Mais de 40 veículos de luxo que pertenciam ao ex-presidente sírio Bashar al-Assad foram descobertos em uma garagem próxima ao palácio presidencial em Damasco. O vídeo, compartilhado nas redes sociais e verificado por veículos internacionais, mostra uma ampla variedade de carros de marcas de alto padrão, como Ferrari, Lamborghini, Bentley, Rolls Royce, entre outros.
As imagens mostram um armazém na região oeste da capital síria, no bairro de Al-Mazzeh, onde os carros estavam armazenados. Entre os veículos, foi possível identificar uma Ferrari F50 avaliada em mais de 3 milhões de dólares, um Lamborghini LM002 e uma limousine Mercedes 600 Grosser. Pelo menos um dos veículos exibia placas de Damasco, reforçando a conexão com o ex-líder.
A queda de Assad ocorreu após uma ofensiva liderada por rebeldes que tomaram as principais cidades do país, incluindo Aleppo, Homs e Hama, culminando na tomada de Damasco. Assad e sua família fugiram para Moscou, onde receberam asilo político do governo russo, encerrando um regime que durou mais de 50 anos sob o controle da família Assad.
Além da descoberta dos veículos, civis e rebeldes saquearam propriedades oficiais ligadas ao regime, incluindo o palácio presidencial. Os saques foram amplamente registrados nas redes sociais e incluíram mobílias e outros itens de valor. Os rebeldes intervieram para controlar a situação e estabeleceram um toque de recolher em Damasco.
A ofensiva rebelde foi liderada pelo grupo Hayet Tahrir al-Sham (HTS), comandado por Abu Mohammed al-Jawlani, que agora utiliza seu nome verdadeiro, Ahmed al-Sharaa. Ele visitou a Mesquita de Omíadas e a Praça Umayyad em Damasco após a tomada da cidade, afirmando que a Síria inicia um novo capítulo sem a família Assad.
Vídeos compartilhados mostram celebrações populares em diversas regiões da Síria, com manifestações de alívio e esperança após décadas de regime repressivo. Apesar disso, permanecem incertezas quanto ao futuro político do país, já que diversas facções rivais disputam controle.
A queda do regime de Assad também trouxe à tona novas questões sobre o papel de aliados como Rússia, Irã e Hezbollah, que enfrentaram dificuldades para continuar apoiando o governo devido a conflitos internos e externos.
O futuro da Síria dependerá de como o vácuo de poder será preenchido e da capacidade de liderança dos rebeldes em unir as diversas forças políticas e sociais do país.