por sua rede de concessionárias. A fabricante garante prestar suporte técnico adequado e realizar os reparos dentro da cobertura de garantia quando aplicável.
Segundo a empresa, todos os clientes que apontaram falhas no funcionamento dos veículos receberam atendimento, e o suporte permanece disponível por meio dos canais oficiais da marca. A montadora destacou seu compromisso com a segurança, conectividade e eficiência dos seus produtos no mercado brasileiro.
A empresa também reforça que mantém foco na satisfação do consumidor e no aperfeiçoamento contínuo de seus processos de qualidade. Apesar dos relatos públicos, a Honda afirma que seus modelos mantêm elevados índices de aprovação entre os proprietários.
Fonte: ReclameAqui (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11), Vrum, AutoEsporte e Mobiauto.