O preço médio do litro da gasolina comum no Brasil fechou 2024 em R$ 6,15, um aumento de 10,6% em relação ao início do ano. Este valor foi o mesmo registrado na primeira semana de 2025, indicando estabilidade temporária no mercado. Comparando com o preço médio de R$ 5,56 em janeiro de 2024, a alta acumulada nos últimos dois anos chega a 20,1%, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Pontos Principais:
Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa realizada em 3.918 postos de combustíveis distribuídos pelo território nacional. O estudo revelou que Goiás foi o estado com a maior alta percentual no preço da gasolina, registrando aumento de 21,6%, indo de R$ 5,15 em 2024 para R$ 6,26 em 2025. Sergipe e Amazonas também tiveram aumentos significativos, de 21,2% e 19,8%, respectivamente.
Em contrapartida, Amapá e Paraíba apresentaram as menores altas no preço do combustível, ambas de 7,7%. A Paraíba foi o estado com o preço mais baixo, com média de R$ 5,88 por litro, enquanto o Acre manteve o preço mais alto, chegando a R$ 7,50 por litro.
A expectativa para 2025 é de um novo aumento no preço médio da gasolina devido à elevação do ICMS. A partir de fevereiro, o imposto estadual passará de R$ 1,37 para R$ 1,47, impactando diretamente o custo final do combustível. Segundo estimativas, isso pode representar um aumento médio de R$ 0,10 por litro.
A composição do preço da gasolina inclui diferentes custos, como distribuição e revenda (17,2%), custo do etanol anidro (13,3%), impostos estaduais e federais (33,5%), além da parcela da Petrobras (35,9%). A parcela destinada ao ICMS é a que sofrerá o impacto direto com o novo reajuste.
A tendência de alta nos preços também reflete no mercado automotivo. O aumento no custo de combustíveis pode impulsionar a procura por veículos híbridos e elétricos, que apresentam maior eficiência energética. O impacto também é observado no mercado de usados e seminovos, onde a procura por modelos econômicos ganha destaque.
Com a perspectiva de alta no custo de vida e no transporte, os consumidores devem se preparar para novos desafios em 2025. O mercado segue atento às políticas fiscais e ao comportamento da Petrobras para definir as estratégias de preço no ano.
Fonte: AutoEsporte.