O Jeep Compass volta ao centro das atenções com um pacote que mira maturidade, porte maior e uma eletrificação mais estratégica. É a Jeep tentando ocupar espaço real em um dos mercados mais desafiadores da Europa.
A carroceria cresceu em comprimento, altura e entre eixos, reforçando uma presença mais sólida nas ruas. Os faróis de LED, inclusive matriciais, agora se integram à grade com as sete fendas típicas da marca, enquanto as entradas de ar foram reposicionadas para a área inferior.
A traseira segue a mesma lógica, com lanternas de LED em formato de C conectadas por uma faixa iluminada central. A altura de rodagem permanece generosa e os arcos de roda quadrados mantêm o visual robusto que muitos compradores buscam no segmento.
A cabine é o salto mais evidente. A tela multimídia de 16 polegadas domina o painel e reúne quase todas as funções, reduzindo a quantidade de botões. O quadro digital complementa o visual e reforça a proposta de modernização.
O espaço interno melhora de forma consistente. Adultos altos conseguem viajar no banco traseiro sem aperto, o túnel central quase desaparece e ainda há 34 litros de porta objetos apenas na parte dianteira. O porta malas de 550 litros, com bancos 40 20 40, amplia a versatilidade.
A plataforma STLA Medium sustenta o conjunto e aproxima o Compass do Grandland e do Peugeot 3008. O protagonista inicial é o motor 1.2 híbrido leve de 145 cv e 23,5 kgfm. Ele funciona bem na cidade, onde o modo elétrico em baixas velocidades reduz consumo nos trajetos de semáforo.
Há momentos em que a transição entre combustão e assistência elétrica é perceptível, sobretudo quando o freio motor recarrega a bateria. Em velocidade constante, o isolamento acústico é bom e a condução se torna mais linear. A direção leve facilita a vida urbana, embora não ofereça a precisão que alguns motoristas exigem.
A gama abre com a versão Altitude, de 39.900 euros, seguida pela First Edition, de 41.900 euros. O Compass terá opções híbridas plug in e configurações totalmente elétricas com diferentes tamanhos de bateria e potências. A estratégia é clara: ocupar desde o público que busca eficiência sem complexidade até quem quer migrar para o elétrico puro.
A Jeep aposta em um Compass maior, mais tecnológico e eletrificado para competir com rivais que avançam rápido. O modelo tenta entregar equilíbrio entre porte, espaço, conectividade e versatilidade. O público europeu agora decide se essa evolução é suficiente para manter o SUV relevante em um mercado que não perdoa estagnação.
A nova geração do Compass ainda não tem data oficial confirmada para o Brasil, mas as projeções atuais indicam que o modelo só deve aparecer por aqui depois de 2027, quando a Jeep concluir os ciclos industriais e comerciais na Europa antes de iniciar a nacionalização em Goiana.
Fonte: Stellantis, Garagem360 e UOL.