No primeiro semestre de 2024, o estado de São Paulo registrou 19.429 casos de roubo ou furto de motos, com destaque para a Honda CG 160 como a mais visada pelos criminosos. A região central da capital paulista continua sendo a mais perigosa para os motociclistas.
Os números de roubos e furtos de motocicletas de luxo em São Paulo continuam preocupando, apesar de uma leve queda nas ocorrências em 2024. Um levantamento exclusivo, realizado com base em dados da Secretaria de Segurança Pública e da empresa de rastreamento veicular Ituran, revela que a Honda CB 500 foi o modelo mais visado no primeiro semestre do ano, com 185 casos registrados. Esse número é mais que o dobro das ocorrências do segundo modelo mais roubado, a Triumph Tiger 1200, com 74 registros.
Embora o total de ações criminosas envolvendo motos de luxo tenha diminuído em comparação ao mesmo período de 2023, com 1.978 ocorrências em 2024, frente a 2.202 no ano anterior, o índice de roubos ainda é alarmante. A maioria dos casos ocorre no período noturno, com 887 incidentes registrados, seguidos pela tarde (497), manhã (323) e madrugada (184). A cidade de São Paulo lidera as estatísticas, com 964 registros, seguida de Guarulhos, que contabiliza 85 casos.
O estudo realizado pela seguradora Ituran com base nos dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo indicou que o número de roubos e furtos de motos no estado de São Paulo apresentou uma queda no primeiro semestre de 2024. Ao todo, foram registrados 19.429 casos, uma redução de 7,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando houve 21.045 ocorrências.
Essa diminuição no número de furtos e roubos reflete uma mudança no comportamento de segurança pública. Mesmo com a redução, a preocupação com os modelos mais visados continua, especialmente em regiões mais movimentadas da capital paulista.
Entre as dez motos mais roubadas em São Paulo no primeiro semestre de 2024, oito são da Honda. A Honda CG 160 se destaca como o modelo mais visado, com 6.512 ocorrências de furto ou roubo. Esse modelo também lidera as vendas no Brasil, o que pode justificar seu destaque nas estatísticas de roubos. Em seguida, aparecem outros modelos da mesma linha, como a Honda CG 150 e a Honda CG 125.
Além da análise por modelos de motos, o levantamento identificou as regiões mais perigosas da capital paulista para motociclistas. A região central se mostrou a mais perigosa, com 1.193 casos de furto ou roubo de motos no primeiro semestre de 2024. Outras regiões, como Santana e Santo Amaro, também registraram números significativos de ocorrências.
Esses números refletem áreas com maior circulação de veículos, além de serem regiões economicamente importantes, o que pode atrair a ação de criminosos. A concentração de ocorrências em áreas centrais e de grande movimentação pode indicar a necessidade de maior vigilância nessas regiões.
O estudo também destacou os horários em que os criminosos atuam com mais frequência no estado de São Paulo. A maioria dos furtos e roubos de motos ocorre no período noturno, com 7.545 ocorrências. A tarde e a madrugada também apresentaram números significativos.
A concentração maior de roubos à noite reflete um período em que há menor vigilância, facilitando a ação criminosa. O estudo apontou ainda que os períodos da tarde e madrugada também exigem atenção dos motociclistas.
Apesar da redução de 7,6% nos roubos e furtos de motos em 2024, é importante destacar que alguns modelos continuam entre os mais visados pelos criminosos. Em comparação com o ano anterior, modelos como a Honda CG 160 e a Yamaha Fazer 250 tiveram uma leve redução nas ocorrências, enquanto a Yamaha XTZ 250 Lander registrou um pequeno aumento.
A Honda CG 160, que lidera tanto em vendas quanto em furtos, teve uma queda de aproximadamente 5,6% em relação a 2023, quando registrou 6.897 casos. No entanto, a Yamaha XTZ 250 Lander foi a única entre as dez mais roubadas que teve um aumento, passando de 527 ocorrências no primeiro semestre de 2023 para 554 em 2024.
Diante dos números apresentados, os motociclistas precisam redobrar a atenção, especialmente em áreas e horários mais visados. Algumas medidas de segurança podem ser adotadas para reduzir os riscos, como o uso de travas, alarmes, e estacionar em locais seguros. A escolha de seguros de moto também é uma alternativa que pode minimizar os prejuízos em caso de furto ou roubo.
Além disso, a colaboração entre os órgãos de segurança pública e a conscientização dos motociclistas sobre as áreas mais perigosas são fatores que podem contribuir para a redução ainda maior dos índices de criminalidade.
O centro da capital paulista foi o local com mais incidentes, somando 51 registros, enquanto bairros como Ipiranga, Tatuapé, Itaim Bibi e Vila Prudente também aparecem entre os mais perigosos para os motociclistas. Rodovias importantes, como a Rodovia dos Imigrantes e a Fernão Dias, também figuram entre os principais pontos de risco.
Os dados também mostram que outros modelos populares entre os criminosos incluem a Kawasaki Versys 650, com 72 registros, e a Yamaha Fazer 1000, com 71. A Honda NC 750X, outro destaque da marca japonesa, aparece com 67 registros. Já a BMW, uma das marcas mais renomadas no segmento de motos de luxo, teve três de seus modelos incluídos no ranking: a BMW F 800, com 64 ocorrências, a BMW R 1250 GS, com 62, e a BMW G 650, com 54.
Os dados revelam ainda que a maioria dos furtos e roubos ocorre em áreas centrais e rodovias, sendo importante que os proprietários dessas motocicletas tomem precauções extras ao circular por esses locais. Apesar da redução no número de ocorrências em comparação com 2023, as motos de luxo continuam sendo alvos frequentes, especialmente nas regiões mais movimentadas de São Paulo e seus arredores.
Fonte: AutoEsporte e UOL.