O Renault Kwid se consolidou como um dos modelos mais acessíveis no mercado automotivo brasileiro, alternando frequentemente com o Fiat Mobi o título de carro mais barato do país.
Pontos Principais:
O modelo da Renault é oferecido por cerca de R$ 74.590, R$ 400 a menos que seu principal concorrente. Contudo, apesar de seu preço competitivo, o Kwid tem sido alvo de críticas e reclamações por parte dos proprietários, que relatam problemas recorrentes relacionados à segurança e à funcionalidade do veículo.
O Renault Kwid é um veículo compacto projetado para oferecer mobilidade urbana. Suas dimensões incluem 3,73 metros de comprimento, 1,58 metros de largura, 1,48 metros de altura e uma distância entre-eixos de 2,42 metros. O porta-malas, com capacidade para 290 litros, é adequado apenas para pequenas bagagens.
Todas as versões do modelo 2025 vêm equipadas com um motor 1.0 flex de três cilindros, que entrega até 71 cv de potência e 10 kgfm de torque. O câmbio manual de cinco marchas é o único disponível. A versão Zen, que é a de entrada, oferece itens como ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros e quatro airbags. Já a central multimídia, um item cada vez mais valorizado, só está presente a partir da versão Intense.
Uma das reclamações mais graves e frequentes está relacionada ao volante do Kwid. Muitos proprietários relataram casos em que o volante se soltou enquanto dirigiam, comprometendo a segurança do motorista e dos passageiros. A falha está associada a problemas na montagem da coluna de direção, onde uma peça metálica pode se desprender.
A fabricante Renault foi procurada para comentar o problema, mas até o momento da publicação desta matéria, não se pronunciou oficialmente.
Outro ponto de atenção apontado pelos proprietários é a vulnerabilidade do porta-malas. Muitos consumidores relataram que a fechadura do compartimento pode ser facilmente danificada, facilitando o acesso ao interior do veículo e o furto de itens armazenados, como o estepe.
Proprietários também destacaram que, após o arrombamento, as concessionárias apenas oferecem a troca da porta como solução, o que gera custos adicionais e transtornos.
O Renault Kwid e o Fiat Mobi disputam mensalmente o posto de carro mais barato do Brasil. A pequena diferença de preço entre os modelos, geralmente inferior a R$ 500, tem gerado interesse de consumidores que buscam um veículo de entrada com custo-benefício. Ambos os modelos são equipados de forma básica, atendendo às necessidades de mobilidade urbana. Contudo, os problemas estruturais relatados pelos proprietários do Kwid podem influenciar negativamente na decisão de compra.
A disputa no segmento evidencia um mercado focado em preço acessível, mas os custos adicionais com manutenção e segurança podem impactar a percepção de valor pelos consumidores.
As reclamações sobre o Kwid vêm ganhando espaço em fóruns de consumidores e plataformas de defesa do consumidor. A ausência de um posicionamento oficial da Renault sobre os problemas relatados levanta questionamentos sobre a resposta da fabricante às demandas dos clientes.
Especialistas recomendam que os consumidores que enfrentem problemas semelhantes recorram a órgãos de defesa do consumidor para formalizar suas queixas. Além disso, realizar manutenções preventivas e buscar assistência técnica autorizada podem ajudar a mitigar os impactos dos problemas relatados.
O Renault Kwid, embora seja uma opção atraente em termos de preço e equipamentos básicos, apresenta desafios que afetam diretamente a segurança e a funcionalidade do veículo. As falhas no volante e a vulnerabilidade do porta-malas são questões que requerem atenção urgente da fabricante para garantir a satisfação e a segurança de seus consumidores. Para quem está considerando a compra do modelo, é importante levar em conta não apenas o custo inicial, mas também os possíveis gastos com manutenção e reparos decorrentes desses problemas.
Fonte: ReclameAqui (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10), MobiAuto, OAntagonista e AutoEsporte.