O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o preço do diesel no Brasil deve apresentar queda nos próximos meses. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Bastidores CNN, na quarta-feira (5), onde o ministro destacou a atual estabilidade nos preços dos combustíveis no país. Segundo ele, a conjuntura econômica atual favorece essa tendência de redução.
Pontos Principais:
Silveira explicou que, mesmo com as reonerações conduzidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o preço do diesel permanece abaixo do patamar registrado em dezembro. Ele ressaltou que o governo acompanha de perto as variações do mercado e mantém diálogo constante com setores impactados, como o de transporte rodoviário.
O ministro também mencionou que fatores como a queda do dólar e a redução no preço do barril de petróleo são determinantes para a estabilização dos combustíveis. Além disso, a alteração na política de preços da Petrobras, com o fim da Paridade de Preço Internacional (PPI), contribui para o cenário atual.
Entre os fatores destacados pelo ministro Alexandre Silveira para a redução do preço do diesel está a valorização do real frente ao dólar. Segundo ele, o dólar chegou a atingir quase R$ 6,20, mas atualmente apresenta queda significativa. Essa valorização da moeda brasileira impacta diretamente o custo de importação dos combustíveis.
Outro fator mencionado é a redução no preço do barril de petróleo Brent no mercado internacional. Silveira explicou que a queda no preço do petróleo ajuda a manter os combustíveis em níveis mais acessíveis, beneficiando consumidores e setores dependentes do diesel, como o transporte de cargas.
Além disso, o ministro enfatizou o fim da política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras. Com essa mudança, a estatal deixa de seguir os preços internacionais de forma rígida, permitindo maior flexibilidade na definição dos valores cobrados no mercado interno.
Alexandre Silveira destacou que o governo mantém diálogo constante com os setores mais afetados pelos preços dos combustíveis, como os caminhoneiros. O ministro afirmou que representantes dessas categorias são frequentemente recebidos para discutir números e propor políticas públicas que atendam às suas demandas.
Silveira ressaltou a importância dessa comunicação para encontrar soluções que beneficiem tanto os trabalhadores quanto o mercado. Segundo ele, o governo busca construir políticas que possam equilibrar o impacto dos preços, mantendo a competitividade do setor de transporte e a estabilidade econômica.
Além dos caminhoneiros, o governo também dialoga com outros setores produtivos que dependem diretamente do diesel, como o agronegócio e a indústria. O objetivo é mitigar os efeitos das oscilações nos preços dos combustíveis e garantir que os impactos não sejam repassados integralmente ao consumidor final.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também comentou sobre o preço do diesel no Brasil. Segundo ele, o país possui um dos preços mais baixos do mundo, embora o valor ainda esteja atrelado à paridade internacional. Fávaro destacou que o governo busca aumentar a competitividade, mas reconhece que não é possível desatrelar completamente o preço do mercado externo.
Durante uma cerimônia no Ministério dos Transportes, em Brasília, para apresentação do Plano de Escoamento da Safra 2024/2025, Fávaro afirmou que o governo não fará intervenções na Petrobras, respeitando o caráter aberto do mercado. Ele reforçou que o governo Lula cumpre metas e que a inflação em 2024 permaneceu dentro dos limites estabelecidos.
Renan Filho, ministro dos Transportes, também comentou o impacto da infraestrutura no custo dos combustíveis. Ele destacou que melhorias na malha rodoviária podem reduzir os custos logísticos, o que influencia diretamente o preço final dos produtos, incluindo o diesel e os alimentos.
Na semana anterior às declarações dos ministros, a Petrobras anunciou um reajuste no preço do diesel vendido para as distribuidoras. A partir de 1º de fevereiro, o valor do litro passou a ser, em média, R$ 3,72, representando um aumento de mais de 6%, ou R$ 0,22 por litro. Esse foi o primeiro ajuste no preço do combustível em quase dois anos.
O último aumento havia ocorrido em outubro de 2023, quando o valor médio subiu R$ 0,25 por litro, alcançando R$ 4,05. Esses reajustes geram impactos em cadeia, influenciando o preço do frete e, consequentemente, o custo de produtos e serviços que dependem do transporte rodoviário.
O presidente Lula negou qualquer interferência do governo nos preços da Petrobras, afirmando que os ajustes são de responsabilidade exclusiva da companhia. O governo, segundo ele, mantém o compromisso com a transparência e a autonomia da estatal.
O ministro Alexandre Silveira demonstrou confiança nas políticas implementadas pelo governo nos últimos dois anos, acreditando que seus efeitos começarão a beneficiar a população em breve. Ele destacou que o cenário econômico favorável deve contribuir para a estabilidade e possível redução dos preços dos combustíveis.
O governo também espera que as medidas adotadas reflitam positivamente na popularidade do presidente Lula, especialmente com a aproximação das eleições de 2026. A expectativa é que a combinação de políticas públicas, diálogo com setores afetados e ajustes econômicos traga resultados concretos para o mercado de combustíveis.
Fonte: Metropoles, CNN e Cbn.