No comercial do Super Bowl, a Stellantis apresentou um desafio envolvendo um Ram RHO e um salto sobre um vulcão. O ator Glen Powell, conhecido por seu envolvimento com produções cinematográficas de ação, protagonizou a cena. A questão levantada após a exibição do comercial foi se esse salto seria possível na realidade.
Pontos Principais:
A análise das imagens e dos parâmetros técnicos do veículo e do terreno geraram um estudo sobre a viabilidade do feito. Considerando a física do movimento, a resistência do ar e a inclinação do terreno, algumas simulações foram realizadas para estimar a distância do salto.
Embora o comercial apresente o feito de forma visualmente impactante, os cálculos indicam que, sob certas condições, a manobra poderia ser tecnicamente possível. No entanto, fatores como a tração do veículo e a superfície do terreno poderiam influenciar significativamente o resultado.
Para estimar a viabilidade do salto, foi necessário calcular a distância entre os pontos de decolagem e aterrissagem. Como referência, foi utilizada a própria caminhonete Ram RHO, que tem um comprimento de 233,7 polegadas.
A partir da análise das imagens do comercial, foi possível determinar que o salto cobriria aproximadamente nove comprimentos do veículo, resultando em uma distância estimada de 175 pés e 3 polegadas. Esse valor foi obtido utilizando um método de sobreposição da imagem do veículo sobre a trajetória do salto.
Além da distância horizontal, outro fator relevante foi a inclinação das paredes do vulcão. A estimativa indica que o ângulo de saída estava próximo de 50 graus. Essa informação foi inferida a partir do enquadramento da câmera e da trajetória visualizada no comercial.
Com os parâmetros estabelecidos, foi possível inserir os dados em uma calculadora de saltos automotivos, levando em consideração fatores como a resistência do ar e a aceleração da gravidade.
A simulação considerou uma velocidade de 60 milhas por hora no momento da decolagem. Com essa velocidade, a projeção indicou que o veículo poderia alcançar uma distância de 179,55 pés, superando a estimativa da distância necessária para o salto.
Entretanto, para que o salto ocorresse nessas condições, seria necessário garantir que o veículo atingisse a velocidade máxima em um terreno inclinado e possivelmente instável. A superfície de um vulcão ativo ou inativo pode conter elementos como poeira vulcânica, rochas soltas e variações bruscas de inclinação, que podem comprometer a estabilidade do veículo.
Embora os cálculos indiquem que o salto seja teoricamente viável, há diferenças entre a simulação e o que foi mostrado no comercial. Uma dessas diferenças é a altura máxima atingida pelo veículo.
Os cálculos indicam que, com os parâmetros utilizados, a altura máxima alcançada pelo veículo seria de 54 pés acima da borda do vulcão. No entanto, no comercial, o caminhão parece atingir uma altura superior a essa estimativa.
Outro ponto de diferença é o ângulo de aterrissagem. Pelos cálculos, o veículo não se alinharia perfeitamente à inclinação da outra extremidade do vulcão, o que poderia resultar em um impacto desfavorável na chegada. Esses fatores indicam que a edição do comercial pode ter exagerado alguns aspectos da manobra.
Mesmo que os números indiquem que o salto seja possível, a execução real dependeria de diversos fatores. Entre eles, a potência do motor, a tração do veículo e a composição do solo no ponto de decolagem.
Outro desafio seria manter o controle do veículo durante a trajetória do salto. A influência do vento e a estabilidade do veículo no ar poderiam afetar a precisão da aterrissagem. Sem os ajustes corretos, o risco de uma aterrissagem descontrolada seria significativo.
Além disso, há a questão da segurança do motorista. Mesmo que o veículo consiga completar o salto, a força do impacto no solo poderia representar um risco estrutural para a caminhonete e para o condutor. Sistemas de suspensão reforçados e uma estrutura de segurança seriam essenciais para minimizar os riscos.
Fonte: Stellantis e Jalopnik.