A picape Atlas Tanoak é um conceito que a Volkswagen pretende implantar nos EUA, já que a importação da Amarok para o país fica inviável devido ao imposto “chicken tax” que é de 25% sobre o valor do veículo.
A Volkswagen sempre quis importar a Amarok para os EUA, mas um imposto chamado “chicken tax” que incide sobre amido de batata, dextrina, aguardente e picapes importadas impossibilitou a marca alemã de fazê-lo. Com isso, a única opção seria fabricar uma picape no próprio país.
Contudo, antes de implantar um processo da fabricação a montadora criou o conceito Atlas Tanoak que estará presente no Salão de Nova York. A reação do público em geral e da imprensa serão os fatores decisivos para esse novo projeto.
O conceito Atlas Tanoak surgiu com base na SUV Atlas que já é fabricada no país, mais especificamente no Tennessee, baseada na plataforma modular MQB, que também é utilizada para outros modelos, como o Polo e o Passat.
A nova picape também seria fabricada nessa mesma plataforma. Portanto, não seria construída sobre um chassi – como a Amarok – mas seria um monobloco, com as Fiat Toro, Renault Oroch e Honda Ridgeline.
Para a maior parte dos especialistas isso é uma vantagem, pois deixa o veículo mais leve e ao mesmo tempo mais resistente. Mas há aqueles que opinem de outra forma, afirmando que o método tradicional do chassi é mais robusto.
O fato de ser um monobloco não impediu que a picape tivesse dimensões maiores que da Amarok. Ela tem 5,43 m de comprimento contra os 5,25 m da Amarok; 3,26 m de entre-eixos (17 cm a mais) e 2,03 m (8 cm a mais) de largura, mas os mesmos 1,84 m de altura. Essas proporções, entretanto, ainda fazem da Tanoak uma picape de porte médio para os EUA.
Outro ponto de divergência entre a Tanoak e a Amarok é a motorização. Ao invés do motor turbodiesel que equipa a Amarok, e nova picape trará um V6 (na prática, VR6) 3.6 a gasolina, aspirado e com injeção direta, capaz de proporcionar 280 cv de potência. Além disso, esse motor é instalado na transversal, como o exige a plataforma MQB, e trabalha em conjunto com o câmbio automático Aisin de 8 marchas e tração integral 4Motion.
Está mais do que evidente que o conceito da nova picape está baseado no modelo SUV Atlas já fabricado no país. Até a coluna B são apenas detalhes pequenos que mudam de um modelo para o outro (por exemplo os leds envolvendo faróis e grade e o para-choque com nome e protetor metálico), mas o desenho é o mesmo.
Mas as portas traseiras são completamente diferentes, pois como a Tanoak tem a caçamba, as portas precisaram passar por ajustes, por exemplo suas maçanetas ficam escondidas no fim da porta ao invés da convencional.
Como sua estrutura é um monobloco, a caçamba não está separada da cabine. Mas para dar uma impressão de distinção entre uma parte e outra o modelo conta com apliques que criam uma linha divisória bem nítida.
Por dentro também as diferenças são apenas de acabamento, por exemplo os apliques coloridos, as saídas de ar, o volante e os comandos de ar-condicionado. Mas toda o conceito é igual ao da SUV.