Motoristas estão usando carregador falso de carro elétrico para usar vagas reservadas

Nos EUA, motoristas de carros a combustão usam portas falsas magnéticas que simulam carregadores para ocupar vagas de elétricos, gerando polêmica e multas. A prática já ocorre no Brasil, afetando quem precisa recarregar. A transição para elétricos expõe desafios de infraestrutura e fiscalização.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 2/12/2024

Nos Estados Unidos, motoristas de carros a combustão estão utilizando acessórios magnéticos, projetados para simular portas de carregamento de veículos elétricos, com o objetivo de ocupar vagas reservadas a esses modelos. O produto, geralmente impresso em 3D, apresenta um design que imita com precisão as portas de carregamento reais. Essa prática está gerando discussões intensas sobre ética e o uso adequado de espaços públicos.

Pontos Principais:

  • Portas de carregamento falsas estão sendo vendidas nos EUA para motoristas de carros a combustão.
  • O acessório permite ocupar vagas destinadas a veículos elétricos.
  • Donos de carros elétricos relatam dificuldades por causa da prática.
  • A ação pode levar a multas para os motoristas envolvidos.

A comercialização desses produtos ocorre principalmente em plataformas de e-commerce, onde são descritos como “acessórios para pegadinhas”. Os fabricantes afirmam que o objetivo é provocar reações divertidas, mas, na prática, a ação causa transtornos para motoristas de veículos elétricos que dependem das estações de carregamento.

Nos EUA, motoristas de carros a combustão utilizam acessórios 3D que imitam portas de carregamento elétrico para ocupar vagas exclusivas, causando transtornos e debates sobre ética no trânsito.
Nos EUA, motoristas de carros a combustão utilizam acessórios 3D que imitam portas de carregamento elétrico para ocupar vagas exclusivas, causando transtornos e debates sobre ética no trânsito.

Casos similares foram registrados no Brasil, onde motoristas estacionam em vagas exclusivas para veículos elétricos, com ou sem o uso de dispositivos falsos. Em locais como shoppings e estacionamentos privados, os conflitos entre motoristas de carros elétricos e convencionais já começaram a aparecer.

Além de ocupar um espaço essencial para o carregamento, a prática pode gerar penalidades financeiras. Nos Estados Unidos, leis locais preveem multas para motoristas que utilizam indevidamente vagas de veículos elétricos. No Brasil, normas semelhantes estão sendo aplicadas em alguns estados, ampliando a fiscalização.

Estudantes universitários norte-americanos foram apontados como alguns dos principais usuários dessas portas falsas. Um caso específico em Houston, Texas, revelou que um estudante usava o acessório para evitar pagar taxas de estacionamento, que podem chegar a centenas de dólares por ano. O truque foi compartilhado nas redes sociais, gerando ampla repercussão.

A prática é facilitada pelo realismo dos acessórios, que simulam cabos de recarga conectados ao veículo. Os fabricantes utilizam materiais magnéticos que aderem ao metal da carroceria, aumentando a dificuldade de identificação de falsificações à distância.

Os motoristas que optam por essa abordagem argumentam que a intenção é apenas se divertir, mas críticos destacam o impacto negativo para quem precisa utilizar as vagas. Essa situação reflete os desafios crescentes da convivência entre carros elétricos e a infraestrutura disponível.

Especialistas alertam que a adoção de veículos elétricos demanda uma rede de recarga mais ampla e rigor na fiscalização. Para eles, o uso de dispositivos falsos expõe uma lacuna no controle e na conscientização sobre a transição para a mobilidade sustentável.

O mercado de acessórios 3D voltados para veículos tem crescido, e produtos como essas portas falsas são apenas uma parte de uma indústria maior. Apesar de seu uso controverso, os acessórios demonstram a necessidade de revisar regulamentos e educar o público.

A transição para veículos elétricos continua sendo uma prioridade global, mas práticas como essa revelam a resistência e os desafios culturais que podem surgir nesse processo.

Fonte: UOL, Wzozfm, OTempo e AutoEsporte.