Toyota registra GR Celica no Brasil e pode trazer de volta o icônico esportivo com motor turbo e tração integral

Em um movimento inesperado, a Toyota registrou o nome "GR Celica" no Brasil, reacendendo rumores sobre o retorno do esportivo. Com um motor 2.0 turbo e tração integral, o modelo pode ser apresentado no Salão de Tóquio. A montadora já confirmou planos para reviver o Celica, que fez história no rally e pode voltar em breve.
Publicado por Alan Corrêa em Toyota dia 21/02/2025

A Toyota movimentou o mercado automotivo ao registrar o nome “GR Celica” no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil. O pedido foi feito em 15 de janeiro e publicado em 4 de fevereiro, sugerindo que o modelo pode estar nos planos da marca para um retorno ao mercado. A iniciativa reforça declarações anteriores de executivos da Toyota sobre o interesse em reviver o modelo, que saiu de linha em 2006.

Pontos Principais:

  • Toyota registrou o nome “GR Celica” no INPI do Brasil.
  • Possível retorno do modelo esportivo, com motor 2.0 turbo e tração integral.
  • Gazoo Racing pode ser responsável pelo desenvolvimento do veículo.
  • Apresentação pode ocorrer no Salão de Tóquio deste ano.

O nome registrado traz a sigla “GR”, indicando que a versão será desenvolvida pela divisão esportiva da marca, a Gazoo Racing. Especulações apontam que o esportivo pode adotar um motor 2.0 turbo com potência superior a 400 cv, possivelmente desenvolvido em parceria com a Mazda e a Subaru. A tração integral, já presente nos modelos GR Corolla e GR Yaris, também pode ser uma das características do novo modelo.

7º Toyota_Celica (2004) fotografado no Salão do Automóvel da Toyota em Saitama, Japão - Foto: Mytho88 / wikipedia
7º Toyota_Celica (2004) fotografado no Salão do Automóvel da Toyota em Saitama, Japão – Foto: Mytho88 / wikipedia

O histórico do Celica remonta à década de 1970, quando foi um dos principais esportivos da Toyota. Com sete gerações ao longo de 36 anos, o modelo conquistou reconhecimento global, especialmente no mundo do rally. Na época, ganhou o apelido de “Mustang japonês” por conta de seu design e desempenho. O possível retorno do esportivo reacende o interesse de entusiastas e pode consolidar a Toyota no segmento de alto desempenho.

Registro no INPI e declarações oficiais

O registro do nome “GR Celica” foi feito junto ao INPI e ao Ministério da Economia do Brasil. Esse processo é uma prática comum na indústria automotiva, garantindo a exclusividade do nome e protegendo a marca contra o uso indevido por terceiros.

A movimentação da Toyota coincide com declarações feitas pelo vice-presidente executivo da empresa, Yuki Nakajima, que afirmou em novembro de 2024 que a montadora planejava trazer o Celica de volta. Akio Toyoda, presidente da companhia, também já expressou interesse no retorno do modelo.

Embora o registro do nome não garanta a comercialização do modelo no Brasil, ele sugere que a marca está considerando essa possibilidade. A estratégia global da Toyota e as regulamentações de emissões podem influenciar a decisão final sobre a viabilidade do lançamento no mercado sul-americano.

Motor, desempenho e tração

O “GR Celica” pode ser equipado com um motor 2.0 turbo, com potência estimada em torno de 400 cv. Esse propulsor pode ser resultado de uma colaboração entre Toyota, Mazda e Subaru, visando maximizar desempenho e eficiência.

Além do motor, a tração integral é uma característica esperada no modelo. O sistema GR-Four, utilizado nos esportivos GR Corolla e GR Yaris, permite ajustes para priorizar a tração dianteira ou traseira. Isso melhora a dirigibilidade e o desempenho em diferentes tipos de superfície.

Outra possibilidade levantada é a mudança na posição do motor. Tradicionalmente, o Celica teve motor dianteiro ao longo de suas sete gerações. No entanto, rumores indicam que a Toyota pode adotar uma configuração de motor central, semelhante ao que já foi testado em protótipos da marca.

Histórico do Toyota Celica

O Toyota Celica foi lançado em 1970 e passou por sete gerações até 2006. Durante esse período, se destacou no segmento de esportivos leves e teve participação ativa em competições de rally.

O modelo foi equipado com motores variados ao longo dos anos. Em sua última geração, oferecia um motor 1.8 VVT-i de 143 cv e uma versão mais potente, com 192 cv, ambos acoplados a um câmbio manual de seis marchas. A leveza e a aerodinâmica contribuíram para o desempenho do veículo.

Nos anos 90, o Celica teve grande visibilidade nos campeonatos de rally. A versão GT-Four, equipada com tração integral e motor turbo, obteve vitórias importantes e consolidou a reputação esportiva do modelo.

Possível apresentação e expectativas

Especula-se que a apresentação oficial do novo “GR Celica” possa ocorrer no Salão de Automóveis de Tóquio ainda este ano. A Toyota tem utilizado eventos desse porte para revelar novos modelos esportivos, como ocorreu com o GR Yaris e o GR Supra.

A reintrodução do Celica pode fortalecer a linha de esportivos da Toyota, que atualmente conta com modelos como o GR Supra e o GR 86. A estratégia da empresa nos últimos anos tem sido a de expandir sua divisão Gazoo Racing, oferecendo veículos de alto desempenho com tecnologia avançada.

O possível compartilhamento de plataforma com outro esportivo da marca também é uma possibilidade. A Toyota já desenvolve um modelo com motor central, o que levanta a hipótese de que o Celica e o MR2 possam compartilhar componentes para reduzir custos de desenvolvimento.

Importância do registro no Brasil

O registro do nome “GR Celica” no Brasil pode indicar que a Toyota pretende comercializar o modelo no país. No entanto, fatores como custo de importação, viabilidade de produção e demanda do mercado serão determinantes para essa decisão.

O mercado brasileiro de esportivos é limitado, com poucos modelos disponíveis devido a altos impostos e baixa procura. Entretanto, marcas como Nissan, BMW e Audi ainda oferecem esportivos de alto desempenho, o que pode abrir espaço para a chegada do Celica.

A decisão final da Toyota sobre o lançamento do “GR Celica” no Brasil dependerá da estratégia global da marca e das condições do mercado. Até que haja uma confirmação oficial, o registro no INPI segue como um indício de que a possibilidade está sendo estudada.

Fonte: Pt, Webmotors, Terra e Vrum.

Alan Corrêa
Alan Corrêa
Jornalista automotivo (MTB: 0075964/SP) com foco em análises, lançamentos, testes e novidades do setor. Produzo conteúdo especializado e atualizado para o Carro.Blog.Br.