O desenvolvimento do Aston Martin Valhalla chega à reta final após um longo processo que se estende por cinco anos. O modelo, considerado o primeiro híbrido plug-in da marca, passou por etapas de validação em pista e em estrada com três protótipos diferentes, todos revelando detalhes de produção. A proposta é entregar um hipercarro legalizado para uso nas ruas, sem perder a ligação direta com o universo das competições.
Pontos Principais:
A Aston Martin aproveitou a experiência da sua equipe de Fórmula 1 para definir a arquitetura do Valhalla. O hipercarro nasce a partir de um monobloco inteiramente feito em fibra de carbono, combinado com subchassis de alumínio. O resultado é uma estrutura rígida e leve que pesa 1.655 kg, contribuindo para a dinâmica e a eficiência do conjunto híbrido.
A produção será limitada a 999 unidades em todo o mundo, e o Brasil terá seis exemplares disponíveis, com preços que variam entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. As primeiras entregas estão previstas para ocorrer ainda este ano, marcando a estreia do modelo nos principais mercados, com foco na exclusividade e na performance.
Os testes finais foram realizados em dois ambientes distintos: a pista de testes da IDIADA, na Espanha, e estradas do Reino Unido. Dois dos protótipos circularam na pista espanhola em testes de direção, aerodinâmica ativa e desempenho térmico do sistema de freios. Um dos exemplares estava pintado em Podium Green com detalhes Lime Green, enquanto outro surgiu em Verdant Jade com acabamento Valkyrie Gold.
O terceiro veículo, registrado em estradas públicas britânicas, passou pela calibração final dos amortecedores. Essa etapa é fundamental para garantir o comportamento do veículo fora das pistas, aproximando a dirigibilidade da proposta de um modelo voltado também para vias urbanas e rodovias.
As imagens divulgadas mostram os veículos sem camuflagem, indicando que o design de produção está definido. As proporções confirmam o visual compacto e baixo, com 4,73 metros de comprimento e apenas 1,14 metro de altura. As portas utilizam sistema do tipo diedral, com abertura em dois tempos — deslocamento lateral seguido de movimento vertical.
O Valhalla é equipado com um motor V8 4.0 biturbo derivado do Mercedes-AMG GT Black Series, responsável por gerar 828 cv. Esse motor a combustão é acompanhado por três motores elétricos, que somam 251 cv ao conjunto. O sistema é do tipo híbrido plug-in e possibilita operação em diferentes modos de condução.
Com potência total de 1.079 cv, o modelo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos. A velocidade máxima informada é de 350 km/h. O desempenho é complementado por modos específicos que alteram parâmetros de suspensão, direção e entrega de potência.
No modo totalmente elétrico, a autonomia é de até 13 quilômetros, com tração apenas nas rodas dianteiras. A velocidade máxima nesse modo chega a 140 km/h, tornando possível a circulação em centros urbanos sem ativar o motor a combustão.
A estrutura do Valhalla é baseada em monobloco de fibra de carbono, material que oferece rigidez com peso reduzido. A Aston Martin utilizou conhecimento adquirido na Fórmula 1 para definir a construção e o layout do chassi. Já os subchassis, produzidos em alumínio, complementam a leveza estrutural e aumentam a eficiência em diferentes tipos de terreno.
Além do foco na redução de peso, a marca trabalhou na distribuição de massa e no centro de gravidade do modelo. O sistema de suspensão ajustável foi calibrado para oferecer respostas específicas em cada modo de condução, incluindo o EV. O resultado é um hipercarro com proposta mista entre desempenho extremo e viabilidade para uso urbano.
As rodas, a aerodinâmica e a distribuição interna dos componentes foram pensadas para otimizar a fluidez do ar e reduzir perdas térmicas, especialmente no sistema de frenagem. A aerodinâmica ativa é ajustada de forma automática conforme as condições de velocidade, frenagem e modo selecionado.
A produção do Aston Martin Valhalla terá início no segundo semestre de 2025, com o número total limitado a 999 unidades. O processo de fabricação será concentrado no Reino Unido e contará com supervisão direta da equipe responsável pelo desenvolvimento do carro. A distribuição global incluirá os principais mercados de alto padrão, com alocação prévia para alguns países.
Para o mercado brasileiro, seis unidades foram confirmadas. Esses exemplares já estão alocados e terão preços variando entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. Os clientes interessados precisarão realizar a compra por meio de importadores oficiais ou diretamente com a rede Aston Martin, considerando a personalização e o tempo de espera.
A estratégia de produção limitada acompanha a proposta de exclusividade do modelo, posicionando o Valhalla como um sucessor do Valkyrie, mas com homologação para uso cotidiano. A combinação de tecnologias de pista e exigências de trânsito urbano foi um dos focos principais no desenvolvimento do veículo.
O Valhalla apresenta design de carroceria focado na eficiência aerodinâmica, sem comprometer a identidade visual da marca. A dianteira possui entradas de ar integradas ao capô e faróis finos, enquanto a traseira é marcada por grandes difusores e lanternas minimalistas. As rodas seguem desenho exclusivo, com acabamento que varia conforme o pacote de personalização.
O interior ainda não foi totalmente revelado, mas é esperado que traga elementos funcionais e minimalistas, inspirados nos monopostos de competição. A centralização do motorista, a ergonomia dos comandos e a interação com os modos de condução fazem parte da proposta de um hipercarro voltado para performance.
As cores disponíveis incluem tonalidades exclusivas como Podium Green, Verdant Jade e Satin Scintilla Silver. Os detalhes em Lime Green e Valkyrie Gold complementam o visual de produção dos primeiros protótipos, sinalizando a identidade visual que acompanhará os modelos de rua.
Fonte: Astonmartin, CNN, Motor1 e Automaistv.