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Drones de Entrega: Inovação Sustentável ou Ameaça aos Empregos dos Entregadores?

Os drones para entregas têm transformado a logística moderna, oferecendo uma alternativa mais eficiente e sustentável. Além de melhorar a rapidez nas entregas, essa inovação tecnológica se alinha às práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance), que visam a sustentabilidade, impacto social positivo e governança responsável.
Publicado em Notícias dia 4/10/2024 por Alan Corrêa

Drones para entregas representam uma das mais promissoras inovações tecnológicas em termos de logística moderna. O avanço dessa tecnologia está diretamente ligado às práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance), que têm se tornado cada vez mais relevantes no cenário global. ESG abrange três pilares fundamentais: práticas ambientais sustentáveis, impacto social positivo e governança responsável.

Pontos principais:

  • Drones para entregas oferecem uma solução mais rápida e eficiente.
  • Reduzem o impacto ambiental ao substituir veículos movidos a combustíveis fósseis.
  • Empresas como iFood e Amazon Prime Air já utilizam essa tecnologia.
  • Desafios no Brasil incluem infraestrutura e regulamentação adequadas.

É preciso destacar que o futuro da logística com drones está diretamente ligado às mudanças nas cidades. A adaptação dos espaços urbanos, a regulamentação adequada e a evolução tecnológica caminham lado a lado para garantir que essa tecnologia seja implementada de forma sustentável e eficiente. O uso de drones para entregas representa uma inovação que pode transformar a forma como vivemos e consumimos, mas que também exige planejamento, infraestrutura e regulamentação para alcançar seu pleno potencial.

Drones revolucionam a logística no Brasil e no mundo

Antes de entrar nesse debate, é importante entender o que é e como funciona um drone. Esses dispositivos aéreos, controlados remotamente ou programados para operar de forma autônoma, possuem grande potencial para reduzir o impacto ambiental das entregas tradicionais. Ao substituir veículos movidos a combustíveis fósseis, os drones oferecem uma alternativa mais limpa e rápida, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa. Contudo, a aquisição desses aparelhos pode exigir um reajuste em funções como o trabalho de motoboy.

Empresas como iFood e Amazon Prime Air já perceberam esse potencial e estão investindo pesadamente no uso de drones para entregas. A proposta é clara: garantir um serviço rápido e preciso, ao mesmo tempo em que se reduz a dependência de sistemas logísticos tradicionais que sobrecarregam as cidades com trânsito e poluição.

Um dos grandes desafios para a implementação dos drones no Brasil é a infraestrutura e a regulamentação. Embora a ANAC já tenha autorizado o uso de drones para entregas em caráter experimental, ainda há muito a ser feito. Será preciso criar estruturas específicas, como pontos de coleta em condomínios e áreas urbanas, além de garantir que os drones operem de maneira segura e eficiente. A tecnologia está pronta para ser implementada no dia a dia das pessoas; porém, o que falta é a adaptação dos espaços urbanos.

A transição para drones pode gerar oportunidades de emprego em áreas tecnológicas, promovendo a capacitação de trabalhadores para operarem e gerenciarem essa nova logística. No entanto, também é necessário discutir formas de mitigar os efeitos negativos, como a possível redução de empregos no setor de entregas.

Ao reduzir os custos operacionais de entrega e aumentar a eficiência do transporte de mercadorias, as empresas poderão expandir suas operações de forma mais ágil, o que nos mostra um grande potencial econômico. No que diz respeito à sustentabilidade, os drones se destacam como uma solução promissora para diminuir o tráfego nas cidades e, consequentemente, o impacto ambiental das entregas. Com uma pegada de carbono muito menor do que os veículos tradicionais, os drones podem contribuir de forma significativa para os compromissos climáticos que o Brasil e o mundo têm assumido.

Outro ponto importante sobre o uso de drones para entregas é o impacto econômico. A automatização do processo pode reduzir significativamente os custos operacionais das empresas, já que os drones oferecem uma forma de transporte mais barata e eficiente em termos de consumo de energia. Com isso, as empresas poderão expandir suas operações para novas áreas, oferecendo um serviço mais ágil e acessível a um número maior de consumidores, especialmente em regiões de difícil acesso, como áreas rurais.

Além da redução de custos, os drones trazem uma nova dinâmica para o comércio eletrônico. Empresas como Amazon Prime Air já estão testando entregas de produtos diretamente na casa dos consumidores, diminuindo o tempo de espera. No Brasil, o iFood está investindo em projetos que podem, futuramente, viabilizar entregas de refeições via drones em grandes centros urbanos, algo que representaria uma verdadeira revolução para o setor de entregas rápidas.

Contudo, um dos desafios para a implementação em larga escala de drones no Brasil é o desenvolvimento da infraestrutura necessária. A criação de corredores aéreos e pontos de coleta específicos, como estações de pouso em condomínios e áreas comerciais, é fundamental para que os drones operem de maneira eficaz e sem causar transtornos. Além disso, será preciso investir em soluções para evitar colisões com outros objetos aéreos e garantir que as entregas sejam feitas com segurança.

A regulamentação também é um fator crucial. A ANAC já deu os primeiros passos ao permitir testes experimentais com drones, mas o país ainda precisa de um marco regulatório robusto que permita a operação em grande escala. Questões como a segurança, a privacidade e a responsabilidade em casos de acidentes são aspectos que precisam ser regulamentados antes que os drones possam ser utilizados amplamente. O desenvolvimento de políticas públicas claras será essencial para garantir o sucesso dessa inovação no Brasil.

Fonte: iFood, Estadão e G1.