As seguradoras brasileiras enfrentarão um impacto financeiro significativo devido às fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul em maio. A Confederação das Seguradoras (CNseg) divulgou que o montante de indenizações a ser pago pelas empresas alcançará R$ 1,3 bilhão. Este valor é resultado do registro de 19.067 sinistros de automóveis, configurando a maior indenização já registrada no setor de seguros do país.
A tragédia das chuvas afetou 428 municípios e cerca de 1,4 milhão de pessoas. O levantamento da CNseg até a última terça-feira (18) mostra um aumento considerável em relação ao último levantamento, realizado até 23 de maio. Naquela ocasião, o valor total das indenizações para veículos somava R$ 557.429, indicando um aumento de 56,4% no valor das indenizações em junho.
Os dados apresentados pela CNseg mostram um crescimento significativo nos pedidos de indenização e nos valores a serem pagos. Em maio, foram registrados 8.216 pedidos de indenização, e esse número aumentou para 19.067 em junho, representando uma alta de 56,9%. Esse crescimento reflete a gravidade dos danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Entre as categorias de seguros, o seguro auto é o segundo com maior volume financeiro. No entanto, ele fica atrás dos seguros para grandes riscos nomeados e operacionais, que acumulam R$ 1,32 bilhão em indenizações. A categoria com maior número de pedidos é a residencial e habitacional, com 22.673 solicitações até 18 de junho.
A CNseg também destacou que, além dos seguros de automóveis e habitacionais, outras categorias, incluindo seguros agrícolas e outras demandas, totalizam 48.870 pedidos de indenização, com um valor acumulado de R$ 3,8 bilhões. Comparado ao último balanço, houve um aumento de R$ 2,2 bilhões, uma alta de 132% nas indenizações.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, afirmou que provavelmente será necessária uma terceira divulgação dos dados, já que a situação de calamidade ainda não foi controlada. As chuvas continuam a afetar o estado, o que implica que o número de sinistros deve continuar crescendo nas próximas semanas.
Com base no prejuízo estimado, é provável que os valores dos seguros aumentem em todo o Brasil no próximo trimestre. Esse aumento seria uma forma das seguradoras cobrirem os custos do desastre. Especialistas indicam que o repasse de custos é uma prática comum em situações de grande impacto financeiro para as seguradoras.
Os consumidores devem estar atentos à cobertura de suas apólices de seguro, especialmente em relação a desastres naturais. A verificação da apólice é crucial para entender se há cobertura em caso de enchentes e outros eventos naturais. Planos mais abrangentes, que incluem cobertura para enchentes, tendem a ser mais caros.
Além dos seguros de automóveis, as categorias de seguros para grandes riscos nomeados e operacionais acumulam R$ 1,32 bilhão em indenizações. A categoria líder em número de pedidos é a residencial e habitacional, com 22.673 solicitações até 18 de junho.
Todas as categorias de seguros, incluindo agrícolas e outras demandas, registram um total de 48.870 pedidos de indenização. O valor acumulado das indenizações é de R$ 3,8 bilhões. Comparado ao último balanço, houve um aumento significativo de R$ 2,2 bilhões, representando uma alta de 132% nas indenizações.
A reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes e a resolução dos danos causados serão desafios contínuos. A situação atual sugere que os números de sinistros e o impacto financeiro sobre as seguradoras continuarão a crescer. As seguradoras precisarão de esforços constantes para mitigar os prejuízos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Dyogo Oliveira destacou que a situação ainda não está estabilizada, o que indica que os números de sinistros continuarão a aumentar. Com as chuvas voltando a atingir o estado, a expectativa é de que mais pedidos de indenização sejam registrados. Isso exigirá uma análise constante e uma gestão eficiente dos recursos pelas seguradoras para enfrentar os desafios financeiros impostos pelas enchentes.
*UOL e AutoEsporte.