Jorge Gomes, de 53 anos, foi condenado a três anos, um mês e dez dias de reclusão em regime inicial aberto pelo juiz Deyvison Heberth dos Reis, da 3ª Vara do Fórum da Comarca de Presidente Venceslau. Gomes foi acusado de amarrar o cachorro da vizinha ao seu carro e arrastar o animal até a morte na Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo, em abril deste ano.
A sentença também determinou que Gomes pague uma multa de R$ 706. O magistrado afirmou que as provas apresentadas no processo foram suficientes para comprovar que o réu cometeu o crime contra o animal doméstico, utilizando-se de uma corda para amarrar o cão ao freio de mão do veículo em movimento.
As testemunhas relataram que a intenção de Gomes era claramente causar a morte do cachorro, que supostamente havia mordido seu filho de quatro anos. O réu não é reincidente, mas possui maus antecedentes. A morte do animal foi considerada cruel, o que agravou a pena.
A tutora do cachorro, Maria Magnalda, de 65 anos, infartou ao saber da forma como o animal morreu e precisou ser hospitalizada. Mesmo assim, ela declarou que gostaria de ver o réu em liberdade, não expressando receio em relação a ele.
O caso gerou grande comoção em Presidente Venceslau, com protestos e manifestações contra os maus-tratos a animais. A Polícia Militar Ambiental já havia multado Gomes em R$ 6 mil pelos maus-tratos e morte do cachorro. Além disso, foi informado que ele estava sob efeito de álcool no momento do crime.
O advogado Carlos Alberto Toro, responsável pela defesa de Gomes, não se manifestou até o momento. A sentença permite que o réu recorra em liberdade, considerando o tempo que ele já passou preso e as circunstâncias do crime.
Os moradores da região expressaram sua indignação com o caso, e o debate sobre a proteção dos animais foi intensificado. As autoridades reforçaram a importância de denunciar casos de maus-tratos e a necessidade de leis mais rígidas para prevenir tais crimes.
Fonte: G1.