A Ford comunicou a demissão de 4.000 funcionários em suas operações europeias, representando 14% de sua força de trabalho no continente. A decisão decorre de uma redução de 17,9% nas vendas no último ano.
Pontos Principais:
A montadora americana enfrenta desafios significativos no mercado europeu, especialmente após descontinuar modelos tradicionais como Fiesta e Mondeo. A transição para veículos elétricos, embora estratégica, não atingiu as expectativas de vendas, impactando negativamente os resultados financeiros da empresa.
As demissões, previstas para ocorrer ao longo de três anos, refletem a necessidade da Ford de ajustar suas operações diante de perdas significativas na Europa. A empresa destacou que a mudança para veículos eletrificados e a crescente concorrência têm sido fatores perturbadores no setor.
A introdução dos modelos elétricos Capri e Explorer não alcançou o desempenho esperado no mercado europeu. A Ford reduziu o ritmo de produção desses veículos devido à baixa demanda, evidenciando os desafios na adoção de veículos elétricos pelos consumidores.
Além disso, a empresa enfrenta pressões regulatórias na União Europeia, que implementou normas mais restritivas para veículos a combustão. Essas medidas, aliadas ao alto custo dos modelos eletrificados, têm gerado receio nos consumidores, resultando em queda nas vendas.
O último modelo de passeio da Ford na Europa, o Focus, também está com futuro incerto. Há especulações sobre a possibilidade de substituição por uma versão elétrica, alinhando-se às tendências do mercado e às exigências regulatórias.
A Ford busca equilibrar a necessidade de inovação com a sustentabilidade financeira de suas operações na Europa. A empresa enfatiza a importância de uma agenda política clara para promover a venda de carros elétricos, visando superar os desafios atuais e garantir a competitividade no mercado.
Fonte: RevistaCarro.