Petrobras divulgou nova gasolina, que será vendida a partir do dia 3 de agosto de 2020. A proposta é deixar o veículo mais econômico, com uma redução que pode chegar a 4%, tanto na diminuição de CO2 quanto na performance do veículo com a economia de combustível. No entanto, o novo combustível custará mais caro.
A gasolina tipo C (comum), a aditivada e premium, cuja a indicação é para carros esportivos, passarão a seguir novas especificações definidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que regula o setor.
A ideia é reduzindo o consumo de combustível e as emissões de poluentes, ao mesmo tempo melhorar a qualidade do mesmo e deixar os carros mais eficientes. Haverá um valor mais alto pelo combustível, mas por outro lado é valido a pena, já que o veículo rodará mais quilômetros com um litro de gasolina, ou seja, a melhoria no consumo do veículo irá compensar o custo mais alto para abastecer.
A mudança acontecerá na quantidade de substâncias adicionadas na gasolina, que passa a ter uma massa específica mínima de 715 kg/m³. Acontece que “Quando a massa específica é muito baixa, há menor conteúdo energético por litro, então o consumo aumenta”. Diz Everton Lopes, mentor de tecnologia em energia da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade).
Outro fator é o nível de resistência à combustão dentro do motor, chamado de octano, que agora vai possuir um novo padrão na contagem da octanagem da gasolina. “Quanto maior a quantidade de octanos, mais resistente o combustível é à queima, e mais próximo do melhor nível de eficiência ele vai estar”, diz Lopes.
É aí que entra a melhora no desempenho do veículo, pois na hora que o combustível é comprimido pelo pistão dentro do cilindro, há um ponto ideal para a combustão. Se a octanagem é mais alta, essa explosão acontece em um ponto onde o pistão é impulsionado com mais força para baixo, e partir disso à um desempenho mais eficiente do automóvel.
Com o surgimento das novas especificações, a gasolina passará a ter um outro padrão de medição da octanagem, denominado de RON, com octanagem mínima de 92. Antes a gasolina seguia a metodologia MON, com octanagem mínima de 82. O fato é que, com a octanagem mais alta vai ajudar a preservar os motores.
No caso do combustível premium passará de 91 octanos, no padrão RON, para 97. Já a gasolina aditivada mantém o mesmo padrão de mudanças da gasolina tipo C.
Essa nova gasolina que chega ao Brasil é um avanço importante na direção critérios internacionais modernos, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
*Com informações do G1.