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Jim Farley, CEO da Ford, revelou que está adorando seu carro elétrico da Xiaomi

Você já ouviu falar em um chefão de uma das maiores montadoras do Ocidente, que deveria ser o porta-estandarte da indústria automotiva americana, usando um carro chinês? Pois é, Jim Farley, o CEO da Ford, está passeando pelas ruas de Chicago em um... Xiaomi SU7! Sim, a Xiaomi, aquela dos celulares e patinetes elétricos, agora faz carros. E, pelo visto, faz tão bem que até Farley, o líder de uma das maiores fabricantes de carros do mundo, não quer largar o volante do sedã chinês.
Publicado em Negócios dia 24/10/2024 por Alan Corrêa

Jim Farley, CEO da Ford, revelou que vem dirigindo o Xiaomi SU7 como seu carro principal nos últimos seis meses. O veículo, lançado no final de 2023, é o primeiro sedã elétrico da Xiaomi, que já é uma gigante no mercado de smartphones e eletrônicos. Farley comentou que suas viagens à China foram essenciais para entender o avanço tecnológico no setor de veículos elétricos. Durante essas visitas, ele se impressionou com a integração de software e a inovação das montadoras chinesas, incluindo a Xiaomi.

Pontos Principais:

  • Jim Farley dirige um Xiaomi SU7 há seis meses.
  • O SU7 é o primeiro carro de passeio da Xiaomi, lançado no final de 2023.
  • A produção do SU7 para 2024 esgotou em 24 horas.
  • Farley destaca o avanço das montadoras chinesas na tecnologia de carros elétricos.

Segundo Farley, a Xiaomi e outras marcas chinesas, como a Huawei, estão à frente de muitas montadoras ocidentais no desenvolvimento de veículos elétricos. Ele mencionou que, ao contrário das empresas ocidentais, as gigantes chinesas de tecnologia já estão profundamente integradas na produção automotiva, especialmente em termos de software e tecnologia de ponta.

O Xiaomi SU7, avaliado em cerca de US$ 30 mil, possui suspensão a ar, sistema de direção autônoma nível 2 e um design aerodinâmico avançado. Esses recursos colocam o modelo entre os mais inovadores do mercado, permitindo que a Xiaomi domine rapidamente o segmento de carros elétricos.

Farley também apontou que as montadoras ocidentais enfrentam dificuldades para competir com as chinesas, devido aos altos custos de desenvolvimento. Enquanto marcas como a Xiaomi e BYD oferecem preços mais acessíveis e tecnologias avançadas, as empresas ocidentais ainda lutam com o desenvolvimento de baterias e sistemas de carregamento que sejam competitivos.

O sucesso do Xiaomi SU7 é evidente. A produção de 2024 esgotou em apenas 24 horas, com uma lista de espera de seis meses. Essa alta demanda reflete o sucesso da estratégia da Xiaomi, que aproveitou sua expertise em tecnologia para oferecer um veículo competitivo em termos de preço e inovação.

Além disso, Farley comentou sobre as tarifas de importação que dificultam a entrada dos veículos elétricos chineses em mercados como o dos Estados Unidos e da Europa. Ele alertou que, sem essas barreiras, as montadoras chinesas poderiam dominar o mercado ocidental rapidamente, oferecendo produtos com preços mais baixos e tecnologias avançadas.

Para Farley, as montadoras ocidentais precisam acelerar o ritmo de inovação para evitar serem ultrapassadas. Em setembro, ele já havia declarado que os fabricantes chineses representam uma “ameaça existencial” para as montadoras tradicionais. A sua própria experiência com o Xiaomi SU7 reforça essa preocupação.

Fonte: Wikipedia, UOL, InsideEVS e Motor1.