Para quem vê passar o novo Kia Picanto GT nas ruas imagina se tratar de um esportivo potente e caro, mas em realidade a terceira geração do sub-compacto da Kia ficou com um preço bem acessível, embora o visual GT tenha ficado apenas no design e no nome uma vez que a mecânica manteve o motor 1.0 com apenas 80 cv de potência.
A montadora sul coreana está produzindo a última geração do Picanto em versão única GT com valor sugerido:
A primeira geração do Picanto, conhecida como Kia Morning em outros países, durou de 2004 a 2011. A segunda geração foi lançada no Salão em Genebra em 2007 bem mais próxima do atual modelo.
Agora a terceira geração chegou com um novo design que fez jus ao GT da versão, com traços mais salientados, exclusivos e modernizados.
A grande frontal causa impacto por seu estilo agressivo em formato colmeia e integrada aos faróis em LED, bem como os faróis com projetores estilo canhão.
O destaque da traseira fica por conta do escape duplo cromado e uma faixa vermelha que acompanha o para-choque.
No interior a central multimídia com tela de 7 polegadas com botões e sensível ao toque é destacada do painel e tem conectividade com Carplay, Android Auto, GPS, Bluetooth e USB.
O leque de cores do novo Picanto está disponível em branco claro, vermelho brilhante, preto aurora e cinza titânio.
As dimensões estão dentro do padrão de um hatch compacto, com 3,6 m de comprimento, 1,59 m de largura, 1,49 m de altura, 2,40 m de entre eixos e o porta-malas com capacidade de 255 litros.
O Picanto GT está equipado com motor aspirado 1.0 12V Flex, de 77 cv de potência (gasolina) e 80 cv (etanol), ambos a 6.200 rpm, 9,4 kgfm e 9,8 kgfm de torque a 4.500 rpm, e transmissão única automática de 4 velocidades.
A falta de potência – que leva 17,1 segundos para atingir de 0 a 100 km/h – tem seu impacto no consumo do tanque de combustível com capacidade 35 litros, fazendo na cidade 11,3 km/l (gasolina) e 8,4 km/l (etanol) e na estrada 13,6 km/l (gasolina) e 9,7 km/l (etanol).
Bastaria incluir, por exemplo, um câmbio mais modernizado de 5 ou 6 marchas para o Picanto GT conseguir desempenho mais próximo do seu design esportivo.
Se a motorização não acompanha o visual esportivo, o interior tem o diferencial de uma lista de equipamentos de série repleta de itens de segurança e conveniência:
O próprio fato da Kia ter importado apenas 100 unidades para o lançamento do novo Picanto mostra que o modelo não terá grande saída. Mesmo porque a geração anterior ainda continua a venda nas duas versões disponíveis: J323 com transmissão manual e J374 automático.
Outra dificuldade é que por apenas mais R$ 1.000 é possível levar o modelo Hyundai HB20 Comfort Plus 1.6 automático ou ainda por R$ 400 a mais o Toyota Yaris XL 1.3 Dual VVT-i 16 V.
A razão desta falta de competividade no preço está em que o novo Picanto sofre por causa dos altos impostos sobre veículos importados.
Por outro lado, para quem não tem medo de se destacar, o Picanto GT conquista pelo visual agressivo, acabamento esportivo interno, amplos serviços de conectividade, além de oferecer garantia de 5 anos e revisões com preço fixo.