Desde o início de 2024, o Renault Logan produzido no Brasil passou a contar com controle eletrônico de estabilidade (ESP), seguindo as novas exigências de segurança para veículos comercializados no país. Além desse recurso, o sedã também recebeu assistente de partida em rampa, alerta de frenagem de emergência e regulagem de altura do facho dos faróis, itens que são obrigatórios para os veículos novos no mercado brasileiro. A inclusão desses equipamentos mostra que a Renault pretende manter o Logan em sua linha de produtos no Brasil por mais alguns anos.
A marca francesa também aplicou as mesmas atualizações no Stepway, outro modelo compacto que continuará à venda no país. As mudanças indicam que, apesar das baixas vendas e da falta de previsão para uma nova geração, tanto o Logan quanto o Stepway seguirão sendo oferecidos no mercado brasileiro. Em 2023, o Renault Logan registrou uma queda significativa nas vendas, com apenas 4.559 unidades comercializadas, uma redução de mais de 55% em comparação com o ano anterior.
Apesar disso, a Renault não mencionou o Logan em seu plano de investimentos para o Brasil nos próximos anos. A marca pretende focar em modelos mais caros e de maior valor agregado, como SUVs e picapes. O plano estratégico da montadora prevê o lançamento de um SUV inédito com design cupê e de uma nova picape para substituir a Renault Oroch. Com a mudança de foco, o Logan, que já teve sua nova geração europeia cancelada, ficou de fora dos futuros lançamentos planejados para o mercado brasileiro.
Atualmente, o Renault Logan é vendido nas versões Life e Zen, ambas equipadas com motor 1.0 aspirado de até 82 cavalos e câmbio manual de cinco marchas. Os preços das duas versões estão em torno de R$ 98 mil e R$ 103 mil. Com essas configurações, o modelo segue sendo uma opção de sedan compacto para o público que busca um veículo acessível, mesmo que a marca não tenha planos de grandes inovações para ele no futuro próximo.
Apesar da manutenção no mercado, o futuro do Logan é incerto. A crescente demanda por SUVs e picapes, junto à estratégia da Renault de investir em segmentos mais lucrativos, pode significar que o Logan e o Stepway, ambos com vendas abaixo do esperado, tenham seus dias contados. No entanto, por enquanto, a marca continuará a oferecer o sedã para os consumidores brasileiros que buscam um veículo mais acessível dentro de seu portfólio.
A adição dos novos equipamentos de segurança, como o ESP, foi fundamental para que o Logan continuasse em conformidade com as normas brasileiras de segurança veicular, permitindo sua continuidade nas concessionárias. Enquanto isso, a Renault segue seu plano de transformar sua linha no Brasil, deixando claro seu foco em segmentos mais promissores, como SUVs e veículos elétricos, conforme a tendência global de mercado.
Dessa forma, o Renault Logan se mantém relevante no mercado brasileiro, mesmo sem grandes atualizações ou uma nova geração à vista. A permanência do modelo nas concessionárias atende a uma demanda específica, e a inclusão de itens obrigatórios de segurança foi a chave para prolongar sua vida útil no Brasil. Resta saber até quando a marca manterá essa estratégia para o sedã.