A indústria de motocicletas está acelerando como nunca em 2025. O setor segue em alta, com números que remetem aos anos de maior produção já registrados. Em fevereiro, foram fabricadas 176 mil unidades, um crescimento de 25,8% em relação ao mesmo período do ano passado e um avanço de 6,4% na comparação com janeiro. Todos esses modelos saíram das linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus, que concentra a produção nacional.
Pontos Principais:
Desde 2018, o mercado só cresce. Naquele ano, foram pouco mais de 880 mil unidades fabricadas. Agora, a projeção para 2025 é de 1,8 milhão de motos, o que coloca este ano como o terceiro maior da história do setor. Os recordes continuam pertencendo a 2011 e 2008, quando a produção passou dos 2,1 milhões de unidades.
As importações seguem sem grandes mudanças. Nos últimos dez anos, o Brasil trouxe cerca de 250 mil motocicletas por ano, com a China dominando esse mercado. Mais de 90% dos modelos importados têm origem no país asiático, garantindo uma presença forte das marcas estrangeiras nas ruas brasileiras.
Quem pensa que apenas a produção cresceu, está enganado. As vendas também seguem em ritmo forte, impulsionadas pelo aumento do uso de motocicletas como meio de transporte, ferramenta de trabalho e lazer. Nos dois primeiros meses de 2025, foram emplacadas 308 mil motos, uma alta de 10% em relação ao mesmo período de 2024. Com esse desempenho, o setor teve o melhor primeiro bimestre da história.
Os números mostram que o mercado está mudando. Enquanto o Sudeste, tradicional líder de vendas, registrou uma pequena queda de 1,3%, outras regiões avançaram rapidamente. O Nordeste cresceu 23,8%, e o Sul não ficou muito atrás, com um aumento de 21,4%. Essa mudança no mapa das vendas indica que a motocicleta está se tornando ainda mais presente em diferentes partes do país.
Se a tendência continuar, 2025 pode fechar com 2 milhões de unidades vendidas, consolidando a moto como um dos principais meios de transporte do Brasil.
O mercado tem espaço para todos os tipos de motociclistas, mas algumas categorias dominam as fábricas. Os modelos street, trail e motoneta foram os mais fabricados no início deste ano, atendendo a diferentes perfis de uso.
Os números confirmam a preferência nacional. A categoria street, voltada para o trânsito urbano e geralmente com motores de baixa ou média cilindrada, liderou a produção, com 179.677 unidades no primeiro bimestre, o que representa 52,4% do total.
Na sequência, estão as motos trail, conhecidas pela versatilidade e capacidade de rodar tanto no asfalto quanto em estradas de terra. Foram 69.057 unidades fabricadas nesse segmento, representando 20,1% da produção. Já as motonetas, que incluem scooters e modelos similares, totalizaram 46.000 unidades, ou 13,4% do total produzido.
Se o ritmo atual continuar, o setor deve fechar o ano como um dos mais produtivos desde que a fabricação de motos começou no país. O crescimento sustentado da indústria mostra que a demanda não para de crescer, seja para o transporte diário, seja para atividades de lazer.
As importações seguem estáveis, mas a presença dos modelos chineses é cada vez maior. Com a expansão das vendas em regiões como o Nordeste e o Sul, a distribuição da frota pelo país está mudando, e o perfil do motociclista brasileiro pode se diversificar ainda mais.
Com expectativas de recordes de vendas e produção, 2025 promete ser um ano histórico para o setor. A única dúvida que fica é: qual será o próximo grande passo para o mercado de motocicletas no Brasil?
Fonte: Agenciabrasil