Em 2024, 89% dos carros novos vendidos na Noruega eram elétricos, representando um marco na transição para veículos de emissão zero. A meta nacional é eliminar a comercialização de carros a combustão até o fim de 2025. Dados da Federação Norueguesa de Estradas (OFV) indicam que, dos 128.691 veículos vendidos no ano passado, 114.400 eram movidos a bateria.
Pontos Principais:
A Noruega utiliza uma combinação de políticas fiscais e benefícios para estimular a adoção de veículos elétricos. Desde 1994, o governo isenta carros elétricos de impostos sobre valor agregado e taxas de registro, além de oferecer estacionamento gratuito e acesso a faixas exclusivas. Apesar de alguns benefícios terem sido reduzidos em 2023, como a cobrança parcial de IVA para veículos mais caros, as políticas continuam atrativas.
A consistência das políticas públicas foi essencial para o sucesso norueguês, sendo mantidas por governos de diferentes espectros políticos. Outro diferencial foi a ausência de pressão de grandes indústrias automotivas, permitindo a implementação de impostos altos para carros a combustão sem grandes resistências.
As marcas líderes no mercado norueguês incluem Tesla, Volkswagen e Toyota, com participação crescente de fabricantes chinesas como BYD e Nio. Em regiões mais remotas, como Svalbard, os carros elétricos já se tornaram comuns, evidenciando a expansão geográfica da tecnologia no país.
A infraestrutura de carregamento acompanha o crescimento da frota elétrica. Redes como a Circle K estão substituindo bombas de combustível por carregadores rápidos e estimam equiparar a quantidade de estações de carregamento à de postos de gasolina nos próximos três anos.
A frota atual de carros elétricos na Noruega representa 28% do total de veículos em circulação. Apesar do avanço, desafios permanecem, como a resistência de turistas e empresas de aluguel de veículos em adotar o modelo elétrico.
A meta de 2025 coloca a Noruega como líder mundial na transição para uma frota sustentável, servindo como exemplo para outros países. Porém, o desafio para outras nações é manter políticas consistentes a longo prazo, enquanto equilibram incentivos e arrecadação tributária.