O Fiat Punto T-Jet, lançado em 2009, trouxe de volta uma categoria quase esquecida no mercado brasileiro: os hatches esportivos com desempenho real além da aparência. Seu motor 1.4 turbo de 152 cavalos e 21,1 mkgf de torque, associado a um câmbio manual de cinco marchas, foi um dos primeiros a introduzir o conceito de downsizing no Brasil.
O T-Jet não possuía injeção direta ou comando variável, como seus concorrentes mais recentes, mas ainda assim se destacou pela sua capacidade de proporcionar uma experiência de condução animada.
Em 2012, o modelo passou por um facelift que trouxe alterações visuais importantes. A nova versão adotou para-choques mais largos, grades com desenho em colmeia e saídas de escape duplas. A suspensão foi ajustada para garantir mais firmeza nas curvas, mas sem comprometer o conforto em estradas irregulares, o que ajudou a manter o modelo como uma escolha equilibrada para quem queria desempenho sem abrir mão de comodidade no dia a dia.
No interior, o Fiat Punto T-Jet também apresentou melhorias em relação às versões convencionais. Os bancos esportivos, com apoios laterais reforçados, e a tela digital no painel, que exibia a pressão do turbo, eram detalhes que faziam toda a diferença para quem buscava uma experiência mais imersiva ao volante. Além disso, o Seletor DNA, que permitia ajustar o comportamento do motor entre três modos – Dynamic, Normal e Autonomy – oferecia versatilidade para quem quisesse economizar combustível ou aproveitar ao máximo o desempenho do carro.
Apesar de seu desempenho, o Punto T-Jet acabou sendo superado por rivais mais modernos, como o Peugeot 208 GT e o Renault Sandero R.S., que trouxeram inovações como injeção direta de combustível e, no caso do Sandero, motores aspirados de maior cilindrada. Além disso, o câmbio manual de cinco marchas do T-Jet ficava atrás dos concorrentes franceses, que já ofereciam transmissões de seis velocidades, o que aumentava a eficiência em viagens rodoviárias.
Ainda assim, o Fiat Punto T-Jet se mantém relevante no mercado de usados. Seu desempenho sólido, com aceleração de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e consumo que varia entre 10,4 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada, faz dele uma opção interessante para quem busca um carro esportivo acessível. O modelo oferece espaço interno adequado para até cinco pessoas e um porta-malas de 280 litros, características que o tornam prático para uso diário, além de suas credenciais esportivas.
Entretanto, como todo carro usado, o T-Jet tem suas particularidades. Problemas com o engate da quinta marcha e o bocal do tanque de combustível são alguns dos pontos que os proprietários relatam com frequência. Além disso, a falta de injeção direta faz com que o motor, em baixas rotações, tenha uma resposta mais lenta do turbo, especialmente abaixo de 2.250 rpm, o que pode incomodar quem busca uma saída rápida ao passar por lombadas ou cruzamentos.
No entanto, para muitos entusiastas, esses pequenos inconvenientes não são suficientes para diminuir o apelo do Punto T-Jet. O modelo combina uma dirigibilidade prazerosa com um estilo que ainda chama a atenção, mesmo passados vários anos desde o seu lançamento. De fato, seu preço de revenda caiu consideravelmente, mas isso só o torna uma opção ainda mais atrativa para quem deseja um hatch esportivo sem gastar muito.
O Punto T-Jet também conquistou uma legião de fãs por conta do seu visual marcante e equipamentos de série que, na época, eram raros em hatches compactos, como ar-condicionado digital, sensores de luz e chuva e teto solar panorâmico. Esses itens fazem dele uma excelente opção de compra para quem busca um carro esportivo com bom custo-benefício.
No mercado de usados, o Fiat Punto T-Jet pode ser encontrado com valores entre R$ 39 mil e R$ 68 mil, dependendo do ano e das condições do veículo. E apesar de ter sido substituído por modelos menos potentes, como o Punto Blackmotion com motor 1.8 flex, o T-Jet continua sendo uma opção sólida para quem valoriza desempenho e estilo.
Fonte: Stellantis, Webmotors, QuatroRodas e iCarros.