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Glen Powell saltou com uma Ram sobre um vulcão no comercial do Super Bowl, isso seria possível na vida real?

Glen Powell acelera um Ram RHO rumo à borda de um vulcão. No comercial do Super Bowl, o salto impressiona, mas seria possível? Cálculos indicam que sim, mas fatores como tração, inclinação do terreno e segurança tornam o feito mais difícil do que parece. A realidade é bem mais complexa do que a versão exibida.
Publicado em Local dia 10/02/2025 por Alan Corrêa

No comercial do Super Bowl, a Stellantis apresentou um desafio envolvendo um Ram RHO e um salto sobre um vulcão. O ator Glen Powell, conhecido por seu envolvimento com produções cinematográficas de ação, protagonizou a cena. A questão levantada após a exibição do comercial foi se esse salto seria possível na realidade.

Pontos Principais:

  • O comercial mostra um Ram RHO saltando um vulcão com Glen Powell ao volante.
  • O comprimento do veículo foi usado como referência para estimar a distância do salto.
  • Os cálculos indicam que o salto poderia ser possível em condições específicas.
  • Fatores como tração, inclinação do solo e velocidade influenciam a viabilidade.

A análise das imagens e dos parâmetros técnicos do veículo e do terreno geraram um estudo sobre a viabilidade do feito. Considerando a física do movimento, a resistência do ar e a inclinação do terreno, algumas simulações foram realizadas para estimar a distância do salto.

Embora o comercial apresente o feito de forma visualmente impactante, os cálculos indicam que, sob certas condições, a manobra poderia ser tecnicamente possível. No entanto, fatores como a tração do veículo e a superfície do terreno poderiam influenciar significativamente o resultado.

Os parâmetros do salto

Para estimar a viabilidade do salto, foi necessário calcular a distância entre os pontos de decolagem e aterrissagem. Como referência, foi utilizada a própria caminhonete Ram RHO, que tem um comprimento de 233,7 polegadas.

A partir da análise das imagens do comercial, foi possível determinar que o salto cobriria aproximadamente nove comprimentos do veículo, resultando em uma distância estimada de 175 pés e 3 polegadas. Esse valor foi obtido utilizando um método de sobreposição da imagem do veículo sobre a trajetória do salto.

Além da distância horizontal, outro fator relevante foi a inclinação das paredes do vulcão. A estimativa indica que o ângulo de saída estava próximo de 50 graus. Essa informação foi inferida a partir do enquadramento da câmera e da trajetória visualizada no comercial.

As condições para a execução

Com os parâmetros estabelecidos, foi possível inserir os dados em uma calculadora de saltos automotivos, levando em consideração fatores como a resistência do ar e a aceleração da gravidade.

A simulação considerou uma velocidade de 60 milhas por hora no momento da decolagem. Com essa velocidade, a projeção indicou que o veículo poderia alcançar uma distância de 179,55 pés, superando a estimativa da distância necessária para o salto.

Entretanto, para que o salto ocorresse nessas condições, seria necessário garantir que o veículo atingisse a velocidade máxima em um terreno inclinado e possivelmente instável. A superfície de um vulcão ativo ou inativo pode conter elementos como poeira vulcânica, rochas soltas e variações bruscas de inclinação, que podem comprometer a estabilidade do veículo.

Diferenças entre o comercial e a realidade

Embora os cálculos indiquem que o salto seja teoricamente viável, há diferenças entre a simulação e o que foi mostrado no comercial. Uma dessas diferenças é a altura máxima atingida pelo veículo.

Os cálculos indicam que, com os parâmetros utilizados, a altura máxima alcançada pelo veículo seria de 54 pés acima da borda do vulcão. No entanto, no comercial, o caminhão parece atingir uma altura superior a essa estimativa.

Outro ponto de diferença é o ângulo de aterrissagem. Pelos cálculos, o veículo não se alinharia perfeitamente à inclinação da outra extremidade do vulcão, o que poderia resultar em um impacto desfavorável na chegada. Esses fatores indicam que a edição do comercial pode ter exagerado alguns aspectos da manobra.

Possibilidades e desafios

Mesmo que os números indiquem que o salto seja possível, a execução real dependeria de diversos fatores. Entre eles, a potência do motor, a tração do veículo e a composição do solo no ponto de decolagem.

Outro desafio seria manter o controle do veículo durante a trajetória do salto. A influência do vento e a estabilidade do veículo no ar poderiam afetar a precisão da aterrissagem. Sem os ajustes corretos, o risco de uma aterrissagem descontrolada seria significativo.

Além disso, há a questão da segurança do motorista. Mesmo que o veículo consiga completar o salto, a força do impacto no solo poderia representar um risco estrutural para a caminhonete e para o condutor. Sistemas de suspensão reforçados e uma estrutura de segurança seriam essenciais para minimizar os riscos.

Fonte: Stellantis e Jalopnik.