Há alguns anos correm notícias de que a Apple vem desenvolvendo um veículo próprio que seria movido a eletricidade e teria condução autônoma. Isso é verdade, o projeto segue em desenvolvimento.
O grande problema é que a marca da maçã não está encontrando uma parceira que fabrique o seu veículo. Boatos afirmam que a dona do iPhone já travou conversa com duas ou três montadoras, mas sem sucesso.
A Apple é uma empresa mundialmente conhecida pelo seu cobiçado smartphone, o iPhone, que tem sido um grande sucesso a nível global. Quem não quer ter um iPhone? Não é sem motivo que as pessoas pagam um alto preço pelo aparelho, muitas vezes o dobro do valor de outros concorrentes com especificações parecidas (às vezes até melhores).
Pois bem, no caso do iPhone, a Apple desenvolve todo o projeto – protegido por diversos contratos de sigilo e inúmeras patentes registradas em nome da marca – mas não é ela que cuida de sua fabricação, confiando essa tarefa a outra empresa, a Foxconn.
Mas porque isso é mais difícil, no plano prático, com um veículo? A resposta é bem simples. Hoje em dia, todas as montadoras possuem seus próprios modelos, e já trabalham no desenvolvimento – que implica altos investimentos financeiros – em veículos elétricos e com condução autônoma.
Porque uma montadora deixaria de fabricar o seu próprio para fabricar o de uma terceira? Não faz sentido. No caso de um aparelho celular isso é diferente. A Foxconn, por exemplo, tem seu negócio voltado para a fabricação – não apenas da Apple – desse tipo de aparelho.
No mundo corporativo é difícil manter totalmente em sigilo as negociações, mesmo que elas estejam apenas no início. Foi o que aconteceu com a Apple e as fabricantes de automóveis sul-coreanas, a Kia e a Hyundai.
Rumores provenientes de um executivo de uma das montadoras, sugeriram uma conversa entre as empresas no sentido de uma possível parceria para a futura fabricação do veículo da maçã. Pouco depois, as empresas sul-coreanas desmentiram a informação.
Mais recentemente, novos rumores surgiram, desta vez aludindo a uma possível parceria da japonesa Nissan com a Apple para a fabricação do iCar. Segundo o jornal “The Financial Times”, as duas empresas realmente consideraram e discutiram, brevemente, a possibilidade de uma parceria. Mas as negociações não evoluíram.
Contudo, a Nissan afirmou que não estava travando conversas com a Apple, mas que permanecia aberta para “explorar colaborações e parcerias para acelerar a transformação da indústria”. Depois disso, nada mais se ouviu sobre o assunto.
Isso que aconteceu – não oficialmente – com as fabricantes orientais mencionadas, provavelmente acontecerá com outras montadoras. Afinal, qual delas vai ter interesse em comprometer sua imagem com um veículo que nem é seu? As probabilidades são mínimas.
Assim, a alternativa da marca da maçã seria encontrar e fazer parceria com uma empresa especializada em produção de veículos para terceiros. Esse é justamente o caso da empresa canadense Magna Steyr.
Quando falamos de um projeto tão inovador, como é o caso de veículos com condução autônoma, é difícil prever uma data para que ele chegue às ruas. Além do desenvolvimento e da fabricação do veículo – o que por si só já implica um prazo difícil de definir – temos que pensar também em toda a infraestrutura que veículos dessa natureza exigirão.
Não é fácil prever tudo que será preciso para que esses veículos sejam colocados em circulação, tanto do ponto de vista legal quanto prático. Mesmo assim, as expectativas são de que ele esteja disponível para o mercado ainda nesta década. Mas como será absorvido pelo mercado, só o futuro poderá nos dizer.