As queimadas ao longo das rodovias paulistas estão em alta devido ao tempo seco e à falta de chuva durante os meses de outono e inverno. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e as concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias estão alertando os motoristas sobre os riscos e a necessidade de atenção redobrada ao trafegar por essas áreas.
A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e as concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias estão sinalizando aos motoristas sobre a possibilidade de queimadas nesta época do ano. Com o tempo seco e a escassez de chuva, os incêndios à beira das rodovias aumentam no período de outono e inverno.
De acordo com dados do Centro de Controle de Informações (CCI) da Artesp, no segundo trimestre deste ano, houve um aumento significativo de queimadas em comparação ao mesmo período de 2023. No ano passado, foram registrados 1.416 casos de abril a junho, enquanto no mesmo período de 2024 foram 3.237 ocorrências. Durante todo o ano de 2023, foram registrados 5.396 casos e, somente no primeiro semestre de 2024, já foram 4.025 ocorrências.
As concessionárias estão reforçando a divulgação deste problema aos seus usuários, alertando através dos painéis espalhados pelas rodovias concedidas e utilizando tecnologia para evitar a propagação dos incêndios e prevenir estragos maiores.
As queimadas são fenômenos naturais que ocorrem em áreas secas, com baixa umidade e vegetação. O vento pode espalhar o fogo rapidamente, causando incêndios de grandes proporções. As principais causas das queimadas são ações humanas, como o lançamento de pontas de cigarro, soltura de balões, queima de lixo e fogueiras. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), mais de 90% dos focos de incêndio em áreas protegidas no ano passado foram provocados por atividades humanas.
Nas rodovias, a preocupação é ainda maior devido ao perigo que o fogo representa para a segurança dos motoristas. A fumaça reduz a visibilidade e aumenta o risco de acidentes.
O Governo de São Paulo está reforçando a prevenção de incêndios durante o período de estiagem com a operação SP Sem Fogo. A ação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Participam também o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).
Além disso, o governo paulista está investindo cerca de R$ 50 milhões na contratação de empresas especializadas na manutenção de rotina das rodovias sob concessão do DER.
As concessionárias estão emitindo alertas para os motoristas que trafegam pelas rodovias concedidas. Cada concessionária possui um número 0800 onde o motorista pode obter orientações com os Centros de Controle de Operação (CCOs). A CCR Rodovias utiliza a plataforma Sistema de Monitoramento e Alerta Climatempo (SMAC) para monitoramento de focos de incêndio em tempo real.
Essa ferramenta analisa informações de satélites climáticos e, por meio de georreferenciamento, emite alertas sobre a existência de focos de queimadas ou presença de fumaça. As informações são visíveis nos telões dos Centros de Controle Operacional das concessionárias.
A CCR AutoBAn registrou um aumento de 251% nos atendimentos a focos de incêndio no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. A Renovias indicou um aumento de 223%, e a Via Colinas registrou um crescimento de 279% no número de queimadas.
A SPMAR implantou ações preventivas, como limpeza em áreas de mato e monitoramento visual diário. A Concessionária Rodovias do Tietê observou um aumento de 98,4% no número de queimadas no primeiro semestre de 2024 comparado ao mesmo período de 2023.
Entre os principais fatores que provocam os incêndios estão o lançamento de pontas de cigarro, soltura de balões, queima de lixo, fogueiras e a utilização de fogo para limpeza de terrenos. Com o tempo seco e a falta de chuva, essas ações fazem com que o fogo se alastre rapidamente, colocando em risco a viagem dos motoristas.
Fonte: Governo-SP.