Ministro de Minas e Energia prevê redução no preço do diesel no Brasil em breve

Após o fim da política de Paridade de Preço Internacional da Petrobras, o ministro Alexandre Silveira prevê queda no preço do diesel. A queda do dólar e do petróleo contribui para a estabilidade dos combustíveis. O governo mantém diálogo com setores afetados, como caminhoneiros.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 5/02/2025

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o preço do diesel no Brasil deve apresentar queda nos próximos meses. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Bastidores CNN, na quarta-feira (5), onde o ministro destacou a atual estabilidade nos preços dos combustíveis no país. Segundo ele, a conjuntura econômica atual favorece essa tendência de redução.

Pontos Principais:

  • Ministro Alexandre Silveira prevê queda no preço do diesel em breve.
  • Queda do dólar e do barril de petróleo influenciam a estabilidade dos combustíveis.
  • Fim da política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras é destacado.
  • Governo mantém diálogo com caminhoneiros e setores afetados.

Silveira explicou que, mesmo com as reonerações conduzidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o preço do diesel permanece abaixo do patamar registrado em dezembro. Ele ressaltou que o governo acompanha de perto as variações do mercado e mantém diálogo constante com setores impactados, como o de transporte rodoviário.

O ministro também mencionou que fatores como a queda do dólar e a redução no preço do barril de petróleo são determinantes para a estabilização dos combustíveis. Além disso, a alteração na política de preços da Petrobras, com o fim da Paridade de Preço Internacional (PPI), contribui para o cenário atual.

Fatores econômicos que influenciam o preço do diesel

Entre os fatores destacados pelo ministro Alexandre Silveira para a redução do preço do diesel está a valorização do real frente ao dólar. Segundo ele, o dólar chegou a atingir quase R$ 6,20, mas atualmente apresenta queda significativa. Essa valorização da moeda brasileira impacta diretamente o custo de importação dos combustíveis.

Outro fator mencionado é a redução no preço do barril de petróleo Brent no mercado internacional. Silveira explicou que a queda no preço do petróleo ajuda a manter os combustíveis em níveis mais acessíveis, beneficiando consumidores e setores dependentes do diesel, como o transporte de cargas.

Além disso, o ministro enfatizou o fim da política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras. Com essa mudança, a estatal deixa de seguir os preços internacionais de forma rígida, permitindo maior flexibilidade na definição dos valores cobrados no mercado interno.

  • Queda do dólar favorece importações de combustíveis
  • Redução no preço do barril de petróleo Brent impacta o mercado
  • Fim da política de Preço de Paridade Internacional da Petrobras

Diálogo com setores afetados pelos preços dos combustíveis

Alexandre Silveira destacou que o governo mantém diálogo constante com os setores mais afetados pelos preços dos combustíveis, como os caminhoneiros. O ministro afirmou que representantes dessas categorias são frequentemente recebidos para discutir números e propor políticas públicas que atendam às suas demandas.

Silveira ressaltou a importância dessa comunicação para encontrar soluções que beneficiem tanto os trabalhadores quanto o mercado. Segundo ele, o governo busca construir políticas que possam equilibrar o impacto dos preços, mantendo a competitividade do setor de transporte e a estabilidade econômica.

Além dos caminhoneiros, o governo também dialoga com outros setores produtivos que dependem diretamente do diesel, como o agronegócio e a indústria. O objetivo é mitigar os efeitos das oscilações nos preços dos combustíveis e garantir que os impactos não sejam repassados integralmente ao consumidor final.

  • Diálogo constante com caminhoneiros e representantes do setor
  • Discussão de políticas públicas para mitigar impactos dos preços
  • Busca por soluções que equilibrem competitividade e estabilidade

Declarações de outros ministros sobre o preço do diesel

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também comentou sobre o preço do diesel no Brasil. Segundo ele, o país possui um dos preços mais baixos do mundo, embora o valor ainda esteja atrelado à paridade internacional. Fávaro destacou que o governo busca aumentar a competitividade, mas reconhece que não é possível desatrelar completamente o preço do mercado externo.

Durante uma cerimônia no Ministério dos Transportes, em Brasília, para apresentação do Plano de Escoamento da Safra 2024/2025, Fávaro afirmou que o governo não fará intervenções na Petrobras, respeitando o caráter aberto do mercado. Ele reforçou que o governo Lula cumpre metas e que a inflação em 2024 permaneceu dentro dos limites estabelecidos.

Renan Filho, ministro dos Transportes, também comentou o impacto da infraestrutura no custo dos combustíveis. Ele destacou que melhorias na malha rodoviária podem reduzir os custos logísticos, o que influencia diretamente o preço final dos produtos, incluindo o diesel e os alimentos.

  • Carlos Fávaro destaca que preço do diesel no Brasil é competitivo
  • Governo evita intervenções diretas na Petrobras
  • Melhorias na infraestrutura podem reduzir custos logísticos

Impacto recente dos reajustes no preço do diesel

Na semana anterior às declarações dos ministros, a Petrobras anunciou um reajuste no preço do diesel vendido para as distribuidoras. A partir de 1º de fevereiro, o valor do litro passou a ser, em média, R$ 3,72, representando um aumento de mais de 6%, ou R$ 0,22 por litro. Esse foi o primeiro ajuste no preço do combustível em quase dois anos.

O último aumento havia ocorrido em outubro de 2023, quando o valor médio subiu R$ 0,25 por litro, alcançando R$ 4,05. Esses reajustes geram impactos em cadeia, influenciando o preço do frete e, consequentemente, o custo de produtos e serviços que dependem do transporte rodoviário.

O presidente Lula negou qualquer interferência do governo nos preços da Petrobras, afirmando que os ajustes são de responsabilidade exclusiva da companhia. O governo, segundo ele, mantém o compromisso com a transparência e a autonomia da estatal.

  • Reajuste de 6% no preço do diesel em fevereiro de 2025
  • Primeira alta após quase dois anos de estabilidade
  • Impactos no frete e nos preços de produtos transportados

Perspectivas futuras para o mercado de combustíveis

O ministro Alexandre Silveira demonstrou confiança nas políticas implementadas pelo governo nos últimos dois anos, acreditando que seus efeitos começarão a beneficiar a população em breve. Ele destacou que o cenário econômico favorável deve contribuir para a estabilidade e possível redução dos preços dos combustíveis.

O governo também espera que as medidas adotadas reflitam positivamente na popularidade do presidente Lula, especialmente com a aproximação das eleições de 2026. A expectativa é que a combinação de políticas públicas, diálogo com setores afetados e ajustes econômicos traga resultados concretos para o mercado de combustíveis.

Fonte: Metropoles, CNN e Cbn.