Você prefere SUV, picape, sedan ou hatch?

Para escolher o carro certo é preciso fazer alguns sacrifícios, deixar de lado aquele desejo de ter o carro do sonho para ter o carro certo para você. Não é nada fácil abrir mão daquela atração quase irresistível para focar nas necessidades reais. Veja algumas dicas que o ajudarão a distinguir o que é necessidade do que é mero desejo.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 30/04/2019

Para escolher o carro certo é preciso fazer alguns sacrifícios, deixar de lado aquele desejo de ter o carro do sonho para ter o carro certo para você. Não é nada fácil abrir mão daquela atração quase irresistível para focar nas necessidades reais. Veja algumas dicas que o ajudarão a distinguir o que é necessidade do que é mero desejo.

Estabeleça um orçamento e não saia dele

O erro mais comum na hora de comprar um veículo é extrapolar o orçamento, ou pior ainda, não definir um valor que caiba no bolso. O resultado muitas vezes é desastroso, a pessoa precisa se desfazer do veículo antes do previsto e descer bastante o padrão de vida.

Entendidos no mundo das finanças dizem que é recomendável que os gastos com dívidas – todos eles, incluindo veículo, casa e outros – não ultrapassem um terço da renda mensal. Sendo assim, o orçamento para o carro deve levar em consideração todas essas “contas a pagar”. O ideal mesmo é comprar o veículo à vista, para ter como despesa apenas combustível, revisão, manutenção e outros gastos adjacentes.

Inclua no orçamento TODOS os gastos provenientes do carro

Outro erro comum para os que já deram o primeiro passo e estipulam um orçamento para o veículo é não incluir as despesas que o carro vai trazer consigo, como por exemplo o seguro, o IPVA, as revisões, manutenções, consumo de combustível, e outros.

Marcas mais caras costumam ter preços de serviços também mais altos. Carros de maior valor terão IPVA mais salgado. As peças – por exemplo os pneus – de carros de maior porte também custarão mais. E, por fim, os veículos com maiores potência e proporções gastam mais combustível. Tudo isso deve entrar no cálculo orçamentário antes da compra.

Foco na necessidade e não no desejo

Não cabe discussão: brasileiro é apaixonado por carro. Isso pode se refletir de modo negativo no momento da compra, pois ao invés de enfatizar as qualidades do carro pela necessidade e uso do dia-a-dia dar-se-á mais atenção a aspectos visuais, tecnológicos ou de potência do motor, por exemplo.

Uma boa dica para ajudar na escolha do veículo certo é pensar nos carros que você já teve e o que faltava neles para o desempenho do cotidiano, ou ainda o que sobrava nele e que nunca teve real utilidade. Procure pensar no uso que fará do veículo e o que ele realmente precisa para atender essas necessidades.

Comparar carros da mesma categoria

O amor é cego, diz o adágio popular. Uma vez que a pessoa se apaixonou pelo carro será difícil separar as emoções da razão, mas é preciso fazer um esforço. Algo que pode ajudar nesse sentido é comparar o modelo pelo qual se está “apaixonado” com outros da mesma categoria. Assim, será possível encontrar, eventualmente, um modelo similar e que seja mais barato tanto na aquisição quanto na manutenção.

Analise a possibilidade de comprar um seminovo

Para muitas pessoas comprar um veículo 0km é algo de que não se abre mão, mas na hora de ver os preços reais, o susto pode ser grande. Uma boa opção – adotadas as devidas cautelas – é comprar um seminovo.

No Brasil a desvalorização de um veículo acontece assim que ele sai da concessionária. Isso pode significar a perda de uma boa quantia de dinheiro, a menos que a pessoa pretenda ficar com o veículo por uns 3 ou 4 anos, até uns 5, diríamos.

Além disso, será mais fácil alcançar o equilíbrio entre o carro dos sonhos e o que cabe no bolso, ou então comprar um carro com mais potência. Por exemplo, ao invés de comprar um veículo 0 km com motor 1.0, é possível comprar um modelo da mesma categoria com motor 1.4 que tenha um ou dois anos de uso e esteja em bom estado de conservação.

Faça test drive

Algumas pessoas se relacionam com veículos ao “modo Tinder”, se apaixonam por ele apenas por ver na internet e ler suas características técnicas. Isso não traduz a realidade. Chega um momento do “relacionamento” que o encontro pessoal precisa acontecer, esse é o test drive.

Há quem compre o carro apenas por “ver” ou “ouvir falar” e, passado um mês, já quer se desfazer do carro, tamanha a decepção entre a expectativa e a realidade. Se a concessionária não oferece test drive procure por algum amigo ou parente que tem um veículo igual e peça para dirigir.

Não compre o carro na hora

Vendedor é um dos maiores inimigos de quem vai comprar o carro, eles farão todo possível para que o negócio seja fechado no ato, sempre com o pretexto de que aquela promoção só dura até o fim do dia ou que só tem mais uma unidade daquele modelo. Não caia nessa conversa.

Ainda que tais ofertas sejam reais, tomar a decisão de forma precipitada em geral nos conduz a uma compra mais alta do que podíamos, ou nos faz perder uma oportunidade melhor com um pouco mais de pesquisa.

Aprenda a escolher a categoria do veículo

Depois de tudo isso, chegou a hora de escolher a categoria do veículo. O que será melhor, um SUV, um sedan, um hatch, uma minivan ou uma picape. A resposta é “depende”. Pode parecer hipócrita, mas vai depender da utilização do veículo.

Carros compactos são mais baratos, debaixo de todos os pontos de vista (aquisição, manutenção, consumo, etc.), mas não funcionam bem para uma família grande ou que está crescendo. Também podem não ser tão práticos para quem viaja muito com o carro ou trabalha transportando um grande volume de bagagem.

Um grau acima estão os sedans, que possuem uma capacidade maior de carga e não são tão mais caros que os hatchs. A desvantagem está na desvalorização mais rápida, e na necessidade de um motor mais forte devido ao peso da carroceria, o que aumenta o consumo de combustível. Mas costumam ser mais confortáveis para viajar.

Em seguida estão as peruas e as minivans, cuja principal vantagem está na maior capacidade de passageiros, em geral podendo levar até 7 pessoas. Perfeita para quem tem família numerosa, mas com um custo já bem mais alto que o dos compactos e sedans. Ainda assim, muito mais barato do que ter dois carros, o que acontece com frequência quando a casa é grande.

Já em outra categoria bastante distinta estão as picapes, cuja principal finalidade e funcionalidade é a do trabalho pesado. Em sua grande maioria o conforto não é uma prioridade, mas sim uma grande resistência para trabalhos que exigem força e robustez. Normalmente o motor é movido a diesel, o que encarece o preço da aquisição, mas em contrapartida diminui os gastos com manutenção e dá ao veículo uma vida útil muito maior.

Por fim, os SUV’s, atualmente uma das categorias mais procuradas e que promete dominar o mercado em alguns anos. Isso se explica de modo simples, a categoria SUV possui um pouco das qualidades de todas as categorias mencionadas anteriormente. São, de certa forma, compactos em relação a uma picape; confortáveis como os sedans, ou até mais; espaçosos por dentro, e embora não permitam 7 passageiros, sendo preciso “quebra o galho” e leva mais pessoas; e ainda possuem mais resistência que o comum dos carros, não chegando a ser uma picape se aproxima dela nesse quesito.

Resumindo, tudo vai depender do uso que se pretende fazer do veículo. Essas são as características principais de cada categoria, cabe a você definir com honestidade de consciência suas necessidades e encaixá-la dentro de um orçamento.