Após meses de defasagem, a gasolina no Brasil atingiu paridade com os preços internacionais em determinados polos de importação, como Suape e Paulínia. Essa abertura para importadores aconteceu após mais de 200 dias em que as condições não permitiam a competitividade no mercado global. Essa paridade ocorreu devido à estabilidade dos preços nos mercados internacionais, especialmente no Golfo do México, que serve como parâmetro para os combustíveis importados.
O diesel, por outro lado, ainda apresenta defasagem de 4%, o que pode acarretar um aumento de R$ 0,15 no litro em breve. A última alteração de preço no diesel feita pela Petrobras ocorreu há mais de 200 dias, em dezembro do ano passado. Esse cenário é acompanhado de perto pelo setor, que analisa as oscilações nos preços internacionais para ajustar a política interna.
A volatilidade do preço do petróleo, associada à expectativa de menor demanda global pela commodity, tem contribuído para manter os preços contidos. O Brent, uma das referências globais para o petróleo, mantém-se abaixo de US$ 80 por barril, resistindo a variações maiores.
Além da Petrobras, a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, ajusta seus preços semanalmente, praticando valores para a gasolina 6% acima do mercado internacional. Para o diesel, o reajuste foi de 1,75%. A estratégia dessas refinarias privadas e o comportamento do câmbio influenciam diretamente o preço final no mercado brasileiro.