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Entenda por que a mineradora Vale baniu a Fiat Toro 2.0 diesel da sua frota

A mineradora Vale retirou a Fiat Toro 2.0 diesel de sua frota após falhas de motor causarem desligamentos inesperados durante o uso, apontando riscos à segurança. A Stellantis atribuiu os problemas à contaminação do combustível e ao uso inadequado de componentes. A decisão reflete foco em segurança operacional.
Publicado em Negócios dia 10/12/2024 por Alan Corrêa

A Fiat Toro 2.0 turbodiesel foi retirada da frota da mineradora Vale após relatos de falhas no motor que resultaram em desligamentos repentinos durante o uso. A empresa, que possui uma das maiores frotas corporativas do país, com mais de 3.000 veículos, decidiu substituir todas as unidades da picape, incluindo as de locadoras.

Pontos Principais:

  • A mineradora reportou desligamentos do motor com os veículos em movimento.
  • Riscos de acidentes motivaram a substituição dos modelos Fiat Toro 2.0 diesel.
  • A Vale afirmou não ter recebido um parecer técnico formal da montadora.
  • A Stellantis apontou contaminação do combustível e outras alterações nos veículos.

O comunicado emitido pela Vale destacou que os problemas de desligamento representavam um risco significativo de acidentes dentro das operações da empresa. Apesar de várias ações implementadas para mitigar os problemas, como ajustes na utilização dos veículos, as falhas continuaram a ocorrer. Diante disso, a mineradora decidiu retirar todos os modelos Fiat Toro 4×4 a diesel de sua frota, impedindo também a incorporação de novos modelos.

A empresa informou que tentou obter esclarecimentos técnicos com a montadora, mas não obteve um retorno formal. No comunicado interno, a mineradora reforçou a prioridade na segurança de seus trabalhadores e explicou que sua decisão foi tomada com base em medidas rigorosas de controle e gestão de frotas.

A Stellantis, controladora da Fiat, declarou que avaliou algumas das unidades afetadas e identificou fatores como contaminação por minério no diesel utilizado e modificações em peças originais. Outros problemas incluem avarias no bocal do tanque de combustível e o uso indevido de fluídos não recomendados, como diesel misturado ao Arla 32.

O Arla 32, uma solução de ureia usada para reduzir emissões de poluentes em veículos a diesel, passou a ser usado na Fiat Toro somente a partir de 2022. Isso sugere que os modelos afetados pela contaminação são relativamente novos. A Stellantis informou que esses elementos externos poderiam contribuir para os desligamentos relatados e reforçou a confiabilidade de seus produtos, que passam por rigorosos processos de homologação.

A empresa reiterou estar em contato com a Vale para colaborar no esclarecimento e melhorar a utilização do produto. Além disso, ressaltou estar disponível para prestar suporte aos seus clientes por meio de sua rede de concessionárias.

A decisão da Vale traz impactos não apenas para a frota da empresa, mas também para a imagem da Fiat Toro no mercado corporativo, destacando a necessidade de suporte técnico e esclarecimentos por parte da montadora.

Fonte: QuatroRodas e CPG.