Seguindo a nova tendência de eletrificação, o superesportivo Chevrolet Camaro ganha a sua versão eCOPO. O COPO, cujo significado é Central Office Production Order (Ordem de Produção do Escritório Central), é uma criação da Chevrolet para fugir das regras da demanda regular e atender pedidos especiais. E o novo apelo elétrico foi desenvolvido em parceria com Hancock e Lane Rancing, sendo apresentado no SEMA Show 2018, em Las Vegas.
O design exterior mantém o padrão do Camaro COPO original, apenas com ligeira reestilização na dianteira. Mas será que a potência de arrancada mantém o mesmo conceito?
A prova de corrida de arranques (drag race), tradicionais nos EUA desde as competições ilegais com carros modificados, atualmente é um esporte profissional com alto nível tecnológico. A eletrificação pretende agora apontar o futuro dos modelos de alto desempenho. E para confirmar a tendência a General Motors apresentou a versão elétrica do Camaro COPO, que conquistou as linhas de dragsters, e que completará 50 anos em 2019.
A nova tecnologia, além de não precisar gastar com gasolina, consegue alcançar velocidades maiores. Para não ficar para trás, o Mustang – o grande rival do Camaro – também já teve sua versão elétrica anunciada pela Ford.
Trata-se ainda de um protótipo de Camaro, mas a fase de testes já mostrou que o eCOPO superou a versão Turbo 1LE, atingindo em 9 segundos 402 metros, ou um quarto de milha, em comparação aos 12,5 segundos da versão a combustão com motor V8 de 460 cavalos. Isto foi possível graças à potência do motor elétrico BorgWarner HVH 250-150, com bateria de 800 volts que equivale a 700 cavalos e 83 kgfm de torque, mais que o dobro dos modelos Volt e Bolt da Chevrolet.
O motor elétrico fica localizado no mesmo lugar do propulsor a combustão do Camaro, sendo que as baterias de lítio estão na região do porta-malas e banco traseiro, distribuídas em 4 módulos de 79 kg e 200 volts cada. Esta distribuição é fundamental para manter o peso maior sobre o eixo de trás, uma vez que o desempenho do eCOPO necessita de toda a aderência possível. Daí a razão do contraste tão característico do Camaro das enormes rodas traseiras em relação a finura das dianteiras.
Para garantir mais segurança em caso de colisão, uma de gaiola de proteção cobre as baterias, estendendo-se até a região do porta-malas. E para evitar um superaquecimento do conjunto de baterias, o carro traz um sistema de gerenciamento de energia, que garante também o seu melhor aproveitamento.
A parte frontal apresenta uma pequena reestilização: o para-choque agora mantém o mesmo padrão de cor azul do veículo – não mais em cinza – e o logotipo da Chevrolet fica sobre a grade superior. O resultado é uma linha de frente mais harmoniosa, em contrapartida a antiga forma de uma boca enorme que tinha o para-choque no mesmo tom das grades superiores e inferiores.
Resta saber se o público aficionado vai aceitar o potente motor elétrico sem produzir o típico ronco de motor ou escape direto sem fumaça, ou se vão preferir o K-ZE, a versão elétrica do Renault Kwid.