O pedágio mais caro do Brasil, no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), sofreu um novo reajuste nesta segunda-feira (1º). A tarifa para veículos de dois eixos passou de R$ 35,30 para R$ 36,80. A mudança foi autorizada pela Agência Reguladora de Transportes de São Paulo (Artesp) e é baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme previsto no contrato da concessionária Ecovias.
Motoristas que utilizam as rodovias que ligam o litoral à capital paulista expressaram sua insatisfação com o aumento. Muitos consideram o novo valor um custo adicional significativo, especialmente para aqueles que fazem o trajeto com frequência. Rodrigo Heredia, guarda civil de Piracicaba, comentou que o pedágio representa um “peso no bolso”, principalmente para os moradores da Baixada Santista que trabalham na capital.
A reportagem do g1 esteve em um posto de combustíveis na Avenida Martins Fontes, em Santos, onde entrevistou motoristas sobre o impacto do reajuste. Sergio Alves, morador de Santos, destacou a preocupação com o aumento das tarifas para os caminhoneiros, que agora pagam R$ 36,80 por eixo. Ele ressaltou que isso pode contribuir para o aumento dos preços dos produtos transportados.
Cláudio Carvalho da Silva, funcionário público, afirmou que o aumento torna inviáveis viagens rápidas para São Paulo, afetando o turismo e o lazer. Ele destacou que, ao calcular os custos, a viagem se torna muito cara, desestimulando visitas à capital ou ao ABC.
A Ecovias justificou o aumento informando que ele considera a recomposição inflacionária dos últimos 12 meses. No ano passado, um levantamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) colocou o pedágio da Rodovia dos Lagos, no Rio de Janeiro, como o segundo mais caro do Brasil. No entanto, as tarifas dessa rodovia foram reduzidas recentemente.
Além do Sistema Anchieta-Imigrantes, outras rodovias do Estado de São Paulo também tiveram suas tarifas reajustadas. As rodovias Cônego Domênico Rangoni e Padre Manoel da Nóbrega tiveram aumentos de R$ 0,70 e R$ 0,50, respectivamente.
Os motoristas que fazem o trajeto diariamente, como Sergio Alves, estão preocupados com os impactos econômicos do aumento. Para muitos, a tarifa elevada representa um custo adicional significativo, afetando suas finanças pessoais e profissionais.